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Maxïmo Park – Too Much Information

Terça-feira, 11.03.14

Lançado no passado dia dois de fevereiro por intermédio da V2 Records, Too Much Information é o quinto álbum dos ingleses Maxïmo Park, de Paul Smith, um dos nomes mais interessantes do cenário indie atual e líder de uma banda que quando surgiu foi considerada um novo fenómeno fundamental para o ressurgimento da herança post punk da década de oitenta e que, de disco, para disco, vem demonstrando um crescendo de maturidade e uma capacidade inata para apresentar novas propostas diversificadas sem se afastar do ADN que a carateriza.

Too Much Information são pouco mais de trinta minutos de um indie rock que usa as guitarras mas que, desta vez, dão a mão ao sintetizador no processo de criação melódica, uma unidade poucas vezes vista no grupo e que prova o tal processo mutante e que, no caso dos Maxïmo Park, parece natural e intrínseco à banda. Brain Cells, é a canção do disco que melhor esclarece esta nova nuance na carreira deste grupo inglês, um tema cheio de camadas de sons sintetizados, batidas e uma letra que fala da adição ao universo psicotrópico (I wanna try different this time).

Paul Smith é um caso à parte na capacidade de escrita e na sua capacidade lírica e poética, um compositor que parece possuir uma capacidade inteletual incomum e que quase sempre, se embrenha no lado mais obscuro do amor e a banda está disposta a acompanhá-lo na ousadia e na vontade de, disco após disco, incorporar novas ideias, estilos e sentimentos.

Com um vocalista cada vez mais a fazer juz ao ditado que fala da idade do vinho do porto e um toque sintético distinto, Too Much Information fala-nos ao coração e convida-nos à apropriação e à identificação com o conteúdo. A voz embriagada de Paul em Drinking Martinis poderia ser a de qualquer um de nós, numa noite em que demos asas a alguns dos nossos desejos mais mundanos e a balada Leave This Island, com o crescendo que a inflama e as questões que Paul coloca, com uma acidez sincera que o remete para Morrissey, e nos obrigam a refletir sobre algumas das nossas decisões e dúvidas, cabia bem no forte desejo de conforto que nos assalta quando algo amargo invade o nosso coração e ele clama por aconchego (Have you ever been compelled under a spell from a protagonist who knows you far too well? Are you going to tell me why there’s a backpack by the bedroom window? It’s a pack of lies).

As cordas não foram completamente postas de lado e em Give, Get, Take temos o momento mais orgânico de Too Much Information que ao abrir o disco ilude um pouco, algo que de algum modo se repete em Midnight On the Hill, uma outra balada qu tem no típico timbre amargurado de Paul e na sua interpretação emotiva os seus maiores trunfos (What happens next? I would like to know, funny how things come and go).

Até ao final do disco há que destacar a lúdica I Recognise the Light e o brilhantismo de Lydia, The Ink Will Never Dry, uma canção que apela fortemente à herança dos Smiths, no meio de riffs viajantes e da poesia em movimento escrita por Paul. Não há dúvida que ele é o típico frontman que se declara através do microfone e somente através do mesmo (Lydia, tell me how hard can it be? I don’t know about you but it feels good to me).

Menos intensos e ruidosos mas melodicamente mais maduros e assertivos e naturalmente bastante competentes, os Maxïmo Park mantêm em Too Much Information intata a capacidade de serem relevantes e de construirem, em conjunto, belas canções com uma forte tendência poética e com impacto musical e instrumental. Espero que aprecies a sugestão...

Maxïmo Park - Too Much Information

01. Give, Get, Take
02. Brain Cells
03. Leave This Island
04. Lydia, The Ink Will Never Dry
05. My Bloody Mind
06. Is It True
07. Drinking Martinis
08. I Recognise The Light
09. Midnight On The Hill
10. Her Name Was Audre
11. Where We’re Going 

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publicado por stipe07 às 21:01

Fear Of Men - Outrun Me

Terça-feira, 11.03.14

Fear Of Men - "Outrun Me"

Os britânicos Fear of Men continuam a divulgar canções do seu novo longa duração, um disco intitulado Loom, que chegará às lojas no próximo dia vinte e dois de abril por intermédio da Kanine, um álbum que terá direito a uma edição de luxo em vinil no próximo Record Store Day.

Luna foi o primeiro single oficial retirado de Loom, uma canção que nos leva a salivar por Loom, tal é a beleza dos arranjos simultaneamente deslumbrantes e delicados da canção, ampliada pela cândura da voz de Jessica Weiss. Agora chegou a vez de Outrun Me, tema que segue a mesma receita e que confirma as minhas suspeitas... Loom poderá muito bem vir a ser um dos melhores álbuns de dream pop de 2014. Confere...

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publicado por stipe07 às 12:53






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