01. Dancehall
02. Get Some Healing
03. How The Other Half Live
04. Wrapped Up In A Carpet
05. Never Heard Of Graceland
06. It Never Ends
07. Looking For Shangri-La
08. Sons And Daughters
09. One Eye Shut
10. Englishman On Sunset Boulevard
11. Street Dancin’
12. World Of Wonder
13. Here On Earth
14. What’s Your Poison
15. Reincarnate
16. Blind
man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Tribes – Wish To Scream
Lançado pela Island Records no passado dia vinte de maio e produzido por Kevin Augnas, Wish To Scream é o sempre difícil segundo disco dos britânicos Tribes, uma banda liderada por Johnny Lloyd, vocalista, guitarrista e principal compositor do grupo. Wish To Scream sucede a Baby, o disco de estreia, que fez dos Tribes uma das bandas mais elogiadas pela imprensa local e que recebeu uma nomeação para Best New Band nos NME Awards.
Com somente três anos de existência, os Tribes já consolidaram o seu estatuto no mundo da música, com direito a percorrer vários festivais mundiais, sendo aguardada uma passagem por cá na próxima edição do Optimus Alive, num dos três dias do evento, mais concretamente a catorze de julho. Neste Wish To Scream os Tribes propôem uma sonoridade um pouco mais acústica e contida do que o alinhamento de Baby e apegam-se ainda mais às comparações de que têm sido alvo, nomeadamente com os Pixies, os Wilco e os R.E.M..
A teoria de que o rock n'roll morreu é, há bastante tempo, um assunto recorrente nas discussões sobre música. E quando os Tribes chegaram houve quem os anunciasse como os novos profetas do rock e que seriam um excelente exemplo para contrapôr a quem defende que a era dos conjuntos baseados na triologia guitarra, baixo, bateria já chegou ao fim. Realmente, os Tribes pareceram querer ter uma palavra a dizer nesse processo redentor com Baby mas, tendo em conta os dois primeiro singles de Wish To Scream, Corner of an English Field e How The Other Half Live, assim como o restante conteúdo do álbum, agora estes quatro rapazes pretendem-se posicionar num universo um pouco mais pop, com piscadelas de olho à britpop, passando pelo folk e até pelas guitarras sujas do grunge.
Wish To Scream alberga um longo cardápio de dezasseis canções, mas todas muito curtas, diretas e concisas, já que o disco se ouve em pouco menos de quarenta minutos. O conteúdo, com letras muito bem construídas, é muito homogéneo a a fórmula escolhida é replicada ao longo dos vários temas, exigindo que se proceda a várias audições para que um ou outro tema sobressaia particularmente. No entanto, gostaria de destacar Dancehall, o tema que abre o disco e as canções How The Other Half Live, tema que remete para a sonoridade dos U2, It Never Ends, a belíssima Reincarnate e a épica Englisman On Sunset Boulevard, tema certamente inspirado na estadia da banda em Los Angeles durante a gravação do álbum.
A produção foi impecável e não seria de esperar outra coisa já que Wish To Scream nasceu nos lendários Sound City Studios, em Los Angeles, conhecidos pela gravação do álbum Nevermind, dos Nirvana, entre outros grandes discos de rock. O resultado foi um álbum de som cheio e, como já disse, muito bem produzido, que puxa para a maioria dos temas para o tal estilo mais acústico e que pasteuriza todo aquele furor típico dos arranjos que sustentavam o indie rock alternativo nos anos noventa.
Depois de nos terem adoçicado no início de 2012 com Baby e de terem dado mais alguns argumentos a quem, como eu, acredita que o rock ainda está vivo e recomenda-se, com Wish To Scream os Tribes mudam um pouco a agulha, mas provam que são um grupo com qualidade e validade no meio musical, apesar de estas ainda não serem, na minha opinião, as canções que os irão colocar definitivamente na elite do cenário indie rock alternativo. Espero que aprecies a sugestão...