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Mozes And The Firstborn - Mozes And The Firstborn

Sábado, 22.11.14

Numa esplendorosa embalagem de discos que me chegou hoje à redação, enviada pelo simpático pessoal da Siluh Records e que inclui rodelas de nomes tão fantásticos como os Dust Covered Carpet, Mile Me Deaf, M185, Francis International Airport ou Scarlet Chives, entre outros, começo por destacar o disco de estreia de uma banda holandesa chamada Mozes And the Firstborn. Foi entre Eindhoven e Antuérpia que nasceram em 2010 os Mozes And The Firstborn e o disco homónimo que vos sugiro foi lançado em feveriero deste ano. A edição está disponivel no bandcamp, com a possibilidade de doares um valor pela mesma ou de a obteres gratuitamente. O lançamento do álbum tinha sido antecedido de um ep intitulado I Got Skills, o mesmo nome do principal single do disco, trabalho esse também disponível para download gratuito no bandcamp deste grupo formado por Raven Aartsen, Corto Blommaert, Melle Dielesen e Ernst-Jan van Doorn.

Os Mozes And The Firstborn estão atrasados ou adiantados quase meio século, depende da perspetiva que se possa ter acerca do conteúdo sonoro que replicam. Se na década de sessenta seriam certamente considerados como uma banda vanguardista, na linha da frente e um exemplo a seguir, na segunda década do século XXI conseguem exatamente os mesmos pressupostos porque, estando novamente o indie rock lo fi e de cariz mais psicotrópico na ordem do dia, são, na minha modesta opinião, um dos projetos europeus que melhor o replica, assim como o garage rock dos anos sessenta e a psicadelia da década seguinte.

Nesta estreia bastante feliz, estes quatro holandeses convidam-nos a embarcar numa viagem aos período aúreo do rock e conseguem apresentar, em simultâneo, algo inovador e diferente, através de uma sonoridade muito fresca e luminosa, assente numa guitarra vintage, que de Creedance Clearwater Revival a Velvet Underground, passando pelos Lynyrd Skynyrd, faz ainda alguns desvios pelo blues dos primórdios da carreira dos The Rolling Stones e pela irremediável crueza dos The Kinks.

Começa-se a escutar Bloodsucker e seguimos a caminho da praia ao som dos Mozes And The Firstborn e de volta ao surf rock luminoso dos anos sessenta, aquele rock solarengo que nos impressiona com a contemporaneidade vintage nada contraditória, que se sente depois nos acordes sujos de What's Wrong Momma e no groove da guitarra e de uma voz que parece planar sobre o tal single I Got Skills e Peter Jr., dois dos melhores temas do disco.

Uma das composições mais curiosas de Mozes And The Firstborn é Seasons, uma canção que inicia com um teclado, ao qual se junta depois uma guitarra que repete uma distorção hipnótica contínua, exemplarmente acompanhada pela bateria, a fazer recordar alguns dos melhores momentos do período aúreo dos britânicos Kasabian. Depois, Time's A Headache e Heaven são rock sujo e cru, com um experimentalismo instrumental que se aproxima do blues marcado pela pujança das guitarras, além dos metais e de alguns ruídos que assentam muito bem nas canções. Skinny Girl obedece integralmente à toada surf revivalista e plena de luz, uma canção com uma sonoridade simultaneamente grandiosa e controlada. Já as cordas de Gimme Some e o efeito que as acompanham, assim como a percussão groove do tema, sustentam uma das mais belas melodias de um disco que até abraça a folk e o country sulista americano em Down With The Band, uma das peças mais psicadélicas e com um jogo de vozes inédito.

Disco feito de referências bem estabelecidas e com uma arquitetura musical carregada de emoção, cor e rebeldia, Mozes And The Firstborn garante a esta banda holandesa a impressão firme da sua sonoridade típica e ainda permite terem margem de manobra para futuras experimentações. Há neste carápio sonoro uma intemporalidade que se expressa na forma como o quarteto plasma com elevada dose de criatividade o que de melhor recria atualmente o vintage, mas também no esforço evidente como expressam uma demanda por algo genuíno e que depois sirva de modelo e de referencial sonoro.

Em suma, Mozes And The Firstborn é, como de algum modo já referi, coerente com vários discos que têm revivido os sons outrora desgastados das décadas de sessenta e setenta e é uma viagem ao passado sem se desligar das novidades e marcas do presente. É um ensaio de assimilação de heranças, plasmado na soma do seu alinhamento, fruto do psicadelismo que, geração após geração, conquista e seduz, com visões de liberdade e prazer juvenil e suficientemente atual, exatamente por experimentar tantas referências antigas. Espero que aprecies a sugestão...

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publicado por stipe07 às 21:54

CITYSPARK - Sun Will Shine

Sábado, 22.11.14

Cityspark.jpg

Formados a 1 de Dezembro de 2008 entre Castelo de Paiva e Cinfães, os CITYSPARK abraçaram, de acordo com a banda, o desafio a novas sonoridades que passam pelo rock, a pop e o indie. Começaram por gravar, em 2009, o EP Made In Cityspark e um ano depois regressaram ao estúdio para gravar um novo tema intitulado Butterfly.

Agora, alguns anos depois e após muitas dores de cabeça de persistência, de concertos realizados mas acima de tudo muita vontade de cumprir um dever realizado, vai chegar aos escaparates Violet, o primeiro longa duração da banda.

Violet foi gravado nos estúdios Replay Studios, produzido por Mário de Sá e a própria banda e tem previsto o lançamento para treze de dezembro, altura em que haverá também, em Castelo de Paiva, um concerto de apresentação, que contará com a presença de diversos convidados especiais.

O primeiro single retirado de Violet chama-se Sun Will Shine e o vídeo da canção já pode ser visto e partilhado por todos no You Tube e Facebook da banda. A canção impressiona pelo pendor rock, festivo e solarengo, mas onde a eletrónica tem também uma palavra importante a dizer, já que os sintetizadores conduzem o processo melódico, de modo a replicar uma sonoridade que impressiona pelo charme vintage. O resultado final é uma belíssima composição envolvida numa psicadelia luminosa, fortemente urbana, mística, mas igualmente descontraída e jovial. Confere...

 

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publicado por stipe07 às 14:19






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