01. The Ballad Of Terence McKenna
02. TV
03. My Heart Is Not A Machine
04. Final Words
05. Roadside
06. OK
07. Alone Never Alone
08. Pride
09. I Am Not A Rock
man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Whitley – Even The Stars Are A Mess
Oriundos de Melbourne, na Austrália e famosos por ver música sua utilizada em séries de televisão, filmes e jogos de computador, os Whitley são Lawrence Greenwood, Colin Leadbetter, Esther Holt, Christopher Marlow Bolton e Tom Milek, mas é Lawrence, músico entretanto radicado em Londres, o grande mentor e figura principal deste projeto. Even The Stars Are A Mess é o terceiro trabalho dos Whitley, sucede a The Submarine (2007) e Go Forth, Find Mammoth (2010) e foi editado por intermédio da Dew Process, em parceria com a Universal Records.
Os Whitley cruzam algumas das melhores características da folk com a chillwave e isso, por si só, é um facto de relevo, já que são poucos os projectos musicais que misturam estas duas tendências. Acaba por ser comum ouvir o dedilhar de uma viola misturada com efeitos sintetizados, que criam melodias etéreas, com um firme propósito de nos fazer levitar de uma forma que só este Lawrence Greenwood e a sua doce voz sabem fazer.
It is not a mean world. It’s beautiful… Estes são os primeiros versos de Even The Stars Are A Mess e acabam por resumir o conteúdo do disco, praticamente antes do termos escutado. As guitarras e o ambiente sonoro que elas criam abrem-nos a porta para um mundo do qual já não consegues sair enquanto não se esgotarem os nove temas do trabalho e conferires o progresso e a maior maturidade que Lawrence demonstra neste seu novo álbum, o mais sombrio e elaborado da sua carreira, depois de uma ausência de quatro anos. A este crescimento do músico enquanto compositor e exímio transmissor do que de mais belo há nos nossos sentimentos não terá sido alheia a passagem por diferentes países (México, Inglaterra, Perú, Italia e Austrália) durante a mais recente fase da vida de Lawrence.
O single My Heart Is Not A Machine é um bom exemplo dessa expansão do habitual cardápio sonoro do músico, muito mais generoso com as cordas, mas também mais meticuloso e habilidoso na forma como aborda o teclado, algo também evidente no orgão de Roadside, que me remeteu para os Arcade Fire, principalmente pela forma como as teclas se entrelaçam com a melodia da guitarra. Toda esta maior capacidade de construir belíssimas melodias e de caracterizar com maior nitidez o universo sonoro onde Lawrence habita, atinge o auge em Final Words, uma canção onde a batida distante que parece sincronizar-se com o nosso batimento cardíaco e as cordas que se escutam de forma quase imperceptível, fazem desta composição talvez o melhor tema que Lawrence compôs até hoje. A própria aparente ambinguidade da letra faz-nos refletir e transmite uma estranha sensação de esperança (but I’m still hard on myself. But its not a dream, its just a dream, its not as it seems.)
Sendo a voz de Lawrence e o seu quase surreal talento para a escrita os maiores trunfos deste projetco, escutar o núcleo duro de Even The Stars Are A Mess, ou seja, a sequência de My Heart Is Not A Machine a OK, pode provocar efeitos corporais secundários visíveis, mas que têm apenas como última sequência potenciarem a nossa capacidade de nos sentirmos deslumbrados por alguns dos mais belos aspectos da natureza humana e das boas sensações que a música nos provoca. Espero que aprecies a sugestão...