man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Throes + The Shine - Mambos de Outros Tipos
Os Throes + The Shine são uma espécie de fusão de coletivos do Porto formado por André do Poster (voz) e Diron (voz), os dois angolanos que formam os The Shine e Igor Domingues (bateria e percurssão), João Brandão (baixo e produção) e Marco Castro (guitarra e sintetizadores), o trio Throes. Lançaram no passado dia vinte e oito de abril, através da Lovers & Lollypops e disponível no bandcamp da banda, Mambos de Outros Tipos, o segundo disco do grupo e mais um casamento entre o rock despreocupado e o kuduro angolano capaz de fazer mexer ancas e multidões, no fundo, uma espécie de rockuduro, cheio de ritmo, plasmado em nove canções que misturam, de forma luminosa, vibrante e psicadélica, um cocktail explosivo com uma sonoridade urbana, cheio de instrumentos orgânicos e sintetizados.
Mambos de Outros Tipos é um excelente disco para esta altura do ano, com o início, feito com Tuyeto Mukina e Mambo (Estás a dançar, estás a curtir o mambo de outros tipos), a dar logo o mote para cerca de quarenta e cinco minutos onde o cheiro a África e a terra quente subsiste e o jogo de palavras e de batidas e de sons que se estabelece entre os The Shine e os Throes, respetivamente, vai-se expandindo à medida que esta dialética permanente entre o rock cheio de riffs e distorção e o groove ritmado das batidas dá vida a atmosferas envolventes e sensuais, que nos obrigam a abanar o corpo com ânimo e alegria.
Este cocktail é ponderado e, de acordo com a entrevista que a banda me concedeu e que podes conferir abaixo, resulta de ensaios e trocas de riffs, batidas e linhas vocais maioritariamente entre os quatro membros originais deste projecto, havendo uma abertura de mentes e um entendimento muito grande entre todos.
Como seria de esperar, apesar do equilibrio natural entre as duas grandes componentes do projeto, há canções em que sobressai mais o poder da bateria e das percurssões dos Throes, como em Dombolo e outros em que o sabor a África domina, como em Wazekele,talvez os dois exemplos onde é mais acessível fazer esta distinção.
Mambos de Outros Tipos é um passo em frente relativamente ao que os Throes + The Shine produziram em Rockuduro, o trabalho de estreia, um disco que envolve-nos num festim luso africano bastante original, mágico, especial, e único, por ser simultaneamente excêntrico e inédito. Espero que aprecies a sugestão...
Os Throes + The Shine são uma multinacional composta por dois angolanos, Diron e André do Poster, os The Shine, que conferem ao projeto o lado mais africano e irrequieto e por Marco Castro, Igor Domingues e João Brandão, os Throes, responsáveis pela sonoridade rock. Como é que funciona a química dentro do grupo? E a dinâmica do processo de criação?
O processo criativo tem sido muito semelhante desde os primórdios da banda. A composição tem sido sempre assente em ensaios e trocas de riffs, batidas e linhas vocais maioritariamente entre os quatro membros originais deste projecto. Há uma abertura de mentes e um entendimento muito grande entre todos nós.
Vocês estrearam-se há dois anos com Rockuduro, um trabalho muito bem recebido pela imprensa e pelo público em geral e agora regressam com Mambos de Outros Tipos. Em relação aos dois trabalhos, é mais aquilo que os une ou aquilo que os separa?
São dois trabalhos distintos entre si, mas que acreditamos fazerem todo o sentido em conjunto. Este novo disco é um passo evolutivo em relação à sonoridade que começamos a explorar em 2012 e acreditamos que ainda temos muito para experimentar e abordar em lançamentos futuros.
Os Throes + The Shine já têm uma rodagem internacional interessante, com participação ativa no alinhamento de vários festivais de nomeada, com particular destaque para Roskilde, na Dinamarca, Electron Festival, na Suíça e o World Music Festival, na Noruega. Como têm sido recebidos por essas multidões?
Tem sido excepcional. Ainda não houve nenhum concerto dentro desses moldes onde nos tenhamos sentido mal amados ou que não estamos a divertir as pessoas. E no geral, toda a experiência de conseguirmos levar a nossa música além portas, retirar dividendos de algo que nos dá trabalho e sentir que as pessoas vão apreciando o que fazemos em diferentes pontos do globo é algo de extraordinário.
Vocês estão a destacar-se imenso pela vossa performance ao vivo, pela energia que colocam nos concertos e pelo ambiente de festa que procuram sempre criar. Numa época em que, infelizmente, a venda de discos, mesmo através de edições digitais, está em forte declínio, as apresentações ao vivo são a vossa grande aposta, em termos profissionais, ou no ADN de cada um e da banda já há, à partida, este gosto e esta vontade de serem felizes e viverem em festa em cima do palco e de contagiarem quem assiste aos vossos espetáculos?
Todos nós gostamos verdadeiramente do que estamos a fazer com este projeto e isso acaba por se refletir na nossa forma de estar em palco. Se sorrimos, saltamos e dançamos é porque nos estamos a divertir genuinamente com o que estamos a fazer. Se sentirmos que as pessoas estão a partilhar esse sentimento connosco, só torna tudo ainda melhor e cada vez mais efusivo da nossa parte. Há toda uma relação de simbiose com as pessoas que assistem aos nossos concertos, sem duvida nenhuma.
A verdade é que algumas das vossas primeiras canções conseguiram maior projeção lá fora e só agora, com este disco, é que parece haver um maior reconhecimento do no nosso mercado. Portugal é importante para o futuro da vossa carreira? Onde vos agrada serem mais reconhecidos devido à vossa música?
É sempre importante sermos bem amados no nosso país de origem, uma vez que é aí que constróis uma base e que tudo parte. No entanto, no panorama mais real das coisas, se almejarmos ter um projeto que permita uma vida confortável, é necessário sair para lá de Portugal. E é algo que temos andado a tentar fazer nos últimos dois anos.
Em relação à vossa música, sou um grande apreciador do vosso estilo, desta mistura luminosa vibrante e psicadélica, um cocktail explosivo com uma sonoridade urbana, cheio de instrumentos orgânicos e sintetizados. É este o género de música que mais apreciam?
Todos nós temos gostos muito distintos e acaba por ser isso que cria essa mistura que falas. A capacidade que temos de deixar que os diferentes membros da banda insiram os seus cunhos pessoais em várias músicas permite que surja um resultado final que todos gostam, mesmo que não seja o que cada um imaginou inicialmente.
Os vossos dois discos foram editados sob a alçada da recomendável Lovers & Lollypops. Que importância tem para vocês fazer parte dessa família?
Tem sido uma boa experiência e um alicerce importante no crescimento da banda e na conjunção de várias etapas no nascimento deste projeto. São um selo que nutre um amor pelo que faz e é algo que sempre nos agradou, pelo menos até aos dias de hoje.
Quais são as vossas expectativas para este álbum? Querem que Mambos de Outros Tipos vos leve até onde?
Estamos contentes com a resposta que tem sido dada na imprensa, quer em Portugal, quer na Europa. 2014 vai ser passado em concertos por Portugal e pelo centro da Europa. Gostaríamos de saltar para outros continentes no decorrer de 2015, mas claro que é um pequeno “monstro” que é preciso domar. Mas talvez, quem sabe.
Adorei o artwork do disco. De quem é a autoria?
O artwork foi feito pela Cãoceito. Eles tem trabalhos muito bons, vale a pena ver.
Adorei o tema Triba Triba; E a banda, tem um tema preferido em Mambos de Outros Tipos?
Nem por isso, cada um de nós tem um tema que aprecia mais, o que é perfeitamente normal. Mas no final das contas, todos nós gostamos do alinhamento final do Mambos de Outros Tipos. Alguns temas ficaram pelo caminho por não serem consensuais com todos os membros da banda.
O que vos move é apenas este cruzamento entre o rock e o kuduro ou gostariam no futuro de experimentar outras sonoridades? Em suma, o que podemos esperar do futuro discográfico dos Throes + The Shine?
Não é apenas este cruzamento de sonoridades que nos move, mas claro que será sempre um ponto importante no nosso cunho. Futuramente iremos continuar a tentar explorar algumas coisas diferentes a nível melódico, como já fizemos neste segundo disco, e a nível rítmico também é algo que já estamos a começar a fazer em novas composições (já pós-Mambos de Outros Tipos).
Como tem decorrido a promoção do disco? Onde poderemos ver os Throes + The Shine a tocar num futuro próximo?
A promoção do disco tem corrido bem, já tivemos diversos concertos por Portugal, França e Suiça este ano. Futuramente poderão apanhar-nos em Julho nas Festas Sebastianas, no Quintanilha Rock e no Festival Meda +. Em Agosto iremos andar pela Bélgica e por terras lusas e em Setembro e Outubro voltaremos a andar por terras gaulesas. É uma questão de irem dando uma vista de olhos pelas nossas páginas do facebook\twitter\bandcamp.
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