man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
La Luz - It's Alive
Naturais de Seattle, as La Luz são um quarteto formado por Shana Cleveland (guitarra), Marian Li Pino (bateria), Abbey Blackwell (baixo) e Alice Sandahl (teclados) e que aposta no punk rock, com alguns detalhes da surf music. Assinaram em julho pela insuspeita Hardly Art Records e no passado dia quinze de outubro chegou aos escaparates It's Alive, o disco de estreia da banda. Big Big Blood foi o primeiro avanço do disco, um tema disponibilizado gratuitamente pela editora.
As La Luz eram já um nome muito seguido no cenário indie e alternativo de Seattle desde que em 2012 surpreenderam com Damp Face, um EP com cinco temas que impressionaram pelo grau de maturidade do som do grupo e pela qualidade do mesmo, ainda por cima com uma edição de autor, que depois, já em fevereiro deste ano, foi reeditada pela Burger Records e está disponível no bandcamp do grupo.
Esses temas contidos em Damp Face apresentaram ao mundo a sonoridade típica dos La Luz, descrita acima, com a particularidade de terem uma toada um pouco mais polida e luminosa do que vários grupos que apostam no mesmo espectro sonoro, um fato que poderá advir de este ser um grupo exclusivamente feminino. Seja como for, este é um grupo com uma elevada pujança nas atuações ao vivo e parece-me que este quarteto de miúdas gosta imenso de interagir com o público e pôr toda a gente a dançar. Esta postura é muito importante nas La Luz até porque o conteúdo de It's Alive é propício à festa e à celebração.
Com a mudança de etiqueta melhoraram ainda mais as condições para a banda criar e produzir um som ainda mais límpido, algo que, no caso das La Luz joga muito a seu favor, porque as melodias que criam quase que exigem essa nitidez sonora para se expandirem e ganharem cor. Continua lá o reverb nas guitarras e a típica rugosidade que dá poder e músculo às canções, mas estas são agora ainda mais vivas e cristalinas, muito por causa dos efeitos e da produção do teclado de Sandhal.
Call Me In The Day é uma excelente canção pop, que se destaca exatamente pelo tal brilho, quer da melodia, quer da voz e Sure As Spring realça um outro aspeto que enfatiza a capacidade das La Luz em criar algo radioso, neste caso a emoção que as letras conseguem transparecer. Até a forma como Shana, em determinada altura, canta o paradoxo em que diz que quer morrer porque essa é a única forma de se sentir realmente viva, demonstra a positividade e a apologia ao nome da banda que este quarteto feminino procurou reproduzir neste disco de estreia.
Há mais dois temas que merecem uma audição atenta devido à sua componente instrumental única; Falo de Phantom Feelings e do orgão de Sunstroke, duas canções que poderiam facilmente fazer parte da banda sonora de um pequeno filme que nos mostrasse um quente e radioso dia de verão, junto a uma praia qualquer, a transbordar,de biquinis, bolas de borracha, gelados, bicicletas e corpos bronzeados refastelados num areal com a lotação esgotada.
It's Alive é um nome muito feliz para um trabalho quente, alegre e feliz, cheio de canções que nos soam, simultaneamente, a algo já familiar e até retro e vintage, mas também moderno e inovador. Espero que aprecies a sugestão...
01. Sure as Spring
02. All the Time
03. Morning High
04. What Good Am I?
05. Sunstroke
06. It's Alive
07. Big Big Blood
08. Call Me in the Day
09. Pink Slime
10. Phantom Feelings
11. You Can Never Know
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The Landing - Strange Charms / Anxieties
Oriundo de Nova Iorque, The Landing é um novo projeto pop com dois temas já lançados, Strange Charms e Anxieties, ambos disponiveis no soundcloud do projeto.
Os dois temas assentam numa espécie de eletrónica etérea e espacial com um forte teor introspetivo e emocional, guiadas por um piano muito melódico, uma percurssão sintetizada e insinuante, alguns metais e uma voz em falsete, às vezes carregada de loops e efeitos e a espalhar constantemente sensualidade e hipnotismo às canções.
Não sei quem é o nome por trás deste The Landing, mas a verdade é que produz uma eletrónica vibrante e luminosa, cheia de típicos detalhes da típica pop que nos envolve e seduz. Confere...