man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Loose Fruit Museum - In The Room
Oriundos de Londres, os LFM, aka Loose Fruit Museum, são Conal (voz e guitarra), Ali (guitarra), Phil (teclados), Ev (baixo) and Tony (bateria), um quinteto que aposta forte numa sonoridade hard, que do rock setentista, ao rock de garagem e passando pelo blues, sobrevive à custa de guitarras cheias de ruído e distorção, um teclado que não receia colocar-se em bicos de pés quando procura protagonismo e uma secção ritmíca vibrante e poderosa.
Foi no passado dia vinte e três de março que viu a luz do dia The Room, o novo álbum dos LFM, um trabalho editado através da Ciao Ketchup Records e logo na guitarra efervescente e na voz grave de Conal se percebe que este é um disco que tem colado a si o indie rock de cariz mais alternativo, com os Loose Fruit Museum a não terem reservas em apostar no revivalismo de outras épocas, nomeadamente os primórdios do punk rock mais sombrio e visceral.
Do espetro mais comercial replicado no vibrante e anguloso single Summersaults, passando pelo curioso mas eficaz efeito da guitarra de Country Punk, ou a percussão ritmada da efusiva Lungs, mais uma canção que também vive à sombra de um indie rock épico e expressivo, onde se destaca, mais uma vez, a impressiva voz de Conal, que dá vida a uma letra que fala sobre a solidão e as expetativas que muitas vezes criamos sobre uma sociedade que nem sempre consegue responder aos nossos anseios, são vários os exemplos claros que nos prendem a um alinhamento impecavelmente produzido e eficiente no modo como nos seduz e nos conquista.
O ocaso do disco acaba por servir decontraponto ao restante alinhamento, já que quer o instante folk de My Mates Dad ou a nostalgia esperançosa de Crossroads, além de comprovarem que estes Loose Fruit Museum também sabem como explorar o lado mais acústico das cordas e extrair emoções e sentimentos que não defraudam quem procura sonoridades introspetivas, profundas e envolventes, mostram que estamos na presença de um quinteto capaz de aproveitar o grau de maturidade de todos os seus membros, para criar um disco fantástico e que merece uma maior projeção. Talvez seja com In The Room que os Loose Fruit Museum conseguem quebrar o enguiço de quem insiste em querer catalogar com injusto menosprezo alguns projetos que procuraram replicar apenas, ao longo da carreira, zonas de conforto, mesmo que o façam com elevada bitola qualitativa. Espero que aprecies a sugestão...
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Peter Broderick – X Luzern
É já a vinte e sete de abril que chega aos escaparates Colours Of The Night, o novo trabalho discográfico de Peter Broderick, um disco que vai ver a luz do dia através da Bella Union e que contém dez canções que certamente irão ser mais uma colecção intimista de experiências vocais e líricas e que confirmarão o ambiente sonoro predileto de Peter, etéreo e feito com candura e suavidade, permitindo-nos usufruir de um silêncio sonoro, nem sempre disponível na imensidão de propostas que nos chegam aos ouvidos diariamente.
Em jeito de antecipação, Broderick acaba de divulgar um single com duas canções intitulado X Luzern e que resulta de um projeto desenvolvido pela cidade suiça citada no título, que uma vez por mês divulga gravações de bandas e artistas que atuam no local. Os dois temas incluidos no lançamento, Rainy Day e A Peace I Aim to Make, mergulham-nos num universo acústico folk particularmente emotivo e profundo, muito do agrado deste músico norte americano natural de Portland. Confere...
01. Rainy Day
02. A Peace I Aim To Make