man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Minor Alps – Get There
Os Minor Alps são Juliana Harfield e Matthew Caws, uma dupla já com alguns anos de carreira noutros projetos, mas que agora se juntou para criar este grupo que se estreia com um extraordinário disco chamado Get There, lançado este mês via Barsuk Records. Caws sempre foi admirador do trabalho de Juliana e era um desejo antigo seu conseguir gravar com ela. Ele destacou-se nos últimos vinte anos como membro dos nova iorquinos Nada Surf e Juliana fez parte das Blake Babies, de Boston e dos projetos Juliana Hatfield Three e Some Girl, além de ter editado alguns discos em nome próprio e participado em trabalhos dos Lemonheads e até em alguns lados b dos Nada Surf.
O nome Minor Alps é inspirado nos Montes Ventoux, uma montanha francesa perto da casa dos pais de Matthew e que, de acordo com alguns entendidos na matéria, faz parte dos Alpes franceses. O alinhamento de Get There tem onze músicas, mas o essencial do disco está disponível para download gratuito na Noise Trade Records, incluindo Buried Plans e Radio Static, na minha opinião os dois grandes destaques de um trabalho que encarna um casamento perfeito entre a voz de Juliana e a espantosa capacidade criativa e a habilidade instrumental de Matthew. No entanto, Juliana também tocou alguns dos instrumentos do disco, tendo sido a bateria o único a ser interpretado por um músico convidado.
Em Get There não ficamos só deslumbrados com o timbre da voz de Juliana e a delicadez dos arranjos, dominados quase sempre pelas cordas, mas, principalmente, pelo tom emocional e profundamente melódico das canções, que plasma uma evidente maturidade musical dos dois protagonistas, feita com um enorme charme e bom gosto, que faz deste disco um dos melhores exemplares indie pop do ano.
Logo a abrir somos confrontados com a belíssima acústica de Buried Plans, uma canção onde as duas vozes se fundem numa só, algo que resulta muito bem para conferir um intenso cariz intropetivo à canção. Esta paisagem sonora tamém serviu de inspiração para Away Again, o tema que encerra o disco. Assim, Get There oscila, de algum modo, entre dois pólos fortemente soturnos e calmos, mas o clima sonoro não é sempre este; No meio, o alinhamento prossegue com ritmos mais rápidos e intensos, sempre adornados com arranjos límpidos, simples mas, em alguns períodos também exuberantes, com os anos oitenta a estarem muito presentes e a virem à nossa memória com relativa fluidez. É fácil ouvir este disco e recordar os Fletwood Mac, os primeiros trabalhos dos R.E.M., uns Pixies menos distorcidos e também, indo mais atrás no tempo, as guitarras dos The Byrds.
Tal como o título deste projeto indica, para esta dupla o mundo poderá ser como uma enorme montanha, sempre fria e coberta de nuvens, mas algumas canções deste trabalho também colocam o sol nessa montanha e rodeiam-a de prados verdejantes, em dias de pleno verão. Espero que aprecies a sugestão...
01. Buried Plans
02. I Don’t Know What To Do with My Hands
03. Far From The Roses
04. If I Wanted Trouble
05. Maxon
06. Wish You Were Upstairs
07. Mixed Feelings
08. Radio Static
09. Lonely Low
10. Waiting For You
11. Away Again
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The Sweet Serenades - Stand By Me EP artwork
Os suecos The Sweet Serenades são uma dupla, natural de Estocolmo, formada em 2002 por Martin Nordvall e Mathias Näslund, mas já se conhecem há vários anos, sendo amigos de longa data desde 1991. Editaram há cerca de um ano Help Me!, através da Leon Records, um selo da própria banda, um disco que foi alvo de crítica em Man On The Moon e de um take no programa do blogue na Everything Is New Tv. Agora, eles estão prestes a regressar aos lançamentos discográficos com um EP chamado Stand By Me, a quinze de novembro.
Nessa altura divulgarei o conteúdo do EP que já tive o privilégio de conferir mas, para já, gostaria de vos falar da portuguesa Margarida Girão; Ela é o génio criativo por detrás da Collages Margarida Girão e foi a responsável pela criação do belíssimo artwork deste EP, que usa como principal técnica a colagem.
Assim que vi o artwork do EP e que soube que era da autoria de uma congénere, não hesitei em entrar em contacto e coloquei à Margarida algumas questões sobre esta iniciativa de criação do artwork do novo EP dos The Sweet Serenades e sobre a sua carreira como designer.
Confere a entrevista à Margarida Girão onde ela fala do seu trabalho e da concepção deste artwork e, no final da transcrição, o resultado final. E fica atento, porque em novembro divulgarei a minha crítica ao novo EP deste fantástica banda sueca.