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White Lies - Big TV

Sábado, 17.08.13

Editado a doze de agosto por intermédio da Fiction, Big TV é o novo disco dos britânicos White Lies, um trio formado por Harry McVeigh, Charles Cave e Jack Lawrence-Brown e que já conquistou o seu lugar de destaque no universo sonoro ocupado pelo revivalismo do post punk e do indie rock. Produzido por Ed Buller, Big TV é um álbum conceptual porque, através do ecrã mágico, teoriza sobre a nova vida de um casal que se muda para uma grande cidade e sucede a Ritual, álbum de 2011, tendo a estreia dos White Lies ocorrido em 2009 com o aclamado To Lose My Life.

Para quem aprecia a ainda curta mas já promissora carreira deste trio não ficará certamente desapontado com o conteúdo de Big TV já que não foge muito à fórmula que norteou os antecessores. Essa receita assenta em melodias simples mas aditivas, enriquecidas com vozes vigorosas cantadas com o habitual registo à Paul Banks e que dão vida a letras que muitas vezes se socorrem da mesma métrica nas diferentes músicas; Por exemplo, os versos de There Goes Our Love Again são bastante atrativos até porque usam a mesma métrica de Bigger Than Us, Holy Ghost e outro singles deste trio. No entanto, não há um plágio completo relativamente aos álbuns anteriores e identificam-se em Big TV algumas nuances que dão ao disco um cunho identitário muito próprio e que representam novos dados relativamente à sonoridade dos White Lies.

Assim, Big TV aposta claramente numa maior primazia dos sintetizadores e teclados com timbres variados, em detrimento das guitarras, talvez em busca de uma toada mais comercial e de um lado mais radiofónico e menos sombrio e melancólico. Um bom exemplo disso é Be Your Man, um tema que traz diversos timbres de sintetizador que depois se entrelaçam com as guitarras e com uma bateria pulsante.

Se os Interpol eram a grande referência em To Lose My Life e em Ritual, agora nota-se uma maior abrangência, já de algum modo explicada, com as virtudes e os perigos que isso significa; Big TV pisca o olho aos Depeche Mode em Getting Even, leva-nos ao rock dos anos oitenta em Tricky Of Love e Mother Tongue e recorda-nos momentos dos U2 no tema homónimo e em Be Bour Man e sempre com uma postura musical e lírica muito interessante, sendo, no último aspecto, explorados novos territórios que a própria concepção temática do disco forçou. Podia citar várias bandas que atualmente ocupam com alguma mestria este território onde os White Lies agora se intrometem; Os Austra, os Beach Fossils, os Editors e as próprias Savages seriam bons exemplos de casos de relativo sucesso. Mas o que ressalta nos White Lies em relação a outros grupos é terem optado por ser realmente mais comerciais e sonoramente mais teatrais e até dramáticos, o que potencia, para o bem e para o mal, o conteúdo desta obra.

Em Big TV os White Lies dão ao mundo mais doze canções amplamente influenciadas por uma sonoridade já transversal a várias décadas, mas criam as suas próprias personagens que procuram resgatar algo de novo no post punk. Cada um destes temas não tem receio em se desdobrar num permanente conflito entre o vintage e o contemporâneo e mesmo tão embrenhado num som que já se firmou há trinta anos, Big TV tem um refinamento muito próprio e bastante atual. Espero que aprecies a sugestão...

01. Big TV
02. There Goes Our Love Again
03. Space I
04. First Time Caller
05. Mother Tongue
06. Getting Even
07. Change
08. Be Your Man
09. Space II
10. Tricky To Love
11. Heaven Wait
12. Goldmine

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publicado por stipe07 às 20:57






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