man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The Notwist – Close To The Glass
Considerados por muitos como os pais do indie rock, os The Notwist, liderados pelos irmãos Archer, estão de regresso aos lançamentos discográficos com Close to The Glass, um trabalho editado ontem, dia vinte quatro de fevereiro, por intermédio da City Slang, na Europa. Os próprios The Notwist produziram o disco, que tem doze canções e sucede a The Devil, You + Me, álbum lançado em 2008. A produção é mesmo uma das mais valias deste disco já que, seja entre o processo dos primeiros arranjos, até à manipulação geral do álbum, tudo soa muito polido e nota-se a preocupação por cada mínimo detalhe, o que acaba por gerar num resultado muito homogéneo e conseguido.
Logo a abrir, Signals deixa-nos todas as pistas que precisamos de seguir para entender o conteúdo sonoro deste álbum. É como se os The Notwist tivessem, de forma muito calculada, agregado numa mesma canção as diferentes pistas que nos preparam para uma viagem única e de algum modo hipnótica por um universo sonoro que os carateriza e cada vez mais dominado pela eletrónica.
O minimalismo é uma arma que os The Notwist utilizam com particular mestria. Conseguem ser concisos e diretos, separar bem os diferentes sons e mantê-los isolados e em posição de destaque, durante o processo de construção dos diferentes puzzles que dão substância às canções. Logo no início, o single homónimo destaca-se pela percussão, com as palmas e o efeito de uma corda a conferirem um ambiente algo tribal à canção.
Quando parecemos positivamente condenados a usufruir de um banquete com um cardápio sintético, surgem as cordas e a guitarra luminosa cheia de distorção de Kong para provar que os The Notwist também gostam de piscar o olho ao indie rock psicadélico e a sonoridades mais orgânicas; Esta é aquela canção que todos os grandes discos têm e que também serve para exaltar a qualidade dos mesmos, principalmente quando se desviam um pouco do rumo sonoro geral do trabalho. Into Another Tune serve-se de um violino e alguns metais para fazer virar de novo agulhas, mas agora, ainda num ambiente orgânico e indie, para o momento introspetivo chamado Casino, dominado pelo simpes dedilhar de uma guitarra, que cria uma lindíssima folk acústica com um forte pendor espiritual e reflexivo. Quase no fim do disco, Steppin' In serve-se da mesma fórmula, cúmplice, madura e melodicamente acessível.
From One Wrong Place To The Next devolve-nos ao ambiente sintético do início, uma sucessão de detalhes sonoros catárticos devido à batida, em busca de uma psicadelia que só uma guitarra picada a lançar-se sobre o avanço lento mas infatigável de um corpo eletrónico que também usa a voz como camada sonora, consegue proporcionar. Seven Hour Drive tem um certo travo a punk rock à antiga, misturado com o melhor do rock britânico dos anos noventa, proposto pela psicadelia dos Spiritualized e Spacemen 3. O minimalismo regressa em Run, Run, Run, tema onde quer Moby quer os Massive Attack certamente sentirão um enorme arrepio quando escutarem a ambiência sonora e os loops da voz e de alguns metais.
Close To The Glass é a demonstração clara de uma banda que quer aventurar-se, colocar de lado a sonoridade que habitualmente a carateriza e optar por criações sonoras mais versáteis, uma fórmula legítima e louvável já que as boas bandas são aquelas que estão sempre abertas a encontrar um sopro de renovação. De uma eletrónica cheia de elementos do krautrock, passando pelo hip hop mais negro, o indie rock e o jazz progressivo, Close To The Glass é um verdadeiro caldeirão onde a voz quase sussurrada de Markus Archer é fundamental para a toada simultaneamente subtil e deslumbrante de um disco onde cada elemento é cuidadosamente tratado e minuciosamente carregado de vida. Espero que aprecies a sugestão...
01. Signals
02. Close To The Glass
03. Kong
04. Into Another Tune
05. Casino
06. From One Wrong Place To The Next
07. Seven Hour Drive
08. The Fifth Quarter Of The Globe
09. Run Run Run
10. Steppin’ In
11. Lineri
12. They Follow Me
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Coldplay - Midnight
A banda de Chris Martin parece que tem finalmente novidades importantes, nomeadamente a confirmação do sexto álbum da carreira desta banda britânica, lá para o ocaso de 2014.
Hoje foi revelado um novo tema do grupo intitulado Midnight e ainda não há confirmação oficial se fará parte do alinhamento deste disco ainda sem nome confirmado. A canção tem uma forte tonalidade ambiental, etérea e espacial, parecendo conduzir os Coldplay por caminhos mais introspetivos. no entanto, há que ter em conta a possibilidade de esta canção ser apenas uma demo e não a versão definitiva do tema. Seja como for, se me é permitida a opinião, os Coldplay não mexiam mais no tema. Confere...
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Protomartyr - Come & See
Naturais de Detroit, os norte americanos Protomartyr são Joe Casey (voz), Greg Ahee (guitarra), Alex Leonard (bateria) e Scott Davidson (baixo), todos eles antigos membros dos Butt Babies, excepto Casey. Está é uma banda com uma atitude tipicamente punk, que se prepara para lançar, a oito de abril próximo, Under Color Of Official Right, por intermédio da Hardly Art. Esse será o segundo disco do grupo e o primeiro nesta etiqueta; A banda tinha-se estreado em 2012 na etiqueta Urinal Cake com um disco intitulado No Passion All Technique e no ano passado editou Colpi Proibiti, mas através da X! Records.
Scum, Rise! foi o primeiro avanço para Under Color Of Official Right e agora chegou a vez de Come & See, mais uma excelente amostra da típica sonoridade dos Protomartyr, uma banda famosa localmente por não dar grande importância à crítica ou aquilo que os outros acham da sua música, carregada de traços típicos de um post punk cheio de energia e tensão. É um rock musculado e abrasivo, direto e incisivo, que neste caso deu particular importância à componente melódica e que, também por causa da voz, nos remete para a fase mais rugosa do australiano Nick Cave. O tema está disponível para download gratuito. Confere...
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The Horrors - I See You
Sem editar nenhum disco desde o excelente Skying (2011), os britânicos The Horrors de Faris Badwan preparam-se para voltar às luzes da ribalta com Luminous, um trabalho que será editado no próximo dia cinco de maio.
Faris, o vocalista, já confessou que este é um álbum que deu imenso gozo à banda compôr e que, de todos os discos lançados até hoje pelos The Horrors, é aquele em que coloca maiores expetativas, principalmente porque ampliaram o cardápio sonoro do grupo com mais sintetizadores e criaram um som mais amplo e elaborado. I See You, o primeiro avanço divulgado de Luminous, é uma canção com os habituais ingredientes desta banda britânica, mas percebe-se que há, realmente, uma maior primazia da vertente sintética em relação à orgânica das guitarras. Confere...