man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Peter Broderick - Colours Of The Night
Gravado em Lucerna, na Suiça e editado pela Bella Union a vinte e sete de abril, Colours Of The Night é o novo trabalho discográfico de Peter Broderick, um músico norte americano, natural de Portland e que nos oferece mais dez canções que são uma colecção intimista de experiências vocais e líricas, que confirmam o ambiente sonoro predileto do autor.
Etéreo e feito com candura e suavidade, permitindo-nos usufruir de um silêncio sonoro, nem sempre disponível na imensidão de propostas que nos chegam aos ouvidos diariamente, Colours Of The Night é aquele disco que faltava ao lado da tua mesa de cabeceira, mesmo junto do mais recente best seller do teu escritor preferido. Com a participação especial de alguns músicos suiços com quem dividiu belíssimos instantes sonoros espontâneos e com canções como Red Heart ou o tema homónimo que nos mergulham num universo acústico folk particularmente emotivo e profundo, muito do agrado deste músico, Colours Of The Night materializa o período mais fulgurante e expressivo da carreira do autor, que neste álbum sonoramente amplia as suas experiências e as suas virtudes, quer vocais quer experimentais, servindo-se smepre do piano como a arma de arrmesso primordial e o grande trunfo do processo de composição, mas dando também luz verde para que as cordas também tenham o protagonismo devido.
É claramente percetível como ao longo do álbum Broderick transpira confiança e como esta simbiose com músicos com os quais nunca tinha trabalhado resultou na perfeição. A guitarra delicada e as harmonias frágeis da já citada Red Heart, apresentam-nos essa colaboração estreita e alicerçam as fundações de uma plenitude sonora que será transversal a todo o alinhamento, que mesmo o modo pouco ortodoxo como The Reconnection sustenta o seu ritmo ou a postura vocal em If I Sinned, dois dos momentos mais curiosos de Colours Of The Night, não colocam em causa. Já os belos arranjos, as subtis mudanças de ritmo e a delicadeza pueril de Our Best, a toada afrobeat de One Way e os ecos de One Time, entram diretamente para a lista dos melhores instantes sonoros com a chancela de Broderick.
Colours Of the Night promete uma noite relaxada a tranquila. Adormecer a meio da sua adição acaba por ser uma benesse já que até ao ocaso usufruimos de uma banda sonora excelente para conduzir a nossa mente até ao mundo dos nossos sonhos mais desejados, prometendo uma noite repleta de emoções agradáveis, à boleia de um silêncio sonoro, nem sempre disponível na imensidão de propostas que nos chegam aos ouvidos diariamente. Espero que aprecies a sugestão...
01. Red Earth
02. The Reconnection
03. Colours Of The Night
04. Get On With Your Life
05. If I Sinned
06. Our Best
07. One Way
08. On Time
09. More And More
10. Rotebode
Autoria e outros dados (tags, etc)
Mew – + -
Sexto disco da carreira de uma banda que se estreou em 1997 com A Triumph For Man e que alcançou o estrelato em 2003 com o aclamado Frengers, + - (ou Plus Minus) é o novo registo de originais dos dinamarqueses Mew de Jonas Bjerre, que se encontravam em silêncio discográfico desde que em 2009 editaram o excelente No More Stories Are Told Today, mas tendo feito desde então algumas digressões, com a curiosidade de este + - ser o primeiro trabalho deste querteto de Hellerup, em que algumas canções foram escritas em plena época de estrada.
Satellites, o primeiro avanço divulgado de + -, abre o disco com esplendor textural, uma canção com uma belíssima melodia e alguns arranjos distorcidos que trazem de volta a habitual toada ambiental, épica e psicadélica do grupo. Este é um instante sonoro que confirma a boa forma dos Mew e que não defrauda quem estiver à espera, tendo em conta a herança identitária do projeto, de canções coloridas e envolventes. Mas a melhor canção para ilustrar todo este colorido sonoro que a capa tão bem ilustra, é Rows, um longo tema que que decalca com esplendor a cartilha sonora dos Mew, de modo quase sinestético. Mas até chegar a essa Rows podemos apreciar um alinhamento que contém uma série de canções positivas, alegres e bem construídas, alicerçadas em guitarras que, da maior delicadeza à mais implcável das distorções, deambulam por variados registos, de acordo com as emoções de cada tema. Além da guitarra, contamos com um baixo sempre vigoroso, tocado por Johan Wohlert e que em Clinging to a Bad Dream é mesmo o grande protagonista da condução melódica, além de diversas camadas de teclados sintetizados, sofisticados e tecnologicamente avançados. Estes são geralmente replicados com bom gosto e contêm o típico charme que resulta da mistura feita com requinte entre pop e rock progressivo e que os nórdicos propôem melhor que ninguém. Além de Satellites, a sublime melodia que sustenta Witness, o piscar de olhos sintetizado da pop à soul em Making Friends e o refrão irresistível de The Night Believer, um tema que conta com a participação especial vocal da neozelandesa Kimbra, justificam esta minha impressão inicial e o modo assertivo como os Mew, desta vez secundados pelo produtor norte americano Michael Beinhorn, entregam ao mundo canções irresistíveis e implacavelmente cativantes.
Além da já referida Kimbra, outra das participações especiais que encontramos na ficha técnica de + - é Russell Lissack, guitarrista dos Bloc Party, que emprestou os seus dotes interpretativos em My Complication, dando à canção, com a sua guitarra, uma toada roqueira que nos Mew não é tão comum quanto isso e que em Water Slides, principalmente na pujança do refrão, também se pode absorver, quer num caso quer noutro, sempre de forma controlada.
Impecavelmente produzido, vibrante, luminoso e com alguns momentos de absoluta catarse, + - é um regresso em excelente forma deste quarteto dinamarquês aos discos, à boleia de uma paleta de cores intensa e diversificada, que navega entre a luz e a escuridão e o sintético e o orgânico, em dez canções cativantes e que se sustentam numa espantosa solidez estrutural, num misto de euforia e contemplação. Espero que aprecies a sugestão...
01. Satellites
02. Witness
03. The Night Believer
04. Making Friends
05. Clinging To A Bad Dream
06. My Complications
07. Water Slides
08. Interview The Girls
09. Rows
10. Cross The River On Your Own
Autoria e outros dados (tags, etc)
Beirut - No No No
Gravado em Nova Iorque, em pouco mais de um mês, durante um período do último inverno particularmente frio, No No No é o novo compêdio de canções dos Beirut de Zach Condon, ao qual se juntam Nick Petree, Paul Collins, Ben Lanz e Kyle Resnick, um trabalho que irá ver a luz do dia a onze de setembro através da etiqueta 4AD.
O primeiro tema divulgado de No No No é o homónimo, uma canção evidencia a nova fase positiva da vida pessoal de Condon, que reencontrou novamente o amor e ultrapassou definitivamente o colapso físico e mental que o músico sofreu em 2013, na Austrália, devido aos seu processo de divórcio.
Para apresentar este novo trabalho, os Beirut vão estar em digressão pela América do Norte e pela Europa. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Brandon Flowers – The Desired Effect
Vocalista e lider dos The Killers, Brandon Flowers voltou a apontar agulhas para a sua carreira a solo, com The Desired Effect, o segundo álbum do músico e sucessor de Flamingo, o anterior registo do Flowers, editado em 2010. The Desired Effect viu a luz do dia a dezoito de maio e o seu conteúdo contém uma sonoridade diferente do habitual, sendo o produtor Ariel Rechtshaid o principal responsável por essa inflexão, com o próprio Flowers a afirmar que procurou sair da sua habitual zona de conforto, para apostar agora numa sonoridade que não descura as guitarras, mas que coloca o sintetizador na linha da frente do processo de composição melódica, sendo a herança dos anos oitenta a grande força motriz de todo o alinhamento.
The Desired Effect conjuga e recria com distinção o que de melhor foi feito numa época em que era proporcional o abuso da cópula entre os sintetizadores e o spray para o cabelo, aumentando essa perceção as participações especiais de nomes tão importantes como Joey Waronker, Tony Levin (baixista de Peter Gabriel), Bruce Hornby (pianista e cantor que se notabilizou em 1986 com a canção The Way It Is), Danielle Haim e Angel Deradoorian (Dirty Projectors) além do já referido produtor Ariel Rechtshaid, que colocou a mão em discos dos Haim, Sky Ferreira e Vampire Weekend.
Álbum de altas e declaradas aspirações, desde o título e a tipologia da capa, algures entre a de Thriller, de Michael Jackson, e de Random Access Memories, dos Daft Punk, às canções que são quase todas reluzentes, cuidadosamente buriladas e impecavelmente produzidas, The Desired Effect amplia a busca pela adrenalina e a capacidade comunicativa de Flowers.
Comparando com Flamingo, as letras são mais maduras e há uma frescura pop irresistivel com um piscar de olhos nítido ao airplay radiofónico. Canções como Dreams Come True ou Lonely Town explanam a sua confessada admiração por Springsteen, a pop sintética de I Can Change contém um sample da voz de Neil Tennant, vocalista dos Pet Shop Boys e outro de Small Town Boy, um clássico da eletrónica dos anos oitenta da dupla britânica Bronski Beat e Can’t Deny My Love sustenta-se num funk sintético que não ficaria mal ao lado de um clássico de Prince ou dos Duran Duran.
Tendo em conta o autor do disco e a época em se inspira, The Desired Effect teria tudo para correr mal devido à tentação pelo preconceito fácil e pela crítica ligeira, fácil de redigir ou declamar quando o destinatário da mesma é um figura controversa e conhecida mundialmente. Sendo assim, talvez o grande entrave deste disco na obtenção de um selo de elevada qualidade possa não ter propriamente a ver com o seu conteúdo que, pessoalmente, considero ser fantástico, mesmo não sendo propriamente fã da corrente sonora que o sutenta, mas com a mente de quem o escuta, caso não o faça ajuizando o seu conteúdo com a imparcialidade crítica que estas dez canções merecem.
The Desired Effect está carregado de méritos líricos, sonoros, melódicos e interpretativos, é um disco impecavelmente produzido e obedece ao cruzamento ímpar entre uma atmosfera nostálgica e um clima animado e dançavel que o ênfase na sintetização quase que exige para que o resultado não seja monótono e repetitivo. Assume-se como um disco pop exuberante e cheio de instantes louváveis, atingindo a enorme ambição que Flowers tinha para ele e que seria, certamente, a de criar um compêndio de entretenimento empolgante e contagiante. Espero que aprecies a sugestão...
01. Dreams Come True
02. Can’t Deny My Love
03. I Can Change
04. Still Want You
05. Between Me And You
06. Lonely Town
07. Diggin’ Up The Heart
08. Never Get You Right
09. Untangled Love
10. The Way It’s Always Been
Autoria e outros dados (tags, etc)
A Violet Pine - New Gloves
A vinte e três de setembro irá chegar aos escaparates, por intemédio da T.a. Rock Records, Turtles, o segundo disco dos italianos A Violet Pine, uma banda italiana que se divide entre Barletta, Bergamo e Milão e formada por Giuseppe Procida, Pasquale Ragnatela e Paolo Ormas e que aposta no post rock com pitadas de shoegaze no processo de composição melódica.
New Gloves é o primeiro avanço divulgado de Turtles, um indie rock fulgurante, visceral infeccioso e incisivo, claramente marcado pela nostalgia dos anos oitenta, sustentado num baixo bastante grave, guitarras plenas de distorção e uma secção rítmica exemplar. Em setembro voltarei aos A Violet Pine para uma crítica completa a Turtles. Até lá, delicia-te com este single imperdível. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Love Nor Money - Shake Me
Sedeada em Londres, a etiqueta britânica Lost In The Manor vai-se se estrear nos lançamentos discográficos com Shake Me, o primeiro single retirado do EP de estreia dos Love Nor Money, uma banda também da capital de Terras de sua Majestade. Shake Me vai ver a luz do dia a seis de julho, numa edição em vinil limitada e em formato digital, mas já pode ser escutado por cá, uma canção da autoria de um projeto feminino formado por Bess Cavendish, Anna Tosh, Jayna Cavendish e às quais se junta o produtor Dan Clarke.
Um verdadeiro cocktail digital que mistura batidas com efeitos de guitarra volumosos, Shake Me impressiona pela grandiosidade, patente nos samples, nos teclados e nos sintetizadores inebriantes, não havendo regras ou limites impostos para a inserção da mais variada miríade de arranjos, detalhes e ruídos. Este é mais um bom exemplo de uma banda capaz de ser genuína no modo como manipula o sintético, de modo a dar-lhe a vida e a retirar aquela faceta algo rígida que a eletrónica muitas vezes intui, convertendo tudo aquilo que poderia ser compreendido por uma maioria de ouvintes como meros ruídos em produções volumosas e intencionalmente orientadas para algo épico. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Twin Hidden - A Berry Bursts
Divididos entre Londres e Manchester os Twin Hidden são Matthew Shribman e Sam Lea, dois amigos de infância que com dez anos já faziam música juntos, tendo-se estrado nos lançamentos em 2001 com um disco cujo rasto é desconhecido (This album is now where it belongs, at the bottom of the sea, where it will never be found).
A separação física de ambos deu-se com a entrada na universidade, quando Matthew foi estudar para Oxford e Sam para Manchester. Acabou por haver um breve hiato no grupo, mas os Twin Hidden parecem estar apostados em regressar novamente à ribalta, desde que no ano passado resolveram voltar a compôr juntos, tendo o piano como instrumento privilegiado destas novas experências sonoras conjuntas.
Depois de em dezembro de 2014 a dupla ter enviado para a redação de Man On The Moon Join Hands, o primeiro single deste novo sopro de vida da dupla, agora chegou a vez de os Twin Hidden nos deslumbrarem com a pop épica de A Berry Bursts, mais uma peça musical magistral e grandiosa, conduzida por teclas inebriantes e arranjos sintetizados verdadeiramente genuínos e criativos, capazes de nos enredar numa teia de emoções que nos prende e desarma sem apelo nem agravo. A forma como os falsetes da dupla se entrelaçam entre si, enquanto metais, bombos, cordas e teclas desfilam orgulhosas e altivas, mais parece uma parada de cor, festa e alegria, onde todos comungam o privilégio de estarem juntos, do que propriamente um agregado de sons no formato canção. Ficarei muito atento a este projeto que está a captar a atenção das pessoas certas, nomeadamente ao possível lançamento de um disco. Confere...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Darkness Falls – Dance And Cry
As Darkness Falls são uma das novas coqueluches do cenário indie do reino da Dinamarca, uma banda descoberta pelo visionário produtor Anders Trentemøller e formada pela dupla feminina Josephine Philip (teclados, voz) e Ina Lindgreen (guitarra, baixo e voz). Depois de em março em outubro de 2011 se terem estreado nos discos com Alive In Us, parece que já há finalmente sucessor. O novo álbum das Darkness Falls chama-se Dance And Cry, viu recentemente a luz do dia, novamente através da HFN Music e The Answer foi o primeiro tema divulgado do trabalho, assim como o respetivo video.
Trilhando caminhos que vão da electrónica à soul, passando pela pop de câmara e o próprio indie rock, com vários pontos de contacto com o trabalho de nomes como os Massive Attack, Radiohead, The Aloof, UNKLE e Pink Floyd, as Darkness Falls tornaram-se, ao segundo disco, ainda mais expansivas luminosas, sendo notória, durante a audição de Dance And Cry a fusão entre orquestra, electrónica e elementos progressivos, com pontes brilhantes entre momentos de maior intensidade com outros mais intimistas, levando-nos, dessa forma, ao encontro de emoções fortes e explosivas, outrora adormecidas.
A voz doce e resplandescente de Josephine e o sintetizador futurista da sónica Night Games, ou a percurssão tribal e o baixo vigoroso de The Answer são excelentes portas de entrada para a sonoridade geral do disco, onde existe uma tensão latente trasnversal ao alinhamento, apoiada num forte sentido melódico que busca o épico sem desmesurada e incontrolada grandiosidade, privilegiando antes o charme tipicamente feminino, equanto a dupla funde texturas pop tipicas das guitarras dos anos sessenta com a eletrónica, uma mistura harmoniosa e dinâmica de elementos, alicercados na típica melancolia pop que define variados projetos oriundos desta zona da Europa.
O negro sombrio, mas perigosamente sedutor de Liar's Kiss suga-nos para um ambiente intenso e profundamente emotivo, enquanto que as aproximações ao trip hop e à pop em Dance And Cry e à eletrónica retro em Golden Bells, mostram as novas linhas mais complexas com que a música das Darkness Falls agora se cose, porque abarca novos e variados estilos e tendências musicais, mas sem deixarem de soar lineares, porque não se desviam do ambiente sonoro geral e padronizado que as carateriza. O clima tremendamente cinematográfico e biográfico de Dance And Cry agarra-nos pelos colarinhos sem dó nem piedade e suga-nos para um universo pop feito com uma sonoridade preciosa, bela, silenciosa e estranha, que se repete um pouco adiante, em My Father Told Me (He Was Wrong), um registo onde esta mesma voz é acompanhada por um orgão e uma batida que nos afoga numa hipnótica nuvem de melancolia e também nos leva de encontro à tal eletrónica de cariz mais vintage.
O disco chega ao ocaso com as Darkness Falls a mostrarem-se ainda mais arrojadas, já que Midsummer Wail e Thunder Roads transbordam a um certo travo industrial, que a belíssima voz de Josephine aprofunda, com uma carga ambiental assinalável, bem patente no modo como os sintetizadores e a voz se enquadram com a grave batida sintética e repleta de efeitos maquinais.
Dance And Cry tem alma e paixão, é fruto de três anos de intenso trabalho e consegue ter canções perfeitas, com vozes carregadas de intriga e profundidade. Seja por causa de momentos em que a bateria é estranhamente dançante, pela majestosidade dos sintetizadores, ou pela elegância vocal, estamos na presença de um dos álbuns essenciais da pop de cariz mais eletrónico do ano. Espero que aprecies a sugestão...
01. Night Games
02. The Answer
03. Liar’s Kiss
04. Dance And Cry
05. Golden Bells
06. Darkness Falls
07. Paradise Trilogy I
08. Hazy
09. My Father Told Me (He Was Wrong)
10. Midsummer Wail
11. Thunder Roads
Autoria e outros dados (tags, etc)
Rob St. John & Woodpigeon - Young Sun / Trouble Comes
Disponível em formato digital e vinil através da etiqueta escocesa Song By Toad, Records, de Matthew Young, Young Sun / Trouble Comes é um lindíssimo compêndio de cinco canções lançado no passado dia vinte de abril e resulta de uma colaboração entre Rob St. John e os Woodpigeon, materializada em algumas sessões de gravação realizadas no último ano e com o artwork fabuloso da autoria do artista escocês, natural de Edimburgo, Jake Bee.
Lançamento de pequenas dimensões, mas particularmente bonito, este split de cinco canções agrega uma indie folk com um certo pendor rugoso e psicadélico, abrindo com When You Look For Trouble, Trouble Comes, canção da autoria dos Woodpigeon, com direito a um video editado pelo próprio Rob St. John, com imagens produzidas pela instituição Moody Institute of Science, no longínquo ano de 1951. Aliás, as três primeiras canções do lançamento, inspiradas pela neve e com os Arcade Fire no rolo de influências declaradas, são da autoria dos Woodpigeon de Mark Andrew Hamilton, Graham Lessar e Jonah Fortune e foram todas gravadas numa fria noite de inverno no hotel Hotel2Tango, em Montreal, no Canadá, tendo sido misturadas por Howard Bilerman (The Arcade Fire, Vic Chesnutt, Godspeed You! Black Emperor). Bread Crumbs impressiona pelo som de um telefone antigo e pela harmónica, tocada por Catriona Sturton, uma participação especial neste trabalho.
As duas canções que encerram o split, da autoria de Rob St. John e inspiradas na noções de natureza, lar e família, foram gravadas em Edimburgo, na Escócia, em setembro do ano passado, constando do arsenal instrumental de ambas um orgâo de tubos, uma guitarra com cordas de nylon, um sintetizador analógico e, nas vozes, com as participações especiais de Tom Western, Mark Andrew Hamilton and Ian Humberstone. Confere...
Woodpigeon
When You Look For Trouble, Trouble Comes
The Coldest Winter On Record
Bread Crumbs
Rob St. John
Young Sun
Folly