man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Cold War Kids – Hold My Home
Os norte americanos Cold War Kids regressaram recentemente aos discos com Hold My Home, um trabalho que viu a luz do dia no passado mês de outubro por intermédio do selo Downtown, em parceria com a Sony RED. Esta banda de Silverlake, na Califórnia, tinha-se destacado com Dear Miss Lonelyhearts, o registo discográfico anterior, e este sucessor, produzido por Lars Stalfors e os próprios Cold War Kids, era aguardado também por mim com enorme expetativa.
Disco alegre e expansivo, à custa de emoções fortes embrulhadas em temas simples, adornados com enorme versatilidade e um elevado pendor pop, Hold My Home está longe de se abrigar apenas à sombra de canções melódicas convencionais e reforça o brilho raro de uma banda enérgica e com enormes qualidades intrínsecas, que vêm logo à tona no primeiro single escolhido do trabalho. All This Could Be Yours é um luminoso tratado de indie rock, feito com uma percussão imponente e uma melodia contagiante e uma escolha feliz para uma banda que tem também no seu horizonte conseguir atingir um público vasto e cimentar uma forte base comercial, algo que esta canção poderá propiciar. Aliás, o video já divulgado do tema, onde se vê a modelo Polina Barbasova a passear à noite nas ruas de Londres, de forma apelativa e até hedonista, ao mesmo tempo que se cruza com detalhes físicos com uma simbologia apelativa, em imagens às vezes a preto e branco e de forte apelo sexual, diz tudo sobre o modo incisivo como os Cold War Kids querem conquistar o seu espaço num meio fortemente competitivo.
Mas Hold My Home não é apenas e só All This Could Be Yours e há outras composições que merecem uma audição atenta. Temas como First ou Hot Coals acabam por se situar também na permissa sonora do single, feitos com a envolvência dos teclados a cruzar-se de modo sagaz com guitarras que mudam constantemente de sonoridade e distorção e com o ritmo sempre bem marcado da bateria a ser o complemento ideal destes dois edifícios sonoros enérgicos e intencionalmente meticulosos. Já a tensão que os coros e o solo de guitarra criam na melodia de Drive Desperate, comprovam que há espaço de manobra na capacidade inventiva da dupla para um futuro que tente outras nuances do indie rock de cariz mais experimental.
Além da aposta em melodias aditivas e pegajosas, feitas com uma coleção irrepreensível de sons inteligentes e solidamente construídos, que nos emergem em ambientes carregados de batidas e ritmos, outro trunfo que poderá levar os Cold War Kids a conseguirem os seus intentos é, sem dúvida, o excelente desempenho da voz de Nathan, cujo charme e irrequietismo constantes se posicionam sempre de modo irrepreensível perante os desafios que as melodias colocam. Go Quietly é a canção onde se sente melhor os tempos e o espaço em que a voz se posiciona, atingindo aí o topo qualitativo da performance neste disco, com especial ênfase nos momentos da canção em que acompanha os coros e deles sobressai com intensidade e elevada emotividade.
Disco sem cantos escuros, Hold My Home é um álbum poderoso e orquestral, proposto por uma dupla que certamente procura, através da música, fazer refletir aquela luz que não se dispersa, mas antes se refrata para inundar os corações mais carentes de uma luminosidade sonora que transmita energia. Sem serem demasiado complicados no momento de criar sons e melodias intrincadas, os Cold War Kids expoem de modo particularmente epxlosivo canções que fluem naturalmente e trazem, em alguns momentos, aquela felicidade incontrolável e contagiante que todos nós procuramos. Espero que aprecies a sugestão...
01. All This Could Be Yours
02. First
03. Hot Coals
04. Drive Desperate
05. Hotel Anywhere
06. Go Quietly
07. Nights And Weekends
08. Hold My Home
09. Flower Drum Song
10. Harold Bloom
11. Hear My Baby Call
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Warehouse - Omission
No passado mês de julho os Warehouse, uma banda indie de Atlanta, na Georgia, editaram, em nome próprio, Tesseract, o seu registo de estreia, que recordo ter feito parte da minha banda sonora de um determinado período do último verão. Entretanto, Dustin Payseur, dos Beach Fossils e Katie Garcia da Captured Tracks, anunciaram o lançamento de uma nova etiqueta chamada Bayonet Records e que Tesseract, dos Warehouse, será um dos primeiros álbuns do seu cardápio, estando previsto o próximo mês de março como data de novo lançamento do disco, mas agora com o novo selo. Já agora, os Red Sea e os Frankie Cosmos são outros dois projetos já confirmados na nova editora.
Omission é o primeiro single que será retirado deste novo lançamento de Tesseract, uma canção surpreedente, sustentada por várias camadas de ruídos, enquanto a voz rouca de Elaine Edenfield, vocalista dos Warehouse, grita e passeia livremente por uma melodia enérgica, rugosa e incisiva. Confere...