man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The Vaccines – English Graffiti
Lançado a vinte cinco de maior por intermédio da Columbia Records, English Graffiti é o terceiro álbum dos londrinos The Vaccines, de Justin Hayward-Young, Freddie Cowan, Árni Árnason e Pete Robertson. Disco produzido por Dave Fridmann e Cole M. Greif-Neill, English Graffiti sucede aos aclamados álbuns What Did You Expect from the Vaccines? (2011) and Come of Age (2012), que consolidaram uma estética sonora que numa esfera indie rock nunca deixou de olhar quer para alguns detalhes do punk, como para certos tiques e arranjos que sobrevivem à sombra da eletrónica.
Vistos por alguma crítica como a resposta britânica ao nova iorquinos The Strokes, quer na postura, quer na sonoridade rock frenética, livre de constrangimentos e adornos desnecessários e certeiros no modo como adoptam uma estética sonora retro à boleia de riffs de guitarra potentes e uma voz poderosa, os The Vaccines chegam ao terceiro tomo do seu percurso discográfico seguros do som que pretendem apresentar que, com um pé na new wave e outro no pós punk, procura atingir uma maior luminosidade e amplitude melódica. As festivas e frescas Handsome e 20 / 20 e o som da guitarra de Dream Lover e um efeito quase indecifrável de um teclado que deambula pela canção, assim como o andamento vigoroso da bateria marcam uma chancela rugosa e acendem uma chama intensa que, com a preciosa ajuda de Dave Fridmann, que já colocou as mãos em discos dos MGMT ou dos Flaming Lips, coloca o som do quarteto exatamente no ponto pretendido. Depois, a fina fronteira que separa o baixo do sintetizador em Denial, um dos meus temas preferidos de English Graffiti e, numa abordagem mais groove, o indie rock exuberante e irresistível de Give Me a Sign e Minimal Affection, canção que assenta em batidas sintéticas que se escutam em sintonia com riffs de guitarra melódicos e uma voz poderosa, mostram a outra face de uma mesma moeda que os The Vaccines cunharam neste disco e que os fará render milhões, se for bem explorada. Esta última canção, já agora, impressiona pela imagética criada para a ilustrar, com cenas de uma aventura espacial com uma estética retro, numa temática que gira em torno da dificuldade que as gerações mais novas têm de se relacionar pessoalmente por estarem tão dependentes das novas tecnologias.
Até ao ocaso, se os efeitos do teclado, a guitarra viciante e a condução melódica a cargo do piano fazem de (All Afternoon) In Love um dos grandes momentos nostálgicos do disco, já o frenético pop surf punk de Radio Bikini e, em oposição, a tensão emocional e o minimalismo eletrónico que o fuzz da guitarra disfarça em Maybe I Could Hold You, são outros instantes obrigatórios de um álbum que além de ter como trunfo importante a temática reflexiva das canções, impressiona pelo modo como os The Vaccines abordam diferentes espetros sonoros, com o declarado objetivo de alargarem a lista de caraterísticas essenciais do seu som, fazendo-o com enorme qualidade, jovialidade e bom gosto. Espero que aprecies a sugestão...
01. Handsome
02. Dream Lover
03. Minimal Affection
04. 20 / 20
05. (All Afternoon) In Love
06. Denial
07. Want You So Bad
08. Radio Bikini
09. Maybe I Could Hold You
10. Give Me A Sign
11. Undercover
12. English Graffiti
13. Stranger
14. Miracle
15. Handsome Reimagined (Dave Fridmann Edit)
16. Dream Lover Reimagined (Malcolm Zillion Edit)
17. 20/20 Reimagined (Dave Fridmann Edit)
18. Give Me A Sign Reimagined (Co Co T Edit)