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The Glockenwise - Leeches

Segunda-feira, 19.08.13

Os The Glockenwise são Rafael Ferreira, Cristiano Veloso, Nuno Rodrigues e Rui Fiúsa, quatro amigos de Barcelos, que se juntaram em plena adolescência, no já longínquo ano de 2007, para fazer música. Inspirados pelo rock de garagem e admiradores dos conterrâneos Green Machine de João Pimenta, estrearam-se em 2011 com Building Waves e depois disso viveram de tudo um pouco, desde correrem o país de norte a a sul em transportes públicos, passando por uma digressão europeia e por concertos em alguns palcos nacionais de relevo. Leeches, o novo disco, editado no passado dia vinte de maio por intermédio da portuense Lovers & Lollypops/ VICE, é também reflexo e resultado de todo este turbilhão de novas experiências, vivências e emoções, um trabalho que foi gravado nos Estúdios Sá da Bandeira. Leeches contou com João Brandão, Eduardo Maltez (L&L) e João Vieira (X-Wife) na produção e com a participação especial de Pedro Sousa nos saxofones.

Logo na estreia os The Glockenwise cimentaram a sua sonoridade típica feita com um rock puro e duro, ainda algo crua e inocente, mas cheia de influências típicas do punk rock, transversais a nomes tão significativos coomo os MC5, Stooges ou Black Lips, de acordo com a crítica dessa época. A grande diferença de Leeches em relação a Building Waves acaba por ser, de acordo com as palavras da própria banda na entrevista que me concedeu e que podes conferir abaixo, a coesão do disco como um todo e a propria composição dos temas especialmente nos arranjos.

Os The Glockenwise gostam de experimentar coisas novas e demonstram essa faceta em Leeches, já que pretendem criar uma discografia que não seja monótona. Essa maior diversidade sonora relativamente à estreia, presente em Leeches, acaba por ser fundamental para, na minha opinião, colocar os The Glockenwise na linha da frente do cenário musical alternativo nacional.

As oito canções do álbum abstraem-nos facilmente da realidade em redor e têm uma energia fortemente visceral, apesar do forte pendor lo fi do garage rock que as sustenta. Não há grandes segredos ao nível dos arranjos, apesar do som ser cuidado e sem falhas e essa autenticidade das canções acaba por ser um dos grandes trunfos de Leeches, assim como a curta duração das mesmas, apenas a essencial para que a mensagem passe com clareza e nos deixe mesmo no ponto certo, no que diz respeito ao prazer que a absorção das emoções que o disco transmite permite sentir. Em suma, a dose energética debitada pelas guitarras está no ponto para nos permitir uma verdadeira descarga corporal, com canções que falam das atuais dificuldades dos jovens em encontrar trabalho e das suas normais angústias diárias, sendo fácil sentirmo-nos identificados por algum dos temas do disco.

Leeches é um trabalho delicioso, com uma elevada dose de criatividade, um disco que se ouve, nos cerca de vinte minutos de duração, de uma vez só e em modo repeat. Até o piano da clássica Goodbye assenta como uma luva neste quadro sonoro pintado por uns The Glockenwise que certamente acreditam que um dia os amplificadores e a distorção irão comandar o mundo.

Além da música, gostaria de destacar o vídeo do tema homónimo deste disco. O mesmo foi filmado na terra natal, no Estádio Adelino Ribeiro Novo e mostra os quatro barcelenses a aprender como é que se joga futebol, sob o olhar atento do realizador portuense Vasco Mendes. A estreia deste filme deu-se numa plataforma própria da Redbull, fruto de uma parceria que a banda tem com a marca. Confere aqui o vídeo.

Os The Glockenwise actuaram este verão em alguns festivais, nomeadamente no Optimus Primavera Sound, ao lado de nomes como Fucked Up, My Bloody Valentine ou Liars e, mais recentemente, deram um excelente concerto em Paredes de Coura. Confere então abaixo a entrevista que a banda me concedeu com o inestimável apoio da Raquel Lains da Let's Start A Fire e espero que aprecies a sugestão....

Super Villain

Bad Weather

Timo to Go

Mood Swings

Napoleon

Leeches

Losing / Doubt Manthra

Goodbye

 

Os The Glockenwise estrearam-se em 2011 com Building Waves e depois disso, desde correrem o país de norte a a sul em transportes públicos, passando por uma digressão europeia e alguns palcos nacionais de relevo, viveram de tudo um pouco. Estavam à espera de um impacto tão positivo com o primeiro disco?

R: não estavamos mesmo nada a espera, aconteceu muito de repente , fomos aproveitando e tocamos em todos os sitios possiveis.

 

Leeches é também reflexo e resultado de todo esse turbilhão de novas experiências, vivências e emoções?

R: Completamente! Leeches acaba por ser o resumo de tudo o que andamos a fazer nesse tempo todo.

 

Como chegaram à escolha do nome para o álbum?

R: O nuno apareceu com o nome e explicou o porque da sua escolha, nós achamos que fazia todo sentido e facilmente nos decidimos com este nome.

 

Quais são as principais diferenças entre Building Waves e Leeches?

R: penso que a coesão do disco como um todo e a propria composição dos temas especialmente nos arranjos fazem a diferença entre os dois discos.


Gravado nos Estúdios Sá da Bandeira, Leeches contou com João Brandão, Eduardo Maltez (L&L) e João Vieira (X-Wife) na produção e contou com a participação especial de Pedro Sousa nos saxofones. Como surgiu a possibilidade de trabalhar com todos estes nomes?

R: estas pessoas fazem parte das nossas vidas a algum tempo e por isso foi muito simples juntar esta malta toda para trabalhar connosco. além de excelentes musicos e produtores são pessoas com quem nos gostamos de conversar e partilhar ideias.

 

Acompanho o universo musical indie e alternativo com interesse e percebi que as vossas influências musicais vão dos Stooges aos Black Lips. São estes os vossos principais gostos musicais pessoais? O que andam a ouvir?

R: nós gostamos de ouvir muitas coisas diferentes passando pelos stooges e black lips, no entanto gosto de ouvir slayer e tom jobim da mesma forma, por isso é mesmo muito muito dificil para mim dizer o que gosto mais.


O vídeo oficial do tema homónimo de Leeches foi gravado no Adelino Ribeiro Novo. Como surgiu esta ideia e, já agora, há por aí algum talento futebolístico escondido que se transferiu para o mundo da música?

R: essa ideia pertence ao Vasco Mendes(realizador), foi ele quem sugeriu esse plano.acho que se houvesse por aí um torneio de futebol de bandas a taça facilmente seria nossa.


A banda tem um tema preferido em Leeches?

R: quando terminamos as gravaçoes ficamos todos encantados com a musica "leeches" acho que essa acabar por ser a nossa preferida.

 

O que vos move é apenas e só o rock simples e direto, puro e duro, ou gostariam de no futuro explorar outras sonoridades? Em suma, o que podemos esperar do futuro discográfico do projeto The Glockenwise?

R: nós gostamos muito de experimentar coisas novas,acho que já demonstramos essa nossa faceta com "leeches".Penso que vamos sempre tentar fazer com que a nossa discografia não se torne monótona para quem nos segue desde o primeiro disco.

 

Que importância tem para os The Glockenwise a parceria com a Let’s Start A Fire?

R: Tem muita importancia, a Raquel tem sido impecavel e super paciente connosco. Só podemos retirar coisas boas da nossa parceria com a let´s start a fire.

 

Para finalizar, como é que correu o vosso concerto no Optimus Primavera Sound?

R: Correu super bem! as pessoas estavam a chegar e estava um ambiente muito agradavel, até senti uma brisa só de pensar nesse dia.

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publicado por stipe07 às 22:32

Kenna - Relations (An Ode To You & Me)

Segunda-feira, 19.08.13


Produzido por Chad Hugo, parceiro de Pharrell Williams nos The Neptunes, Relations (An Ode To You & Me) é o novo single de Kenna, um cantor norte americano de Los Angeles.

A canção é o primeiro avanço para Land 2 Air Chronicles II – Imitation is Suicide, o novo EP do cantor que sairá brevemente e nela sobressai uma íntima relação entre sonoridades contemporâneas e as influências declaradas quer de Kenna, quer de Chad, algures nos anos oitenta. Assim, Relations (An Ode To You & Me), destaca-se logo nos segundos iniciais pela sensual linha de baixo carregada de funk e, pouco depois, por uma voz que nos remete para David Byrne e os seus Talking Heads, algo reforçado pela íntima relação que se vai criando, à medida que a canção escorre pelos nossos ouvidos, entre os típicos sintetizadores de há três décadas atrás e as orquestrações impostas por Chad.

O território dominado por nomes tão significativos como os Hercules And Love Affair acaba também por ser invadido, em quatro minutos de puro deleite climático disponibilzados gratuitamente pelo músico e que se inserem nas habituais propostas sonoras de Kenna. Confere...


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publicado por stipe07 às 14:46






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