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Darkside - Psychic

Quinta-feira, 09.01.14

Gravado nos últimos dois anos entre Paris e Nova Iorque e lançado no passado dia oito de outubro, Psychic é a mais recente obra-prima com a intervenção direta do músico e produtor Nicolas Jaar, que no projeto Darkside une esforços com o não menos talentoso David Harrington, seu colega de palco e da faculdade. E quando é o selo Other People, em parceria com a Matador Records, a abençoar esta estreia de uma dupla que promete deixar uma marca importante na história da música eletrónica, então juntam-se todos os ingredientes para estarmos na presença de um disco que será certamente um marco. Psychic foi antecedido de um auspicioso EP de estreia, chamado Darkside, que serviu logo para a crítica tomar o pulso à electrónica mercurial de Jaar e Harrington e ficar à espera deste disco com justificada expetativa.


Psychic impressiona pela forma subtil como, ao criar um ambiente muito próprio e único através da forma como sustenta instrumentalmente os oito temas do seu alinhamento, alberga diferentes géneros sonoros e faz uma espécie de súmula da história da música dos últimos quarenta anos. É um disco mutante, que cria um universo quase obscuro em torno de si e que se vai transformando à medida que avançamos na sua audição, que surpreende a cada instante.

Do rock sujo e rugoso à pop mais límpida, escuta-se de tudo um pouco e logo no primeiro tema; Os onze minutos de Golden Arrow provocam e atiçam. São uma verdadeira entrada a matar para percebermos que os Darkside preocuparam-se em trazer para o disco o ambiente envolvente dos seus concertos, ora catárticos devido à batida, ora em busca de uma psicadelia que só uma guitarra picada a lançar-se sobre o avanço lento mas infatigável de um corpo eletrónico que também usa a voz como camada sonora, consegue proporcionar. São onze minutos que nos preparam o cenário sobre o qual vai apresentar-se Psychic como um todo.

A partir daí são vários os mestres que Psychic chama para os seus braços; Mark Knofler é chamado à pedra por Harrington em Sitra, quando se escuta uma linha de guitarra que poderia muito bem ter sido dedilhada por ele e quer Moby  quer os Massive Attack certamente sentiram um enorme arrepio quando escutaram a ambiência sonora e os loops de Hearts, ao mesmo tempo que amparavam uma voz que poderia muito bem ser um Tom Waits sobre o efeito de uma bolha de hélio. Na verdade, uma das grandes virtudes deste disco é a forma como a eletrónica de Jaar e a guitarra de Harrington se entrelaçam, numa simbiose que roça a perfeição em muitos temas. Mas, voltando à revisão histórica, na minha opinião, o auge desta revisão eufórica acontece quando Psychic desperta-nos para uns Pink Floyd imaginários e futuristas ao som da sequência Paper Trails  e The Only Shrine I’ve Seen , uns Pink Floyd que certamente não se importariam de ter sido manipulados digitalmente há trinta anos atrás se fosse este o resultado final dessa apropriação.

Daqui em diante ainda há tempo para sentir em Freak, Go home, um toque de lustro dos anos oitenta, através de um sintetizador que apenas permanece o tempo suficiente para nos preparar para uma batida crua, cheia de loops e efeitos em repetição constante, mas livre de constrangimentos estéticos e que nos provoca um saudável torpor, que de algum modo apenas é interrompido em Greek Light, aquela canção que todos os grandes discos têm e que também serve para exaltar a qualidade dos mesmos, principalmente quando se desviam um pouco do rumo sonoro geral do trabalho. Os efeitos robóticos carregados de poeira e daquele som típico da agulha a ranger no vinil, assim como os teclados de Metatron e um subtil efeito de guitarra colocam-nos de novo na rota certa de um álbum que do tecno minimal ao space rock, passando pela chillwave e a eletrónica ambiental, impressiona pela atmosfera densa e pastosa mas libertadora e esotérica que transporta. Psychic é um disco muito experimentalista naquilo que o experimentalismo tem por génese: a mistura de coisas existentes, para a descoberta de outras novas. Mas tem também uma estrutura sólida e uma harmonia constante. É estranho mas pode também não o ser. É a música no seu melhor. Espero que aprecies a sugestão...

Album cover: Darkside - Psychic (2013)

01. Golden Arrow
02. Sitra
03. Heart
04. Paper Trails
05. The Only Shrine I’ve Seen
06. Freak, Go Home
07. Greek Light
08. Metatron

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publicado por stipe07 às 21:46

Speedy Ortiz - American Horror

Quinta-feira, 09.01.14

Os Speedy Ortiz são Matt Robidoux (guitarra), Mike Falcone (bateria), Sadie Dupuis (guitarra, voz) e Darl Ferm(baixo), uma banda de Northampton que acaba de divulgar mais uma canção do EP Real Hair, o próximo lançamento do grupo, que chegará aos escaparates a onze de fevereiro, por intermédio da Carpark Records e que sucede a Major Arcana, o registo de estreia dos Speedy Ortiz.

Real Hair terá um alinhamento com quatro temas e de acordo com as amostras já conhecidas será um trabalho cheio de guitarras, que do fuzz ao grunge, explodem em elevadas doses de distorção, com raízes no rock alternativo da década de noventa.

Depois do lançamento do EP os Speedy Ortiz entrarão em digressão com os Breeders, Stephen Malkmus and the Jicks e Los Campesinos!. Confere...

SpeedyOrtizEPCVR900

  1. American Horror
  2. Oxygal
  3. Everything's Bigger
  4. Shine Theory

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publicado por stipe07 às 13:10

Broken Bells - After The Disco

Quinta-feira, 09.01.14

Os Broken Bells de Danger Mouse e James Mercer, vocalista dos The Shins, estão de regresso aos discos com After The Disco, um trabalho que verá a luz do dia através da Columbia Records e que sucede ao homónimo de estreia, editado em 2011. O primeiro single conhecido do segundo trabalho desta dupla que se conheceu há dez anos nos bastidores do festival de Roskilde, na Dinamarca, foi Holding On For Life, uma canção com raízes na pop sintetizada dos anos setenta e oitenta e que divulguei há cerca de dois meses.

Agora, a poucos dias de sair o álbum, foi divulgado o single homónimo do trabalho, uma canção cheia de harmonias subtis embrulhadas na voz efusiva de Mercer e com uma forte toada pop proporcionada por uma batida cheia de groove que clama pelas pistas de dança. Confere...

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publicado por stipe07 às 10:56






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