man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Mark Lanegan Band – No Bells On Sunday EP
O projeto Mark Lanegan Band acaba de editar No Bells On Sunday, um EP com cinco canções que viu a luz do dia a vinte e cinco de agosto, apenas em formato vinil, através da Looded Soil/Vagrant Records. Também já é público que haverá novo disco do projeto até ao final do ano e que o mesmo irá chamar-se Phantom Radio.
Antigo membro dos Screaming Trees e dos Queens Of The Stone Age, Mark Lanegan sempre se evidenciou pelo registo peculiar da sua voz, tendo feito dela um grande trunfo, algo que tem ampliado na carreira a solo, com o seu tom grave a ser quase sempre atrelado a atmosferas melódicas melancólicas e sombrias. Mesmo quando se arriscou nas covers, em Imitations, ou colaborou com nomes tão importantes como Moby ou as Warpaint, Mark nunca abdicou deste selo identitário, procurando sempre criar uma atmosfera de verdadeira comunhão com os seus ouvintes, que já aprenderam também a apreciar a forma incisiva como consegue escrever sobre a tristeza, de forma qase sempre bela e profundamente comtemplativa.
Smokestack Magic, a canção que encerra o EP, é um dos melhores exemplos na carreira de Lanegan sobre esta sua capacidade de dar-nos as mãos enquanto deixa envolver a sua voz profundamente orgânica com texturas e arranjos sintetizados, com um resultado bastante lisérgico, numa espécie de clímax invertido, tal é o cariz fortemente entorpedecedor e simultaneamente hipnótico e anestesiante do tema.
Nas outras quatro canções há que não perder de vista o elevado grau de emotividade de Dry Iced e a beleza orquestral de No Bells On Sunday, um tema que impressiona por piscar o olho ao krautrock, por causa da percussão e dos efeitos da guitarra, uma canção lenta e triste, mas cheia de belos arranjos e orquestrações e com um refrão que ecoa com elevada pessoalidade e sentimentalismo. Finalmente, Sad Lover é a canção que melhor aposta na herança mais roqueira de Mark Lanegan, um bom tema num EP que antecipa um possível excelente longa duração, que não deverá dispensar a condução vocal grave e o ambiente fortemente contemplativo que parece ser a matriz identitária desta nova fase da carreira deste músico norte americano natural de Ellensburg, em Washington. Espero que aprecies a sugestão...
01. Dry Iced
02. No Bells On Sunday
03. Sad Lover
04. Jonas Pap
05. Smokestack Magic
Autoria e outros dados (tags, etc)
Los Waves - Strange Kind Of Love
Depois do EP Got A Feeling, a dupla lusa Los Waves, formada por José Tornada e Jorge da Fonseca e que tem dado nas vistas devido à sonoridade única e até algo inovadora, tendo em conta o panorama musical nacional, está de regresso com um novo single intitulado Strange Kind Of Love, numa altura em que se preparam para lançar o tão aguardado primeiro longa duração This Is Los Waves So What? em Portugal, com distribuição pela Sony Music Portugal. Nos Estados Unidos e no Reino Unido a edição fica a cargo da Summer Filth Records.
Recordo que os Los Waves começaram a carreira em Londres, em 2011, onde deram os primeiros concertos em salas icónicas como o Old Blue Last, Cargo e Camden Barfly e nesse mesmo ano, lançaram os primeiros EP’s, Golden Maps e How Do I Know, que deram logo que falar na imprensa, tanto no Reino Unido como nos Estados Unidos. Rapidamente atravessaram o Oceano Atlântico, onde conseguiram colocar músicas em vários canais de televisão, nomeadamente a a MTV, FOX, AXN e CBS, com destaque para a participação em bandas sonoras de séries como Gossip Girl (com Strange Kind Of Love, umamúsica até hoje nunca editada), Jersey Shore (com a música Golden Maps) ou Mentes Criminosas (com a música Got A Feeling).
Strange Kind Of Love tem a sonoridade eletrónica vintage típica das propostas anteriores dos Los Waves, com a particularidade de ser uma canção envolvidas por uma psicadelia luminosa, fortemente urbana, mística, mas igualmente descontraída e jovial. É uma música que, de acordo com o press release do lançamento, fala daquele amor que faz o mundo girar, parte de uma história de amor não correspondido para nos falar de outros tipos de amor. O amor vem assim sob a forma de todas as coisas, da simplicidade que enche a alma de uma forma natural, como a luz que refracta no prisma, como os últimos raios de luz que enchem a íris numa tarde de verão, sob a influência e o calor das leis universais.
Festiva, melodiosa e solarenga, esta nova canção dos Los Waves é mais um exemplo sonoro que faz deste projeto, como já disse, algo único e distinto a nível nacional. Confere...