man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The Leg - Oozing a Crepuscular Light
Editado no passado dia onze de novembro pela escocesa Song, by Toad Records, Oozing a Crepuscular Light é o novo álbum dos The Leg, um disco com oito canções condensadas em pouco mais de vinte e três minutos, onde é-nos dada a oportunidade de recriar um verdadeiro ambiente festivo, algures entre o caos e uma pop delirante. Este é mais um trabalho que comprova que a Song, by Toad Records é uma das mais interessantes editoras independentes do cenário alternativo e com um cardápio disponível que vale bem a pena pesquisar.
Logo no início deste disco, em Dam Uncle Hit, ficamos com a perceção clara do que nos aguarda daí para a frente e Lion Licker aprofunda a evidência clara de que Oozing A Crepuscular Light é um registo sonoro curioso, assente num leque instrumental bastante diversificado, percetível na míriade de instrumentos que se escutam. Um piano algo desafinado e uma viola parecem ser o fio condutor central das canções, mas a componente instrumental não se cinge às variantes que estes dois brinquedos podem proporcionar, já que metais e sopros também são frequentemente audíveis e são imensos os detalhes sonoros que enriquecem o fluído desenrolar das canções.
Um dos temas mais curiosos deste disco é 25 hats, um inebriante devaneio feito com apenas com a distorção de uma guitarra e uma voz. Logo de seguida somos transportados para um saloon em pleno farwest com Chicken Slippers, um dos avanços deste álbum com direito ao formato single; A música é um pequeno delírio sonoro folk conduzido por um piano alucinante e aparentemente desafinado, uma bateria a condizer e uma voz com um forte sotaque, detalhes que dão à canção uma toada muito ligeira e divertida. O disco acaba por encerrar com Celebrating Love, uma espécie de medley que do punk, ao pop e à folk, congrega toda a pafernália que sustenta a música dos The Leg.
Desde potes e panelas a chocalhar, ruídos de pássaros, arrulhos e trombones, ouve-se de tudo um pouco e recordei-me imediatamente das baladas empoeiradas com letras oblíquas dos Neutral Milk Hotel e do carnaval sonoro habitual nos Misophone. No entanto, o fio condutor parece-me ser o jazz e a folk tradicional inglesa. Oozing a Crepuscular Light oscila entre a introspecção lírica e algum sarcasmo petulante, mas, em última análise, o que mais conta é a intemporalidade das canções e a dificuldade em balizá-las num estilo. Espero que aprecies a sugestão...
“terrific, unhinged chamber-punk” – The Herald
“coruscating … refreshingly raucous” – The Skinny
“Wilfully obscure” “eternally brilliant” – The List
“leaves you wondering quite what just happened” – CMU
“sonic alchemists with pop magic dancing from their fingertips”– NME
“open your mind to the grandly calamitous” – Julian Cope
“[An Eagle to Saturn is] a staggeringly brilliant album” – The Scotsman
Side A
01. Dam Uncle Hit
02. Lionlicker
03. Don’t Bite a Dog
04. Oozing a Crepuscular Light
Side B
01. 25 Hats
02. Chicken Slippers
03. Quantum Suicide
04. Celebrating Love
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The Familiar - Dark Eyes
Recentemente apresentei os Syvia, uma banda do Brooklyn, liderada pela norueguesa e note americana Ruth Mirsky. Além dos Syvia, ela integra outro projeto, os The Familiar, onde faz dupla com Mads Martinsen.
Os The Familiar apostam numa eletrónica nostálgica e sombria que procura captar, de acordo com a própria dupla, a essência dos longos verões cheios de luz e sem noite, no Círculo Polar Ártico, com os eternos invernos que se prolongam por um inteiro solstício, onde não há, muitas vezes, um único raio de luz. Rooms, o disco de estreia dos The Familiar, chegará muio em breve e Dark Eyes é o primeiro avanço desse trabalho. Confere...