man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Noah And The Whale – Heart Of Nowhere
Formados em 2006 e liderados por Charlie Fink, Os britânicos Noah And The Whale de Charlie Fink, Tom Hobden, Urby Whale, Fred Abbott e Michael Petulla estão de regresso aos lançamentos discográficos com Heart Of Nowhere, o sucessor de Last Night On Earth, disco essencial na discografia desta banda londrina porque a catapultou definitivamente para o estrelato, apesar de, na minha opinião, a verdadeira obra prima do grupo ser The First Days Of Spring, álbum de 2009. Heart Of Nowhere viu a luz do dia a seis de maio por intermédio da Mercury e foi gravado nos West London's British Grove Studios, de Londres.
A sonoridade dos Noah And The Whale deambula entre uma forte linha de baixo, a luz do violino e as guitarras em desafio. A primeira boa notícia que se pode divulgar deste quarto disco da carreira do grupo é que o seu conteúdo sonoro relaciona-se mais com a tal obra prima de 2009 do que com o antecessor de 2011; Esse disco foi uma espécie de tiro ao lado na discografia do grupo, porque foi pensado quase única e exclusivamente para o sucesso comercial, mesmo que o preço a pagar tivesse sido alguma perca de identidade, de esquecimento do ADN sonoro do grupo. Portanto, com a chegada de Heart Of Nowhere, Charlie Fink e os parceiros de grupo voltam aos eixos, tratando do novo álbum como um ponto de aprimoramento controlado e contendo algumas boas composições, mas já muito longe do propósito orquestral que alimentou Peaceful, The World Lays Me Down, o primeiro disco do grupo, editado em 2008.
Com um som amplo e com as cordas e os sintetizadores a assumirem importante papel, Heart Of Nowhere é uma proposta que parece encontrar acerto e uma certa dose de novidade naquilo que os The Killers propuseram em Battle Born o ano passado. Assim, o disco está carregado de referências dos anos oitenta, nomeadamente a power pop onde o amor que rompe a noite, a vontade de crescer e a tentativa de agarrar um sonho, fazem lembrar alguns dos álbuns essenciais de Springsteen e a captura de marcas expressivas que definiram a música dessa época. Há batidas e vozes cheias de eco, canções amarguradas por acordes melancólicos e sintetizadores que se espalham sem receio e parecem prencher as lacunas e os sons vazios e pouco expressivos que criaram em 2011, além de fazerem dos Noah And The Whale definitivamente intímos da melhor música pop que se ouve atualmente.
Logo em Introduction, onde é muito bem vinda a presença de Anna Calvi na voz, é clara a relação com o pós punk e outras marcas específicas construídas há mais de três décadas; Esta canção deixa claro que o rumo agora é outro e que há um propósito claro de resgatar o lado mais comercial do grupo, já que são várias as canções com um ADN cheio de airplay. Duas delas são There Will Come a Time e Now Is Exactly The Time, autênticos hinos de verão, que se tornam, sem demora, em verdadeiros vícios auditivos. All Through The Night ou Lifetime, são mais dois temas que seguem a pegada revivalista dos anos oitenta, que nas mãos deste quinteto parece ter sido bem aproveitada, através de uma agilidade pop que os faz percorrer caminhos da indie folk até chegarem a estradas onde o rock acelera sem respeitar limites de velocidade. A primeira destaca-se por ter uma guitarra muito aditiva com solos que deliciam os nossos ouvidos e a segunda agarra-se a alguma da tradição folk da banda e dispara violinos que são bem secundados por um baixo primaveril, que sublinha uma letra nostálgica que recorda sonhos, rezas e promessas.
Já agora, no que diz respeito às letras, todas da autoria de Fink, Heart Of Nowhere será o disco mais introspetivo do grupo, já que a escrita do vocalista e guitarrista dos Noah and The Whale fala muito de memórias, experiências de vida, amores e outros sentimentos que perduram, dando a sensação que ele às vezes é já demasiado maduro para os ainda vinte e sete anos que carrega. A esperança é outro sentimento muito presente neste álbum e Fink tenta mostrar-nos que a família e os amigos são núcleos essenciais nas nossas vidas.
Numa época onde abundam propostas de cariz mais sombrio e lo fi, no quarto disco da carreira os Noah And The Whale utilizam todo o seu potencial e continuam a fazer o que mais sabem; Canções com uma forte aúrea pop e a estabelecerem uma ponte perfeita entre a melancolia, o romance, a dor da perda e uma certa paz de espírito carregada de sabedoria. Espero que aprecies a sugestão...
01. Introduction
02. Heart Of Nowhere
03. All Through The Night
04. Lifetime
05. Silver And Gold
06. One More Night
07. Still After All These Years
08. There Will Come A Time
09. Now Is Exactly The Time
10. Not Too Late
Autoria e outros dados (tags, etc)
Curtas... CI
Os Scott & Charlene's Wedding acabam de divulgar o primeiro avanço para Any Port In a Storm, disco que verá a luz do dia a vinte e dois de julho através da Fire Records. A canção chama-se Fakin' NYC e reflete a mudança do cantor Craig Dermody, natural de Melbourne, na Austrália, para essa cidade norte americana, além de demonstrar a admiração do mesmo pelos Pavement. Confere...
Nos próximos meses os Local Natives irão andar em digressão para promover Hummingbird, o seu mais recente disco. Começam na Austrália, em junho vão aos EUA e em julho vêm à Europa. Em setembro regressam aos EUA. Para comemorar o início da digressão estão a disponibilizar, em modo ÉFV, Wooly Robot, uma remistura para Wooly Mammoth, um dos temas de Hummingbird. Confere...
Hibou é um projeto musical liderado por Peter Michel, um músico de Seattle que tem estado a fazer upload de temas da sua autoria em várias plataformas de venda de música. Uma das canções que divulgou recentemente foi a atmosférica Glow, um tema que nos remete para os Beach Fossils e os DIIV. Confere...
Em antecipação à digressão europeia que estão prestes a iniciar, os norte americanos Liars disponibibilizaram no seu site, em troca de um email, duas canções novas, I Saw You From A Lifeboat e Perfume Tears. As duas composições trazem as sonoridades apresentadas em WIXIW, disco que lançaram em 2012 e que divulguei. Ainda não se sabe se as duas canções sobraram do processo de gravação de WIXIW ou se são temas novos. Confere...
01. I Saw You From The Lifeboat
02. Perfume Tear
Apresentada em 2007 como parte do excelente For Emma, Forever Ago, Skinny Love é ainda hoje uma das melhores músicas já criadas por Justin Vernon dentro da curta discografia do Bon Iver. Frequentemente a canção é remisturada ou alvo de versões, sendo a última a dos nova iorquinos Silent Rider, que a disponibilizaram em modo ÉFV. Confere...