man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
We Were Promised Jetpacks - Unravelling
Três anos de In The Pit Of The Stomach e após um trabalho ao vivo chamado E Rey (Live In Philadelphia), lançado em fevereiro deste ano, os escoceses We Were Promised Jetpacks estão de regresso com Unravelling, o terceiro disco de originais, lançado no passado dia seis de outubro por intermédio da Fatcat Records. Unravelling foi gravado em Glasgow, no país natal, nos Chem19 Studios, tendo sido produzido por Paul Savage, um nome que conta no currículo com outros escoceses de nomeada, como os Camera Obscura, Teenage Fanclub, The Twilight Sad, Franz Ferdinand e Mogwai. Os We Were Promised Jetpacks tornaram-se entretanto num quinteto com a entrada do multi-instrumentista Stuart McGachan, que une-se a Adam Thompson (vozes e guitarra), Darren Lackie (bateria), Sean Smith (baixo) e Michael Palmer (guitarra).
Este projeto começou a sua carreira em 2003 num concurso de bandas de escola e o primeiro disco, These Four Walls, deveu muito do sucesso às músicas que colocou em várias séries de televisão e filmes. Não os alçou à fama no imediato, mas deixou-os debaixo do olho clinico de muita gente que, como eu, se interessa pela sonoridade tipica do grupo. Tendo em conta In The Pit Of The Stomach, o trabalho que os consagrou definitivamente e este Unravelling, o som dos We Were Promised Jetpacks é assumidamente um rock indie que plana entre a experimentação e o psicadelismo. Ao longo deste disco liderado pelas guitarras, ouve-se canções fáceis e ao mesmo tempo complexas, com variações, ruídos e efeitos variados. Existiu, sem dúvida, um aturado trabalho de produção, nenhum detalhe foi deixado ao acaso e houve sempre a intenção de dar algum sentido épico e grandioso às canções, arriscando-se o máximo até à fronteira entre o indie mais comercial e o teste de outras sonoridades.
Logo no início, com o single Safety In Numbers, percebe-se que o red line nas guitarras será uma constante ao longo do disco e que essa opção alinhada com uma percurssão vibrante, é nada mais nada menos que uma demanda pelo verdadeiro som épico, luminoso e expansivo que só o indie rock de cariz mais progressivo consegue replicar. Peaks and Troughs amplifica essa opção que fica definitivamente firmada em I Keep It Composed, um verdadeiro hino de estádio que precisa de espaço e tempo para manifestar todo o seu esplendor. Mesmo em temas menos amplos como Disconnecting ou Bright Minds, há sempre um cariz épico e vincadamente emotivo, razão pela qual não é exagero afirmar que Unravelling denota esmero e paciência na forma como a banda acertou nos mínimos detalhes, já que, das guitarras que escorrem ao longo de todo o trabalho, passando pelos arranjos de cordas, pianos, efeitos e vozes, tudo se movimenta de forma sempre estratégica, como se cada mínima fração do que escutamos tivesse um motivo para se posicionar dessa forma.
Os We Were Promised Jetpacks parecem dispostos a seguir em frente, rumo ao estrelato e a procurar ombrear com os Muse num pódio que nem tem sido muito cobiçado, com um clima sonoro bem delimitado e que não se altera, mesmo com a entrada da voz, que apesar de revolver um pouco a estrutura pop de algumas canções, é mais um trunfo para lhes facultar uma maior grandiosidade. O próprio piano de Peace Sign é apenas mais um elemento que em vez se apontar para uma direção oposta serve para cimentar com maior ênfase esta busca pela construção de hinos de estádio à boa maneira do rock britânico, assim com o baixo de Night Terror, o maior protagonista de uma canção majestosa e ceia de vigor e onde se exala um enorme travo punk. Este é o meu grande destaque do disco, até por ser uma canção cheia de energia e dominada por um descarado sentimento de urgência, aquela que poderá mostrar a luz a este grupo de rapazes, caso tenham a pretensão de se tornarem em verdadeiros músicos de barba rija e ascenderem num futuro próximo à premier league rockeira no arquipélago de Sua Majestade.
Peace Of Mind é o âmago de um disco que projeta inúmeras possibilidades sonoras por parte de uma banda que vive no complicado equilibrio de querer ao mesmo tempo que escreve de uma forma bastante pessoal e intima, não se envergonhar de pretender um dia esgotar a lotação de um Wembley ou, pelo menos, as bancadas do Cardiff Stadium, servindo-se de um universo sonoro recheado de várias experimentações e renovações, mas que pretende, acima de tudo, soar poderoso, jovial e inventivo, desde que o indie rock de cariz mais sinfónico e potente nunca deixe de fazer parte da sua cartilha. Espero que aprecies a sugestão....
01. Safety In Numbers
02. Peaks And Troughs
03. I Keep It Composed
04. Peace Sign
05. Night Terror
06. Disconnecting
07. Bright Minds
08. A Part Of It
09. Moral Compass
10. Peace Of Mind
11. Ricochet
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