man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Tired Pony – The Ghost Of The Mountain
Formados já em 2009, os Tired Pony são uma espécie de super grupo já que contam na sua formação com alguns nomes ilustres de outras bandas bastante conhecidas do universo sonoro musical indie e alternativo, quer britânico quer norte americano. Assim, da sua formação constam Gary Lightbody dos Snow Patrol, Peter Buck dos extintos R.E.M. e Richard Colburn dos Belle & Sebastian, além do escritor irlandês Ian Archer e dos músicos e produtores Jacknife Lee e Scott McCaughey, dois nomes essenciais na carreira de várias bandas, com especial destaque para os R.E.M.. Depois deste coletivo se ter estreado nos discos em 2010 com The Place We Ran From, resolveram dar continuidade ao projeto e no passado dia dezanove de agosto chegou aos escaparates The Ghost Of The Mountain, o segundo álbum dos Tired Pony.
The Ghost Of The Mountain começa onde ficou o disco de estreia, já que mantém as permissas que sustentaram a base sonora desse trabalho e que assentavam numa espécie de soft rock, com fortes reminiscências na country e no cancioneiro popular americano.
Logo no primeiro tema, em I Don’t Want You As A Ghost, entramos suavemente no álbum e ficamos imediatamente curiosos por continuar a audição rendidos ao especial talento que Lightbody tem para cantar sobre o amor e o desassossego que tantas vezes ele nos causa, principalmente qundo perdemos alguém.
Um dos pontos altos do disco é, certamente, All Things All At Once, tema naturalmente escolhido para single deste trabalho e composto em redor de um simples acorde de guitarra, ao qual se foram juntado delicados arranjos que a voz de Gary se encarrega de fazer sobressair ainda mais. E ao longo de The Ghost Of The Mountain vamo-nos rendendo à subtileza com que os Tired Pony evocam quer Springsteen (The Creak In The Floorboards), quer os próprios Snow Patrol (Carve Your Names e Punishment) e até Elliot Smith (Your Way Is The Way Home) e assim conseguem fazer uma enorme ponte sobre um oceano que separa dois continentes mas que afinal, sonoramente, podem ter tanto em comum.
Há uma estranho magnetismo neste disco, pressente-se a cada esquina de cada uma das canções o aproximar de um detalhe ou um arranjo que nos vai surpreender e deixar-nos rendidos e sem capacidade de resistir; Por isso é perfeitamente natural chegarmos ao fim da audição de The Ghost Of The Mountain sem nos termos apercebido da sequencialidade das canções e sem vermos o rasto de um tempo extremamente agradável e que passou por nós.
É perfeitamente visível na nossa mente a cumplicidade que tão ilustres músicos demonstram e a fluidez com que combinam entre si o melhor que cada um tem para oferecer a este projeto, como se fossem uma espécie de arco-íris sendo cada um deles uma cor, com o seu brilho e tonalidade muito próprias, mas que criam um conjunto muito harmonioso e único.
The Ghost Of The Mountain é um belíssimo quadro pintado com as melhores ferramentas do cancioneiro popular norte americano e da pop rock britânica e uma espécie de confortável regresso ao espaço natural de um conjunto de intérpretes que estiveram ultimamente habituados a grandes multidões mas que se juntaram porque só encontram a sua verdadeira zona de conforto num espaço caseiro, reduzido e intimista, rodeados dos instrumentos que mais apreciam e a evocarem tranquilamente alguns dos traços mais nostálgicos e sensíveis da existência humana. Espero que aprecies a sugestão...
01. I Don’t Want You As A Ghost
02. I’m Begging You Not To Go
03. Blood
04. The Creak In The Floorboards
05. All Things At Once
06. Wreckage And Bone
07. The Beginning Of The End
08. Carve Our Names
09. Ravens And Wolves
10. Punishment
11. The Ghost Of The Mountain
12. Your Way Is The Way Home