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Thee Oh Sees - Mutilator Defeated At Last

Segunda-feira, 25.05.15

Viu a luz do dia a dezoito de maio, através da Castle Face, a editora do prório John Dwyer, Mutilator Defeated At Last, o nono álbum da carreira dos norte americanos Thee Oh Sees, que são liderados por este músico e ao qual se juntam ataulmente Tim Hellman (baixo), Nick Murray (bateria), Brigid Dawson (teclados) e Chris Woodhouse (enginheiro de som). Este é um regresso aos lançamentos discográficos que se saúda desta banda californiana que tem impressionado pelo modo como sugere uma sonoridade que explode em cordas eletrificadas que clamam por um enorme sentido de urgência e caos, num incómodo sadio que já não nos deixa duvidar acerca do ADN destes Thee Oh Sees, que também sabem surpreender quando adicionam belíssimos arranjos orquestrais, onde não faltaram, nomeadamente em Drop (2014), o antecessor, inéditos instrumentos de sopro.

Com a guitarra eletrificada debaixo do braço e o garage rock a escorrer por veias salutarmente contaminadas por um vírus lisérgico que o atrai compulsivamente ao universo da psicadelia, John Dwier é já uma referência obrigatória do bem sucedido cenário indie norte americano, de mãos dadas com Ty Segall ou Mikal Cronin, outros exemplos, ainda que com abordagens díspares, desta fixação pela criação de canções simples mas empolgantes e a transbordar de fuzz e de distorção, numa viagem que leva-nos do noise, ao grunge, passando pelo punk, o rock psicadélico, o surf rock e o rock lo fi típico da década de noventa.

Mutilator Defeated At Last é mais um capítulo bem sucedido desta saga que, no caso dos Thee Oh Sees e, diga-se em abono da verdade, também no de Ty Segall, se mostra bastante profícua, com a edição, em média, de um disco por ano. E esta elevada bitola qualitativa sobrevive à custa do modo astuto como o grupo continua a abanar-nos com riffs agressivos e esplendorosos que, quer se prolonguem por músicas completas, ou por instantes das composições, têm sempre uma forte vertente hipnótica e uma ilimitada ousadia visceral.

Os Thee Oh Sees sabem quais são os seus pontos fortes e exploram-nos até à exaustão e de modo cada vez mais ousado e tecincamente perfeito; Logo no ritmo frenético de Web, passando pela enraivecida e emotiva toada de Whitered Hand ou a atrrebatadora intensidade de Lupine Ossuary, torna-se claro que a guitarra de John Dwier está mais solta, viva e criativa do que nunca e os músicos que o acompanham vivem no auge do seu virtuosismo interpretativo e no modo como o colocam ao serviço deste abraço constante que junta o punk com a psicadelia, de modo a criar uma atmosfera verdadeiramente hipnotizante.

A voz sempre aguda e nem sempre percetível de Dwier surge, neste disco, mais bem acompanhada pelos sintetizadores do que em qualquer registo anterior, numa exploração de novas tendências paricularmente feliz e estes dois aspetos assim como o modo como o baixo surge com um maior protagonismo no sustento melódico e a bateria plasma um inédito sentido de urgência, como é o caso de Whitered Hand, comprovam esse auge progressivo do grupo, sempre com o blues ali ao virar da esquina, que o frenesim punk de Rogue Planet e Turned Out Light, a contundente Pour Queen e um caldeirão sonoro chamado Lupine Ossuary, também carimbam. Mesmo os orgãos de Sticky Hulks ou o dedilhar acústico das cordas em Holy Smoke não destoam da toada geral de Mutilator Defeated At Last, nem colocam em causa a centelha que guia e ilumina o ritmo empolgante do disco. 

Escuta-se Mutilator Defeated At Last e a sensação que fica é que os The Oh Sees atravessaram novamente as barreiras do tempo até há umas décadas atrás mas, ao mesmo tempo, mantêm-se joviais e coerentes. Para delírio dos fiéis seguidores, o grupo mantém intata a sua insana cartilha de garage folk e rock blues com uma capacidade inventiva que se pronuncia instantaneamente, através de um desejo inato de proporcionar o habitual encantamento sem o natural desgaste da contínua replicação do óbvio. A verdade é que o som deste grupo é, cada vez mais, uma espécie de roleta russa e um caldeirão de originalidade, que acaba por transportar o ouvinte para uma espécie de bad trip musical, através de um veículo sonoro que se move através de uma sucessão de loopings bizarros, mas ainda assim dançantes. Espero que aprecies a sugestão... 

Web
Withered Hand
Poor Queen
Turned Out Light
Lupine Ossuary
Sticky Hulks
Holy Smoke
Rogue Planet
Palace Doctor

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publicado por stipe07 às 23:01

The Happy Hollows - Astrid

Segunda-feira, 25.05.15

A talentosa Sarah Negahdari, Charlie Mahoney e Matt Fryos são os The Happy Hollows, um trio norte americano, oriundo de Los Angeles já com dois álbuns no cardápio; Spells (2010) e Amethyst (2013). Astrid, um single, acaba de ver a luz do dia, sendo o novo pulsar desta banda, um tema gravado nos famosos Sunset Studies, da cidade dos anjos.

Produzido por Lewis Pesacov e misturado em Londres por Gareth Jones, Astrid sustenta o seu edifício melódico num excelente e vintage sintetizador Roland Juno 106, em redor do qual gravita uma bateria impulsiva, guitarras plenas de fuzz e a belissíma voz de Sarah, rebelde e evocativa, numa canção que mistura fé com destino, dois conceitos que muitas vezes se fundem, principalmente quando se acredita, como referem os próprios The Happy Hollows, que existe algo de cósmico e superior que rege a nossa existência. Confere...

https://twitter.com/happyhollows www.instagram.com/happyhollows

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publicado por stipe07 às 18:16






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