man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Silversun Pickups - Let It Decay
Numa espécie de parceria entre a iniciativa Record Store Day e o Black Friday, que ocorre sempre na sexta feira a seguir ao feriado de Ação de Graças, nos Estados Unidos da América, os californianos Silversun Pickups editaram no passado dia vinte e nove de novembro um vinil de dez polegadas intitulado Let It Decay.
Falo de uma edição limitada que tem como tema principal a canção título do lançamento e como lado b Working Title, um tema que sobrou das sessões de gravação de Neck Of The Woods, o último longa duração desta banda de Los Angeles, que divulguei há cerca de ano e meio.
A propósito deste lançamento e da iniciativa, Brian Aubert, o líder da banda, declarou: Record Store Day (now Days) has always been important to us. We’ve been lucky enough to play special acoustic shows in independent record stores all over the globe. We get to know these places and feel quite blue when we return and they are no longer open. We believe strongly in the importance of these places and will always do whatever we can to help support these stores. Confere...
01. Let It Decay
02. Working Title
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The Suits - Navy
Os The Suits são uma banda de Nova Iorque que aposta numa mistura entre o rock e a eletrónica. Existem desde 2011, tendo-se formado na Universidade de Fordham por Eddie Gore (voz), Mike Sanz (bateria), Eric Grossman (guitarra) e Ian Grotton (baixo). A banda impressionou em abril de 2012 com um EP homónimo e agora, quase no final de 2013, chega o disco de estreia; Lançado no passado dia vinte e sete de outubro, Navy é o primeiro registo de originais dos The Suits, um disco disponível gratuitamente no bandcamp da banda, com a possibilidade de doares um valor pelo mesmo.
As canções de Navy são curtas e ligam-se umas as outras; Por isso o disco deve ser analisado na sua totalidade e ouvido sem saltar a ordem dos temas. Mas não é por isso que não deixam de haver canções radiofónicas, com destaque para o piano de Stars, a abrir o disco com extremo charme e para as cordas e a batida marcante e solarenga de To The End, uma canção que nos faz viajar até ao verão nos anos sessenta. Também há algo de invulgar na voz inebriante de Gore em Shelfs, uma canção que também impressiona pela percurssão viva e pelos arranjos cintilantes e etéreos.
O disco não se destaca só por estes três temas, mas são os que melhor provam que os Navy são, além de simples produtores de música eletrónica, também talentosos compositores. Eles bebem de diferentes fontes e unem de maneira única elementos do hip hop, do trip hop e do jazz. Esta última componente fica bem patente na sonoridade retro e soul de I Need A Surprise e em Give Mary Her Space.
Navy assume-se como um trabalho com um pendor eletrónico épico muito positivo, fornecido, em grande parte, pelos arranjos sintetizados das cordas. A componente instrumental é muito à imagem do que vai sendo proposto nos dias de hoje pela Big Apple, sempre com um clima melancólico e uma produção límpida, com o cruzamento entre a pop e a eletrónica a perpetuar uma perfeita arquitectura dos ritmos e das orquestrações de fundo.
São oito canções com ambientes repletos de sensações, através de notas musicais flutuantes e leves, que criam texturas suaves e espaciais. Elementos sonoros dispersos, mas que não passam a sensação de desarrumação ou caos. São partículas que flutuam subtilmente em cada canção e que ignoram a gravidade.
Navy é, acima de tudo, uma extraordinária viagem com cerca de trinta minutos, repleta de detalhes únicos, mesmo nos momentos mais experimentais e os The Suits assumem-se neste disco como um projeto único e capaz de causar furor sem batidas grandiosas e demasiado elaboradas. O segredo acaba por estar na subtileza dos arranjos e na misteriosa leveza que percorre todo o disco. Espero que aprecies a sugestão...