01. My Favourite Faded Fantasy
02. It Takes A Lot To Know A Man
03. The Greatest Bastard
04. I Don’t Want To Change You
05. Colour Me In
06. The Box
07. Trusty And True
08. Long Long Way
man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Damien Rice – My Favourite Faded Fantasy
Já chegou finalmente aos escaparates My Favourite Faded Fantasy, o novo disco do irlandês Damien Rice, um músico e compositor exemplar, natural de Dublin. My Favourite Faded Fantasy é o primeiro disco de Damien em oito anos, contém oito canções no alinhamento e viu a luz do dia no início de novembro por intermédio da Warner.
Produzido por Rick Rubin, My Favourite Faded Fantasy é o terceiro tomo da carreira discográfica de um autor que se estreou em 2002 com O e parece querer seguir o rumo que continuou a traçar aí e, depois, em 9 (2006), um caminho feito de ambientes claramente confesionais e tão nostálgicos e comtemplativos como a Islândia onde o músico se refugiou nos últimos anos, longe do mediatismo e dos palcos.
O disco abre com o single homónimo, uma canção de mais de seis minutos de duração, com um início bastante calmo e contemplativo, para depois evoluir para uma sonoridade vibrante, uma uma das marcas inconfundíveis do músico. Logo nessa abertura de portas e na sombria It Takes A Lot To Know A Man, fica claro que o arsenal instrumental gira em redor do piano, do violino e da guitarra acústica, exalando, no entanto, uma apreciável veia experimentalista, com arranjos que fazem balançar os temas entre o indie luminoso e épico (I Don't Want to Change You) e aquela toada mais sensível e sombria, que as cordas e a voz única e inconfundível de Damien tão bem replicam, como, por exemplo, em Colour Me In. Esta voz carrega em todo o disco um lamento de fundo, uma espécie de nó na garganta fielmente ampliado e reproduzido e que comove, ainda por cima quando se dedica a dar vida a canções de amor e arrependimento cercadas de fragilidade nos ricos arranjos instrumentais e onde a raiva, o remorso, a tristeza e a descoberta de buscas incessantes aos recantos mais profundos da alma são a sua grande força motriz.
I Don't Want to Change You e The Greatest Bastard são outros singles já retirados de um trabalho que tresanda a uma tremenda honestidade que este músico irlandês parece querer muito preservar, como se a música fosse o seu veículo privilegiado para expôr tudo aquilo que emocionalmente lhe toca fundo e de algum modo preenche ou, de um ponto de vista menos otimista, o perturba. Em The Greatest Bastard, Damien parece sentir uma necessidade profunda de se entregar ao julgamento cruel de quem o censura e lhe virou as costas devido a erros do passado, fazendo-o com uma humildade tal que torna-se impossível não o perdoar de qualquer momento menos bom que tenha protagonizado e não hesitar a dar uma nova oportunidade a um homem que se apresenta perante as suas heranças completamente desarmado e disponível a aceitar qualquer suplício para ter da vida um novo rumo que lhe permita decobrir uma nova luz.
Para nós que gostamos de dar uma utilidade, nem quee seja fútil, a um compêndio sonoro que de algum modo nos toca e emociona, My Favourite Faded Fantasy tem instantes que tanto podem servir de banda sonora para a leitura de uma carta de amor verdadeiramente sentida que recebemos de alguém que desejamos ardentemente, como outros que poderão servir para potenciar a nossa dor caso a missiva, com o mesmo remetente, tenha um conteúdo completamente oposto, de anúncio de completa rejeição.
Cheio de pequenas historias românticas, algumas de proporções épicas, como comprovam os mais de nove minutos de It Takes A Lot To Know A Man, My Favourite Faded Fantasy é um regresso feliz às luzes da ribalta de um homem que vive no apogeu da maturidade que os seus quarenta anos lhe conferem e que tem o enorme atributo de criar belas músicas para ouvir enquanto se pensa na vida. Este é um disco sobre o amor e uma boa arma para fazer qualquer um entender que, definitivamente, uma história de amor não é feita só de momentos felizes, já que o alinhamento tanto está recheado de sensações positivas, plasmadas em canções expansivas e, ao mesmo tempo, imbuídas por um forte caráter intimista, como de canções como The Box, que parecem não querer nada mais a não ser obedecer ao nosso desejo de fuga de uma realidade que às vezes aprisiona e sufoca. Espero que aprecies a sugestão...
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ScotDrakula - Stupid Everything
Os ScotDrakula são Matt Neumann (guitarra, voz), Evianne Camille (bateria, voz) e Dove Bailey (baixo, voz), três jovens músicos australianos, oriundos de Melbourne, que gostam de misturar cerveja com o rock de garagem e darem asssim asas à devoção que sentem pela música e pela cultura punk.
Dia nove de dezembro vai ser disponibilizado fisicamente, em formato cassete, Burner, o novo disco do grupo, assim como um EP intitulado Break Me Up, com ambas as edições a poderem ser já encomendadas e a cargo da insuspeita e espetacular Fleeting Youth Records, uma etiqueta essencial para os amantes do rock e do punk, sedeada em Austin, no Texas.
Se nunca ouviste os ScotDrakula, Stupid Everything, o primeiro avanço que o grupo disponibilizou do disco gratuitamente, é uma excelente porta de entrada para um universo sonoro feito com guitarras carregadas de fuzz, uma percussão vibrante e ritmada e uma postura vocal jovial e com um encanto lo fi que inicialmente se estranha, mas que depois, rapidamente se entranha. Confere...
P.S. - Sendo dia de Follow Friday no portal de blogs do Sapo, sugiro uma visita a Grandes Sons, um fantástico blogue também sobre música.