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Pixies – EP1

Domingo, 08.09.13

Formados em 1986, os Pixies são já, com toda a naturalidade, um dos nomes fundamentais do rock alternativo, um grupo que quando respira provoca imediatamente eco à escala global, apesar de ainda hoje passarem um pouco despercebdos em Boston, no Massachusetts, cidade que os viu nascer há quase trinta anos. EP 1 marca um regresso inesperado deste coletivo liderado por Black Francis aos discos, que nem sequer tinha tido direto a uma espécie de antecipação quando em junho levámos com Bagboy, uma canção que não faz parte do alinhamento deste novo trabalho dos Pixies e que foi o tal respirar do grupo após um longo hiato de nove anos.


Partilho da opinião daqueles que consideram que este súbito ressurgimento dos Pixies está diretamente relacionado com o abandono da baixista Kim Deal do projeto, já este ano. Concordo que Black Francis, Joey Santiago e David Lovering sentiram necessidade de reagir a esse evento e provarem ao grande público e se calhar tabém a eles próprios que são capazes de prosseguir sem Kim e continuarem a ser relevantes para o universo musical em que se inserem.

Produzido por Gil Norton, o produtor responsável pelos discos dos Pixies que na fase inicial da carreira do grupo fizeram álbuns absolutamente fundamentais para o indie rock, EP 1 tem quatro cançoes que, desde logo, denotam uma certa heterogeneidade, o que poderá indiciar que os Pixies procuram o melhor rumo para o futuro próximo. Assim, mais importante do que analisar qualitativamente estas quatro canções, penso ser mais justo enquadrá-las em todas estas novas vicissitudes descritas e perceber que este trabalho não merece uma análise comparativa com a discografia anterior do grupo, visto significar, quase de certeza, a materialização de um novo recomeço para os Pixies.

EP 1 começa com Andro Queen, uma balada onde a voz de Francis tem toda a primazia, com o rock a chegar nos primeiros acordes de Another Toe In The Ocean, tema onde o baixo também dá o ar da sua graça, tocado por Dingarcher, o substituto provisório de Kim. Já agora, o nome mais apontado para fazer parte do alinhamento oficial dos Pixies a tocar baixo é outra Kim; Esta tem como apelido Shattuck e fez parte dos The Muffs e dos The Pandoras.

O ponto alto de EP 1 chega com Indie Cindy, a canção que mais nos remete para o extraordinário e mágico universo sonoro dos Pixies, liderada pelas guitarras e onde é quase óbvia uma certa sonoridade surf rock, nada virgem neste grupo norte americano. A toada rock mantém-se com a vigorosa What Goes Bloom e assim, quando o EP começa a entrar definitivamente no goto, é quando ele termina.

EP1 deve ser, como já referi, analisado tendo em conta as circunstâncias difíceis que os Pixies têm atravessado e deve ser exaltado por encarnar a coragem do grupo para prosseguir apesar de todo o historial recente. E estas quatro canções demonstram que é muito válida essa opção por continuar a respirar e a ecoar já que, se estes temas e em especial Indie Cindy e What Goes Bloom, fizerem parte ou servirem de inspiração para o próximo longa duração do grupo, então os Pixies voltarão a ocupar novamente o trono do indie rock alternativo. Para já sugiro vivamente que apreciem ao vivo estas quatro canções, Bagboy e outros temas que fazem parte do imaginário de todos nós no próximo dia nove de novembro no Coliseu de Lisboa. Espero que aprecies a sugestão...

Pixies - Indie Cindy

01. Andro Queen
02. Another Toe
03. Indie Cindy
04. What Goes Boom

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publicado por stipe07 às 20:30






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