man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Fear Of Men - Outrun Me
Os britânicos Fear of Men continuam a divulgar canções do seu novo longa duração, um disco intitulado Loom, que chegará às lojas no próximo dia vinte e dois de abril por intermédio da Kanine, um álbum que terá direito a uma edição de luxo em vinil no próximo Record Store Day.
Luna foi o primeiro single oficial retirado de Loom, uma canção que nos leva a salivar por Loom, tal é a beleza dos arranjos simultaneamente deslumbrantes e delicados da canção, ampliada pela cândura da voz de Jessica Weiss. Agora chegou a vez de Outrun Me, tema que segue a mesma receita e que confirma as minhas suspeitas... Loom poderá muito bem vir a ser um dos melhores álbuns de dream pop de 2014. Confere...
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Mean Creek - Local Losers
Naturais de Boston, os Mean Creek são Chris Keene (voz, guitarra), Aurore Ounjian (guitarra, voz), Kevin Macdonald (baixo) e Mikey Holland (bateria, percussão), uma banda com uma forte influência do rock alternativo dos anos sessenta e onde a sonoridade de nomes tão importantes como os Sonic Youth está muito presente. Local Losers é o mais recente disco dos Mean Creek, um disco lançado a vinte e oito de janeiro último por intermédio da Old Flame Records e que sucede a The Sky (Or The Underground), um trabalho que viu a luz do dia em outubro de 2009 e que tinha sido gravado nos estúdios 1867 Recording Studio, em Chelsea, no Massachusetts, estado de origem dos membros da banda.
Local Losers são apenas oito temas, tocados em pouco mais de vinte minutos. É um disco rápido, direto e conciso e bastante aditivo porque contém um punk rock inspirado, na senda não só dos já referidos Sonic Youth, mas também de outros nomes tão fundamentais como os The Lemonheads ou os Pixies.
Em Local Losers não há tempo e espaço para detalhes desnecessários. Logo a abrir, com Cool Town e My Madeline, duas canções disponibilizadas gratuitamente pela eidtora, fica clara a receita e os ingredientes que cozinharam este disco; As vocalizações de Chris Keene têm um cariz algo áspero e lo fi, mas isso só contribui para que os temas fluam livres de compromissos e de uma estética própria, apenas com o louvável intuíto de nos fazerem viajar no tempo e entregar-nos o que queremos ouvir: canções caseiras e perfumadas pelo passado, a navegarem numa espécie de meio termos entre o rock clássico, o grunge e o punk rock. Além desse aspeto único da voz, não há como fugir da energia poderosa que é debitada por guitarras em constante red line e por uma bateria poderosa e grave, em canções que falam do amor, de dúvidas existênciais, momentos confusos, solidão e corações partidos, no fundo, que falam da vida de qualquer um de nós, feita de altos e baixos.
Rezam as crónicas que os Mean Creek estão unidos por uma forte amizade de vários anos, que souberam sempre ultrapassar divergências e momentos menos bons e seguir em frente e Local Losers soa a isso mesmo, a quatro amigos que juntos, num espaço só deles, trocam ideias e tocam sobre emoções. Os Mean Creek acabam por ser mais uma visão atual do que realmente foi o rock alternativo, as guitarras barulhentas e os sons mais viscerais do início dos anos noventa, assim como todo o clima sentimental dessa época e as letras consistentes, que confortavam e destruiam o coração num mesmo verso. E o grande brilho deste pequeno disco é, ao ouvi-lo, ter-se a perceção das bandas que foram usadas como inspiração, não como plágio, mas em forma de homenagem. Espero que aprecies a sugestão...
01. Cool Town
02. My Madeline
03. Anxiety Girl
04. Night Running
05. Johnny Allen
06. Mass. Border
07. Hangover Mind
08. Teenage Feeling
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The Snow - Memory Loss
Os The Snow são um novo super grupo formado por elementos influentes de algumas das bandas mais importantes do cenário musical atual que aposta na new wave e no post punk, nomeadamente Dustin Payseur, dos Beach Fossils, Jack Tatum dos Wild Nothing e Andreas Lagerström dos Holograms.
O Record Store Day foi o evento e momento escolhido para os The Snow editarem o seu primeiro single, que já está disponível para audição. O tema chama-se Memory Loss e, como seria de esperar, assenta numa melodia bastante contemplativa e melancólica, feita com um baixo vibrante, guitarras etéreas e um certo reverb na voz.
Memory Loss tem como lado b uma canção chamada Joy Of Life e, como já referi, será editado em formato single a dezanove de abril, o Record Store Day, através da Captured Tracks. Confere...
(via Pitchfork)
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Sugiro... XLIII
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The New Tigers - The Badger
Os The New Tigers já existem desde 2007, mas só se estrearam nos discos em setembro de 2011 com um homónimo, lançado na altura pela Soliti Records. E no passado dia nove de setembro de 2013 chegou finalmente o sucessor, um disco intitulado The Badger, composto por uma banda da cidade finlandesa de Turku formada por Appu, Valtteri, Janne (baixo) e Ville.
The Badger é mais um exemplo da capacidade de um país nórdico particularmente inóspito, mas bastante desenvolvido culturalmente, em produzir excelentes compêndios de música pop, com uma luminosidade que destoa do ambiente típico de Turku, uma cidade finlandesa com uma movimentada vida cultural e onde frequentemente se cruzam variados mundos e culturas.
Confesso um absoluto desconhecimento em relação ao primeiro disco dos The New Tigers e por isso não posso afirmar se este sucessor está à sua altura, independentemente de ser, ou não, um disco de continuidade. Seja como for, The Badger é um excelente cartão de visita para contatarmos com estes New Tigers, que parecem fazer da sofisticação uma das suas grandes permissas, não só no que concerne à questão melódica das suas canções, mas também da própria escrita das mesmas. As nove canções de The Badger assentam uma relação harmoniosa entre a voz e a guitarra, com a inclusão de interessantes arranjos e detalhes pelos meio, de forma harmoniosa e equilibrada e a conferir um ligeiro toque psicadélico à toada geral do disco.
Os The New Tigers não se ficam pelo habiutal estereótipo das canções pop com pouco mais de três minutos, já que três dos temas de The Badger excedem o dobro desse tempo, mas nem por isso as canções se perdem em segmentos instrumentais de forma desnecessária ou repetitiva, fazendo-o antes com bom gosto e com o tempo certo para que estas canções, que têm o seu tempo próprio, possam ser mostrar tudo aquilo que valem. Os The New Tigers são generosos com o seu reportório e zelam para que as músicas que são geradas no seu leito tenham o espaço adequado para demonstrarem todo o potencial que possuem.
No alinhamento do disco há temas que parecem abordar a tristeza ou a infelicidade e algumas canções até podem parecer que puxam o registo para um universo mais amargurado, mas boa parte do álbum, principalmente nos seus momentos iniciais, é carregado de luz e vivacidade, o que resulta numa coleção de belos acertos sonoros e canções memoráveis. O disco abre com Where Is It e Secondary City e logo aí, ao sermos invavidos pelo fuzz das guitarras, por uma percurssão musculada onde é evidente a simbiose entre o baixo e a bateria e melodias extremamente aditivas com um certo sentido épico, sentimos aquela espécie de perfeição pop que geralmente define uma pop luminosa e vibrante. É como se dessemos um enorme mergulho em sons adocicados e guiados por uma elevada instrumentalidade melancólica. Antarktis baixa um pouco o ritmo permitindo ganhar novamente fôlego para nos deliciarmos com Don't Know Where To Go, umas das melhores canções do álbum, juntamente com o punk rock viciante de Remote Control. Mas o ponto alto de The Badger está, sem dúvida, em Quicksilver, quase oito minutos de uma indie pop vibrante, colorida e solarenga, onde até a voz algo grave ajuda a acentuar o cariz nostálgico de uma das melhores canções que ouvi nos últimos meses.
O disco encerra com Mercury e Gentle Rock, dois temas que, à semelhança de Blue Fell, servem para os The New Tigers exporem mais sentimentos e emoções através de composições puras, encantadoras e delicadas e cuja sonoridade vai do épico ao melancólico, mas sempre com uma vincada e profunda delicadeza. The Badger reflete uma assinalável maturidade de um grupo que deve ter apostado na coerência quando decidiu criar mais um conjunto de canções com elevado bom gosto e asim conseguirem ser joviais e agradar aos ouvintes. Espero que aprecies a sugestão...
1. Where Is It
2. Secondary City (Soundcloud)
3. Antarktis
4. Don't Know Where to Go
5. Blue Fell
6. Quicksilver (Soundcloud)
7. Mercury
8. Remote Control (Soundcloud)
9. Gentle Rock
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Be Forest – Earthbeat
Pesaro é uma pequena cidade na costa nordesta italiana e um viveiro cultural onde, nos últimos, anos, têm despontado algumas bandas promissoras, entre elas os Be Forest. Formados por Costanza Delle Rose (baixo e voz), Erica Terenzi (bateria e voz), Nicola Lampredi (guitarra) e Lorenzo Badioli (sintetizadores), este grupo italiano estreou-se nos discos em 2011 com Cold, um trabalho que chamou a atenção por plasmar uma forte influência de um nome tão fundamental como os Cure. Agora, no passado dia quatro de fevereiro chegou o sucessor; O sempre difícil segundo álbum dos Be Forest chama-se Earthbeat e viu a luz do dia por intermédio da We Were Never Being Bored, uma editora importante para várias bandas que ainda procuram chegar a um lugar de relevo no universo sonoro alternativo e já com um catálogo bastante interessante.
Um dos grandes atributos com que os Be Forest puderam contar para a criação de Earthbeat foi Lorenzo Badioli, músico que não tinha feito parte dos créditos da estreia. E a verdade é que as sintetizações que ele reproduz conferem ao som dos Be forest uma toada muito rica e luminosa, talvez mais pop do que o escutado em Cold, um disco algo sombrio. Captured Heart, o single de avanço do trabalho, é um bom exemplo desta busca de algo mais luminoso, um desejo bem patente na percussão tribal e na própria letra da canção (It’s better you run away with me, cause all my life I have been dead inside).
A verdade é que Earthbeat poderá agradar aos fãs de uns Pains Of Being Pure At Heart, mas também a quem aprecia aproximações mais lo fi, típicas de uns Blouse ou de umas Warpaint e, no cômputo geral, este é um trabalho que de algum modo impressiona pelo bom gosto com que se cruzam vários estilos e dinâmicas sonoras, com o indie rock a servir de elemento aglutinador.
A voz de Erica Terenzi é também um elemento importante para criar um ambiente de rara frescura e pureza sonora, de feliz encontro entre sonoridades que surgiram há décadas e se foram aperfeiçoando ao longo do tempo e ditando regras que hoje consagram as tendências mais atuais em que assenta uma dream pop com um cariz fortemente nostalgico e contemplativo, mas também feita com um certo groove.
Os Be Forest têm no seu ADN bem vincada a vontade de experimentar e Earthbeat respira por todos os poros uma enorme vitalidade, com melodias que fazem levitar quem se deixar envolver pelo assomo de elegância contida e pela sapiência melódica do seu conteúdo. Ouvir este disco é uma experiência diferente revigorante e a oportunidade de contatar com um conjunto de canções que transbordam uma aúrea algo mística e espiritual, reproduzidas por um grupo que sabe como o fazer de forma direta, pura e bastante original. Espero que aprecies a sugestão...
01. Totem
02. Captured heart
03. Lost boy
04. Ghost dance
05. Airwaves
06. Totem II
07. Colours
08. Sparkle
09. Hideway
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Snowbird - Moon
Durante muitos anos Simon Raymonde foi um dos elementos fundamentais para a pop cheia de luz dos Cocteau Twins, mas agora ele tem um novo projeto chamado Snowbird, onde faz dupla com a cantora e compositora Stephanie Dosen. Moon é o disco de estreia da dupla, um trabalho que viu a luz do dia a vinte e nove de janeiro por intermédio da Bella Union (editora fundada por Simon e Guthrie, seu parceiro nos Cocteau Twins) e que conta com as colaborações especiais de nomes tão conhecidos como Ed O’Brien e Phil Selway dos Radiohead e Eric Pulido e McKenzie Smith dos Midlake.
Com uma facilidade singular para elaborar melodias deliciosas, os Snowbird colocaram em Moon o que melodicamente de melhor tem sido feito ultimamente na synth pop. Logo no início do disco fica bem patente a magia que nos irá arrebatar nos minutos seguintes e a imensa cândura que nos irá invadir e fazer levitar durante a audição de Moon. I Heard The Owl Call My Name e All Wishes Are Gone, os dois lindíssimos temas que inauguram o disco, são o paradigma perfeito do que é uma canção repleta de elementos pop, com as cordas, os metais e o orgão sintetizado a assumirem a vanguarda nas composições, não só nestas músicas como em todo o álbum. Porcelain, o primeiro single retirado de Moon, é outro exemplo da capacidade impar desta dupla em criar verdadeiras obras-primas sonoras, uma belíssima canção onde é comovente a fragilidade entre voz e piano. Estes são apenas três exemplos do que podemos encontrar em Moon, temas com uma sonoridade mais introspetiva, mas imensamente rica em detalhes e muito aditiva, com o piano a assumir a primazia na arquitetura melódica e ao nível dos arranjos. Qualquer uma destas canções tem uma natureza contagiante, muito por culpa também da magnífica voz de Stephanie, que já tinha participado em discos dos Massive Attack e dos Chemical Brothers.
A mestria instrumental de Simon e a voz única de Stephanie são a conjugação perfeita entre a técnica apurada e a emoção sentida, a receita eficaz que criou algo etéreo e gentil para os nossos ouvidos, com uma suavidade digna do que encontramos ilustrado na pena branca da capa do disco. Moon convida-nos a fechar os olhos e a respirar pausada e profundamente num universo altivo, percorrido por anjos que ganham vida enquanto dançam ao som de uma dream pop feita de leves instrumentais, com percussões, camadas de sintetizadores e doces pianos.
Não é fácil prever se este disco seria aquilo a que os cocteau Twins soariam hoje caso não se tivessem separado, mas as canções de Moon são verdadeiras obras primas que revivem o que de melhor se podia escutar há uns bons vinte anos, época em que os Cocteau Twins brilharam e período em que terá florescido aquela synth pop que, afundada num colchão de sons eletrónicos, faz da audição deste disco um passeio divertido e, ao mesmo tempo, introspetivo e cheio de charme e bom gosto. Espero que aprecies a sugestão...
CD 1
01. I Heard The Owl Call My Name
02. All Wishes Are Ghosts
03. Charming Birds From Trees
04. Where Foxes Hide
05. Amelia
06. Bears On My Trail
07. Porcelain
08. Come To The Woods
09. We Carry White Mice
10. In Lovely
11. Heart Of The Woods
CD 2
01. I Heard The Owl Call My Name (RX Gibbs Remix)
02. All Wishes Are Ghosts (RX Gibbs Remix)
03. Charming Birds From Trees (RX Gibbs Remix)
04. Where Foxes Hide (RX Gibbs Remix)
05. Amelia (RX Gibbs Remix)
06. Bears On My Trail (RX Gibbs Remix)
07. Porcelain (RX Gibbs Remix)
08. Come To The Woods (RX Gibbs Remix)
09. We Carry White Mice (RX Gibbs Remix)
10. In Lovely (RX Gibbs Remix)
11. Heart Of The Woods (RX Gibbs Remix)
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Eels - Mistakes of My Youth
Continuam a ser revelados novos temas de The Cautionary Tales of Mark Oliver Everett, o décimo primeiro álbum dos Eels, um trabalho que verá a luz do dia no próximo dia vinte e dois de abril, por intermédio da E Works, a etiqueta do próprio norte americano Mark Oliver Everett, um músico e compositor simplesmente conhecido como E e que idealizou e deu vida a uma das mais interessantes e completas discografias do universo sonoro alternativo dos últimos vinte anos.
Depois de há algumas semanas ter sido revelado Agatha Chang, o primeiro avanço de The Cautionary Tales of Mark Oliver Everett, agora chegou a vez de conhecermos Mistakes of My Youth, o décimo segundo tema do alinhamento do disco. À semelhança do que acontece com Agatha Chang, Mistakes Of My Youth marca o regresso dos Eels a uma sonoridade folk eminentemente acustica, melancólica e introspetiva. A canção é uma lindíssima balada nostálgica, com notáveis arranjos de cordas, onde se incluem violinos e uma percussão bastante aditiva. Confere...
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Bombay Bicycle Club – So Long, See You Tomorrow
Lançado no passado dia três de fevereiro, So Long, See You Tomorrow é o quarto álbum de estúdio dos britânicos Bombay Bcycle Club, um disco produzido por Jack Steadman, o vocalista do grupo e que viu a luz do dia através da Island Records.
Em So Long, See You Tomorrow, esta banda formada pelo tal Jack Steadman e por Jamie MacColl, Ed Nash e Suren de Saram, mantém-se no trilho da eletrónica, à semelhança do que tinha sucedido com o antecessor A Different Kind Of Fix (2011), com a particularidade de, desta vez, usarem, nos arranjos, alguns samples e detalhes típicos da world music, muito por influência de uma viagem de Jack à Índia, Turquia e Japão, durante a qual escreveu alguns temas do disco. A melodia de Luna, um dos primeiros singles deste disco e o sample inicial de Feel, retirado de um filme antigo de Bollywood, são apenas dois exemplos das influências desta viagem, em particular da presença na Índia.
Com as participações especiais de Lucy Rose e Rae Morris na voz, So Long, See You Tomorrow é um trabalho instrumentalmente muito rico e variado, com as guitarras a terem um papel cada vez mais discreto, algo que, como já referi, mostra a vontade dos Bombay Bicycle Club em se difrenciarem da vasta miríade de bandas que apostam no típico indie pop festivo e trilhar novos percursos sonoros, menos superficiais e mais ricos.
O disco tem um início muito promissor com Overdone, uma canção bastante enérgia e aquela onde as guitarras mais se destacam e com a animada It's Alright Now, um tema repleto de camadas de sintetizadores e efeitos, duas canções a conseguirem, simultaneamente, proporcionar o efeito da novidade, no que diz respeito aos arranjos e ao clima das canções, orelhudas, singles instantâneos que assimilamos facilmente e que sorvemos com particular agrado. Não há aqui um clima emotivo ou emocionante, algo que este quarteto britânico muitas vezes procurava, mas apenas o simples desejo de nos fazer dançar e cantarolar, algo que ganha particular ênfase em Carry Me, um tema com um refrâo particularmente orelhudo. Seja como for, a conhecida delicadeza vocal de Steadman e as diversas sobreposições que executa em busca de tons muito agudos, dificlmente deixam de nos causar algum tipo de arrepio.
Este início portentoso deixa-nos novas e diferentes referências e, através delas, os Bombay Bicycle Club conseguem passar a mensagem e fazer-nos crer que são capazes de, com mestria, conjugar uma vertente experimental com a indispensável comercial que quer atrair e conquistar multidões.
Quem conhece o percurso dos Bombay Bicycle Club sabe que estamos na presença de uma banda que se preocupa imenso com a própria imagem e que gosta de saber como é abosrvida pelo público e onde se encaixam dentro do cenário musical. Terem conseguido conjugar as duas vertentes referidas com estas condicinonantes intrínsecas à própria filosofia do grupo, terá sido algo bastante desafiante e, quanto a mim, claramente superado.
O disco segue na mesma toada e até ao seu final há que destacar o single Feel, talvez o tema mais expressivo do disco, onde além da já citada abordagem indiana, ampliada, além do sample, pela audição de uma cítara, também impressiona a percussão. Depois há ainda a também já mencionada Luna, um tema bastante alegre e com a participação de Rae Morris na voz. Até ao epílogo, algumas melodias mais pop podem ser ouvidas em Come To e Eyes Off You, que começa no piano e na voz com reverb. O tema homónimo encerra o álbum com uma viagem até territórios típicos da new age.
So Long, See You Tomorrow é um disco que exige um estado de espírito solto e alegre para ser devidamente apreciado e absorvido. É um álbum que engrandece o percurso discográfico dos Bombay Bicycle Clube e que além de apontar novos caminhos, na senda do antecessor, mostra que um bom álbum não tem de ter sempre a vertente emocional como pedra de toque do âmago das canções que o sustentam. Espero que aprecies a sugestão...
01. Overdone
02. It’s Alright Now
03. Carry Me
04. Home By Now
05. Whenever Wherever
06. Luna
07. Eyes Off You
08. Feel
09. Come To
10. So Long, See You Tomorrow
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PUJOL - Pitch Black
Natural de Nashville, Daniel Pujol é o grande líder e mentor dos PUJOL, uma banda que aposta num indie rock de garagem, com travos de grunge e punk e que se estreou nos discos em 2012 com United States Of Being.
No próximo dia vinte de maio vai chegar às lojas Kludge, o segundo disco dos PUJOL, um trabalho que irá ver a luz do dia através da Saddle Creek Records e que foi produzido por Doni Schroader.
Kludge foi gravado no Tennessee e Pitch Black é o primeiro avanço do trabalho, um tema disponibilizado gratuitamente pela editora e que comprova a apetência dos PUJOL para criar excelentes melodias assentes no típico rock n'roll que vive de refrões orelhudos e de uma forte toada blues. Sem dúvida que exemplos como os Rolling Stones serão referências importantes deste projeto. Confere...