man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The Vera Violets – Six
Jonathan Beadle, Neal McCamis e Bryan Thompson, são os The Vera Violets, um trio norte americano oriundo de Tampa, na Florida e que coloca todas as fichas no indie rock psicadélico, onde não faltam típicos detalhes do rock de garagem, replicados no fuzz das guitarras e no charme da produção, em alguns momentos com um sedutor pendor lo fi. Conforme o título indica, Six, um trabalho editado no passado dia sete, é o sexto álbum da carreira deste grupo, que se iniciou há já onze anos com Faintly Acquainted, o álbum de estreia dos The Vera Violets.
Este trio norte americano invoca os espíritos passados que fundaram e cimentaram as bases estruturais do indie rock, com firmeza, amplitude e uma rugosidade saudável. Na distorção das guitarras, na bateria musculada e nos gritos rebeldes de Distorted View, amaciados por uma delicadeza melódica impar e no andamento solarengo e sorridente de Wherever It Goes, estão impressos carateres sonoros sólidos que fazem destes The Vera Violets uma banda vanguardista e na linha da frente, mais um exemplo a seguir, na segunda década do século XXI, de projetos que conseguem colocar o indie rock lo fi e de cariz mais psicotrópico na ordem do dia, faznedo-o à sombra do melhor garage rock que surgiu nos anos sessenta e a psicadelia da década seguinte.
Além destes dois temas acima referidos, basta escutar-se com dedicação o frenesim intuitivo lo fi de Rock Song, os acordes sujos de Wild At Heart e o efeito musculado da guitarra cheia de groove que conduz To Be In para se perceber que este Six é a banda sonora perfeita para uma festa feita de cor, movimento e muita letargia, onde não falta mesmo a atmosfera mais introspetiva de Somewhere Else, uma forma muito luminosa e profunda de encerrar um disco feito de referências bem estabelecidas e com uma arquitetura musical que garante aos autores a impressão firme da sua sonoridade típica e ainda permite terem margem de manobra para futuras experimentações, apesar do cardápio sonoro que já possuem.
Depois de onze anos a impressionar a crítica, estes californianos mantêm, em Six, a toada dos trabalhos antecessores e trazem o horizonte vasto de referências e as inspirações de sempre, mas trabalhadas de forma ainda mais abrangente e eficaz. Levam-nos novamente numa viagem que espelha fielmente o gosto que demonstram relativamente aos primórdios do rock e conseguem apresentar, em simultâneo, algo inovador e diferente, através de uma sonoridade muito fresca e luminosa, assente em guitarras vintage, sempre angulares, diversificadas ao nível dos efeitos e com um espírito shoegaze que se saúda e que Octupus Dream, por exemplo, ampara. Espero que aprecies a sugestão...
01. Distorted View
02. To Be In
03. Wild At Heart
04. Wherever It Goes
05. Octopus Dream
06. Perfect Day
07. Rock Song
08. Everything
09. Come On Come On
10. Somewhere Else
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Hurts - Lights
A dupla britânica Hurts regressa aos discos a seis de outubro com Surrender, o terceiro trabalho do projeto e que foi produzido por Stuart Price e Ariel Rechstaid. Lights é o single mais recente divulgado do álbum, canção sedutora, com uma firme impressão da pop eletrónica dos anos oitenta, assente num refrão marcante, em guitarras plenas de groove, cordas dinâmicas e uma percussão onde não faltam efeitos de palmas. Monumento de sensualidade, este tema antecipa um disco que deverá ter sido pensado para dançar no escuro, de preferência com a pessoa amada. Confere...