man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Seapony – A Vision
Depois de Go With Me (2011) e Falling (2012), os Seapony de Danny Rowland, Jen Weidl e Ian Brewer estão de regresso aos discos com A Vision, um trabalho que conta com a participação especial do percussionista Aaron Voros. A Vision é o terceiro compêndio de originais desta banda de Seattle e chegou aos escaparates, como é hábito nos Seapony, pela mão da insuspeita da Hardly Art Records.
Oriundos de uma cidade onde a água é um dos elementos predominantes da paisagem, a sensação de expansão, grandiosidade e de vida que tal evidência provoca, como sabem todos aqueles que residem em locais banhados por este liquido, influencia certamente a música destes Seapony. A Vision, o novo disco do grupo, é um verdadeiro oceano de indie pop melancólica, fabricada por um sintetizador vintage, linhas de guitarra com efeitos deslumbrantes, um baixo insinuante e uma percussão quase sempre acelerada e cheia de vigor.
A luminosidade dançante e aconchegante de Saw The Light, além de nos confortar com a cândura da voz de Weidl, mostra-nos todos aqueles tiques etéreos, nos quais os Seapony são mestres e depois, à boleia de temas como Bad Dream, assente numa guitarra nostálgica, ou das cordas acústicas de Everyday All Done, New Circle e, principalmente, Go Nowhere, planamos em redor de um surf indie pop, lo fi e, que desta vez olha com uma perspetiva mais cuidada para aquele ambiente acústico, impregnado de cândura e que lembra a melancolia do final do verão, como se esta estação quisesse prolongar-se pelo outono fora.
Os Seapony vivem, acima de tudo, desta relação intima e sedutora entre a voz doce de Weidl e as cordas de Rowland, dois músicos que contrastam e complementam-se de modo intuitivo espontâneo, enquanto se debruçam sobre temas comuns como o amor, memórias, promessas quebradas, sonhos e anseios. Na verdade, a abordagem poética e contemplativa que este grupo tem da existência humana, dos dias e das noites, exala sempre um enorme romantismo, seja qual for o ponto de observação e o quadrante abordado, mostrando-nos o sabor doce e amargo da vida tal como a conhecemos, com a mesma intensidade e emoção, à boleia de melodias simples, mas fortemente aditivas. São composições eficazes no modo como nos fazem navegar num mar de sensações e enquanto as escutamos e elas escorrem pelos nossos ouvidos, quase se pode sentir o sal que delas palpita e que vai servir depois para temperar os nossos dias, confortados agora por estas canções com um cariz sonoro e instrumental melódico e que às vezes sendo um pouco lo fi e shoegaze, dá-lhes aquele encanto vintage, relaxante e atmosférico. Espero que aprecies a sugestão...
01. Saw The Light
02. Bad Dream
03. Couldn’t Be
04. Everyday All Alone
05. Hollow Moon
06. Let Go
07. A Place We Can Go
08. Go Nowhere
09. In Heaven
10. New Circle
11. A Vision