man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The New Pornographers – Brill Bruisers
Chegou no passado dia vinte e seis de agosto aos escaparates, através da Matador Records e da Last Gang, Brill Bruisers, o sexto álbum de estúdio dos canadianos The New Pornographers e o primeiro em quatro anos. Os The New Pornographers são um super grupo natural de Vancouver e formado por Dan Bejar, Kathryn Calder, Neko Case, John Collins, Kurt Dahle, Todd Fancey, Carl Newman e Blaine Thurier, sendo alguns destes nomes, nomeadamente Bejar (Destroyer), Neko Case e Newman, verdadeiramente fundamentais para a indie contemporânea. Newman descreve este Bill Bruisers como um álbum de celebração. Depois de períodos complicados estou num ponto da minha vida em que nada me puxa para baixo e a música reflecte isso, acrescenta o músico. O curioso artwork do disco é da autoria dos artistas Steven Wilson e Thomas Burden e, já agora, a palavra Brill do título alude ao Brill Building, um edifício em Nova Iorque onde o som da pop e do rock dos anos sessenta foi definido pelos compositores e etiquetas que tinham escritórios ali.
A primeira coisa que me apraz dizer depois de ter escutado este disco é que Brill Bruisers é luz em forma de música, um disco cheio de brilho e cor em movimento, uma obra com um alinhamento alegre e festivo e que parece querer exaltar, acima de tudo, o lado bom da existência humana, apesar de, por exemplo, War On The East Coast, o single já extraído, ser sobre o lado mais negro de um mundo feito de dúvidas, deceções e guerras, tantas vezes desnecessárias e incompreensiveis. Seja como for, mesmo nessa canção, não se deixa de ter vontade de pular e de querer desertar desse universo paralelo para um presente feito com aquela felicidade incontrolável e contagiante que todos nós procuramos e que, nestas treze canções, podem surgir nas notas mais delicadas, até quando elas estão num modo particularmente explosivo, ou então, e principalmente, nas vozes, que se alternam e se sobrepôem em camadas, à medida que os instrumentos fluem naturalmente, sem se acomodarem ao ponto de se sufocarem entre si, naquilo a que Newman chama de som de banda.
Em Brill Bruisers quem vence é aquela pop clássica e intemporal que só ganha vida se houver quem se predisponha a entrar num estúdio de mente aberta e disposto a servir-se de tudo aquilo que é colocado ao seu dispôr para criar música, sejam instrumentos eletrónicos ou acústicos e assim fazerem canções cheias de sons poderosos e tortuosos, sintetizadores flutuantes e vozes deslumbrantes. E não é preciso ser demasiado complicado e criar sons e melodias intrincadas. Consegui-lo é ser agraciado pelo dom de se fazer a música que se quer e ser-se ouvido com particular devoção e os The New Pornographers sujeitam-se seriamente a obterem tal distinção, já que usaram a fórmula correcta, feita com uma quase pueril simplicidade, a melhor receita que muitas vezes existe no universo musical para demonstrar uma formatação adulta e a capacidade de se reinventar, reformular ou simplesmente replicar o que de melhor têm alguns projetos bem sucedidos na área sonora em que uma banda se insere.
No fundo, Brill Bruisers é um álbum pop poderoso, orquestral e extremamente divertido, sem deixar de evocar um certo experimentalismo típico de quem procura, através da música, fazer refletir aquela luz que não se dispersa, mas antes se refrata para inundar os corações mais carentes daquela luminosidade que transmite energia, num disco sem cantos escuros, já que nele nem uma balada se escuta, mesmo em momentos mais lentos como Champions Of Red Wine.
Brill Bruisers é um trabalho que faz uma espécie de simbiose entre a pop e o experimentalismo, temperado com variadas referênciasque nos permitem aceder a uma dimensão musical com uma assumida pompa sinfónica e inconfundível, onde tudo soa utopicamente perfeito. É uma espécie de caldeirão sonoro feito por um elenco de extraordinários músicos e artistas, que sabem melhor do que ninguém como recortar, picotar e colar o que de melhor existe neste universo sonoro ao qual dão vida e que deve estar sempre pronto para projetar inúmeras possibilidades e aventuras ao ouvinte, assentes num misto de power pop psicadélica e rock progressivo. Espero que aprecies a sugestão...
01. Brill Bruisers
02. Champions Of Red Wine
03. Fantasy Fools
04. War On The East Coast
05. Backstairs
06. Marching Orders
07. Another Drug Deal Of The Heart
08. Born With A Sound
09. Wide Eyes
10. Dancehall Domine
11. Spidyr
12. Hi-Rise
13. You Tell Me Where
Autoria e outros dados (tags, etc)
Damien Rice – My Favourite Faded Fantasy
Pouco depois de anunciar o lançamento de um novo álbum, Damien Rice divulgou a primeira música do trabalho. Intitulada My Favourite Faded Fantasy, o mesmo nome do disco, a canção de mais de seis minutos de duração tem um início bastante calmo e contemplativo, para depois evoluir para uma sonoridade vibrante, uma das marcas inconfundíveis do músico.
Com produção de Rick Rubin, o álbum My Favourite Faded Fantasy, o primeiro de Rice em oito anos, será composto por oito canções e tem lançamento marcado para o dia onze de novembro, através da Warner. Confere...