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She Sir - Go Guitars

Quinta-feira, 27.02.14

Formados por Russell Karloff (voz, guitarra, baixo), Matthew Grusha (voz, baixo, guitarra), Jeremy Cantrell (guitarra) e David Nathan (bateria), os norte americanos She Sir são mais uma banda de Austin, no Texas, que se prepara para alcançar um lugar de relevo no universo sonoro alternativo, devido a Go Guitars, o feliz título do álbum de estreia do grupo, editado no passado dia vinte e cinco de fevereiro, por intermédio da Shelflife Records.

Depois de alguns singles e EPs que foram chamando a atenção para estes She Sir, era aguardada com alguma expetativa o primeiro longa duração desta banda texana que desde 2007 tem acumulado algumas distinções locais e presenças em listas das bandas mais promissoras do cenário alternativo de Austin. O EP de estreia Who Can Say Yes (2006), valeu aos She Sir os títulos de Best of the 2000's decade, Best of the year, e Best out of Austin, Texas.

Gravado, misturado e produzido por Erik Wofford nos estúdios Cacophony, Go Guitars são dez canções assentes numa pop com traços de shoegaze e num indie rock carregado de psicadelia. Os anos oitenta estão muito presentes e nomes como os Pylon, Felt ou The Go-Betweens são influências declaradas dos She Sir, que hoje encontrarão paralelo em nomes como os Real Estate, Pale Saints, Violens, The Chills ou os Mojave 3.

Na verdade, é fácil traçar paralelismos com todos estes nomes quando, durante a audição do disco, se percebe que há uma forte vertente experimental nas guitarras e uma certa soul na secção rítmica, dois aspetos essenciais do tratamento sonoro deixado por herança por onmes como os My Bloody Valentine ou os Fleetwood Mac.

O reverb na voz acaba por ser uma consequência lógica desta opção que logo na melancolia épica de Portrese carrega toda a componente nostágica com que os She Sir pretendem impregnar o seu ADN. A solarenga guitarra de Kissing Can Wait e a relação progressiva que o baixo e a bateria constroem em Bitter Bazaar, uma canção com um início algo inocente mas que depois ganha uma tonalidade muito vincada, são excelentes tónicos para  potenciar a capacidade de Russell Karloff, o vocalista, em soprar na nossa mente e envolvê-la com uma elevada toada emotiva e delicada, que faz o nosso espírito facilmente levitar e que provoca um cocktail delicioso de boas sensações. Esta mesma sensação ganha um fôlego ainda maior em Condesendidents, um dos singles de Go Guitars e um tema onde a voz de Karloff atinge o auge açucarado qualitativo, uma canção que ilustra o quanto certeiros e incisivos os She Sir conseguiram ser na replicação do ambiente sonoro que escolheram. Já agora, outro single de Go Guitars é Snakedow, talvez o tema mais comercial dos She Sir, a fazer recordar a pop melancólica dos Coldplay, onde uma bateria pulsante e variada e distorções agudas da guitarra são a pedra de toque do cenário melódico arquitetado. 

Instrumentalmente Mania Mantle é um dos meus destaques deste trabalho, uma canção conduzida por um baixo vibrante e uma guitarra carregada de fuzz e distorção grave, um cenário idílico para quem, como eu, aprecia alguns dos detalhes básicos da melhor psicadelia. Winter Skirt segue-lhe as pisadas, mas numa toada que privilegia a primazia da bateria, cheia de mudanças de ritmo, outro traço identitário do rock psicadélico, assim como alguns arranjos delicados feitos com a guitarra e com alguns metais quase impercetiveis.

Enquanto muitas bandas procuram a inovação na adição de uma vasta miríade de influências e tiques sonoros, que muitas vezes os confundem e dispersam enquanto calcorreiam um caminho que ainda não sabem muito bem para onde os leva, os She Sir, logo na estreia, parecem ter balizado com notável exatidão o farol que querem para o seu percurso musical. Go Guitars é um excelente disco e um dos seus maiores atributos é ser ainda apenas a base de algo ainda maior que esta banda irá desenvolver. É que se há projetos que atestam a sua maturidade pela capacidade que têm em encontrar a sua sonoridade típica e manter um alto nível de excelência, os She Sir provam já a sua maturidade na capacidade que demonstram em mutar a sua música e adaptá-la a um público ávido de novidades, que tenham algo de novo e refrescante e que as faça recordar os primórdios das primeiras audições musicais que alimentaram o seu gosto pela música alternativa. Espero que aprecies a sugestão...

 

Discografia dos She Sir:

Fev. 2014 - Go Guitars CD/LP [Shelflife Records]
Jul. 2012 - You Could Be Tiger digital-only single [s/r]
Jul. 2010 - Ev'ry Thing In Paris CD, Import compilation [Happy Prince Records]
Jan. 2010 - Yens EP, 7" vinyl [s/r]
Set. 2006 - Who Can't Say Yes CD/EP [s/r]

She Sir - Go Guitars

01. Portese

02. Kissing Can Wait
03. Bitter Bazaar
04. Warmwimming
05. Mania Mantle
06. Winter Skirt
07. Snakedom
08. He’s Not A Lawyer, It’s Not A Company
09. Condensedindents
10. Continually Meeting On The Sidewalk Of My Door

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publicado por stipe07 às 21:53

Fear Of Men - Luna

Quinta-feira, 27.02.14

Os britânicos Fear of Men preparam-se para lançar o seu novo longa duração intitulado Loom, no próximo dia vinte e dois de abril por intermédio da Kanine, um disco que terá direito a uma edição de luxo em vinil no próximo Record Store Day.

Luna é o primeiro single oficial retirado de Loom, uma canção que nos leva a salivar por Loom, tal é a beleza dos arranjos simultaneamente deslumbrantes e delicados da canção, ampliada pela cândura da voz de Jessica Weiss. O tema ganha um tom fortemente frágil e uma atmosfera verdadeiramente sublime quando Weiss entrega-se de corpo e alma à canção enquanto canta alguns dos versos mais intrincados e emocionais que pudemos escutar ultimamente (What you want is bleached out by the sun, my weakness, is waiting, couldn’t even shake what I’ve become, I hate this, I hope you know that).

Loom poderá muito bem vir a ser um dos melhores álbuns de dream pop de 2014. Confere...

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publicado por stipe07 às 17:13

Erlend Øye - Fence Me In

Quinta-feira, 27.02.14

Não há confirmação oficial sobre uma possível rutura no seio dos Kings Of Convenience, mas a verdade é que a dupla norueguesa não lançou mais material inédito depois do terceiro disco do projeto, Declaration Of Dependence, editado em 2009. Se isso sucedeu é uma pena porque os Kings Of Convenience, nos três álbuns que lançaram, criaram alguma da música mais bonita que se ouviu na última década.

Erlend Øye, uma das metades da dupla e que também integra o projeto Whitest Boy Alive, prepara-se para lançar um disco a solo chamado Legao, um trabalho que chegará aos escaparates lá para maio, por intermédio da Bubbles Records, algo que não acontecia desde 2003, ano em que lançou Unrest.

Legao foi gravado em Reiquiavique, capital da Islândia, nos estúdios da banda Hjalmar, que também participa no disco. Fence Me In é o primeiro avanço conhecido de Legao, um tema que cruza uma belíssima indie pop acústica com traços identitários da bossa nova e com aquele caraterístico travo ambiental nórdico. Confere...

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publicado por stipe07 às 12:45






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