man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Arctic Monkeys – AM
Editado no passado dia nove de setembro pela Domino Records, AM é o mais recente disco dos britânicos Arctic Monkeys, um grupo liderado por Alex Turner, ao qual se juntam Matt Helders, Jamie Cook e Nick O'Malley. AM foi produzido por James Ford e Ross Orton e a sua frequência emitida a partir dos estúdios Rancho de la Luna, algures nos Estados Unidos da América.
Desde que em 2009 Josh Homme participou ativamente em Humbug, tornou-se evidente que os Arctic Monkeys, não deixando de ser fiéis à sua sonoridade típica, tornaram-se cada vez mais influenciados pela cultura pop do outro lado do atlântico. Essa influência direta foi recentemente assumida pelo próprio Alex Turner em declaraçoes à NME, onde falou de Ike turner, Outkast, Dr. Dre e dos próprios Velvet Undergound (em termos de imagem), deixando claro que são artistas e projetos que admira. Assim, AM não varia muito dos quatro álbuns que o antecederam, mantém a fórmula habitual, mas a apresentação do conteúdo sonoro contém detalhes típicos da terra do Tio Sam.
Em AM não há a dose de psicadelia de Humbug nem o espalhafato sonoro que sustentava Suck It And See (2011), os dois antecessores. Há sim uma maior preponderância da guitarra e um som mais ruidoso em detrimento do baixo, que agora é mais discreto e menos importante no processo de criação melódica. Escutam-se as mesmas distorções de Humbug, bem patentes em R U Mine e Arabella, dois temas que abusam dos décibeis e que apelam às pistas de dança. Mas depois AM torna-se mais introspetivo, nomeadamente em Mad Sounds e I Wanna Be Yours. Podemos também ouvir a voz de Josh Homme em Knee Socks, uma canção que, para além contar com um interlúdio digno de qualquer artista da Motown, transpira toda a vertente sexy e sedutora que identifica os Queens of The Stone Age.
Em suma, AM está cheio de canções que falam do amor e de outros vícios, com o álcool à cabeça e a mistura explosiva que essas duas temáticas costumam ser e fala das mesmas vidas e personagens de outrora, ma agora num estilo mais beliçoso, swingado e algo irónico.
Num ano em que nomes como os The Strokes, os Yeah Yeah Yeahs, os Franz Ferdinand e os próprios Bloc Party deram sinais de vida com novos trabalhos que rejuvenesceram o cardápio sonoro destes projetos fundamentais do universo alternativo, os Arctic Monkeys também deram um importante sinal e, apesar de não terem abandonado a zona de conforto onde se posicionam há algum tempo, firmaram ainda mais a posição de relevo que já ocupavam no panorama musical internacional. Espero que aprecies a sugestão...
01. Do I Wanna Know?
02. R U Mine?
03. One For The Road
04. Arabella
05. I Want It All
06. No. 1 Party Anthem
07. Mad Sounds
08. Fireside
09. Why’d You Only Call Me When You’re High?
10. Snap Out Of It
11. Knee Socks
12. I Wanna Be Yours