man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Born Ruffians – Birthmarks
Os canadianos Born Ruffians já têm sucessor para Say It (2010); O novo álbum da banda de Luke Lalonde, Mitch Derosier, Steven Hamelin e Andy Lloyd chama-se Birthmarks e viu a luz do dia a dezasseis de abril por intermédio das Paper Bag Records e Yep Roc Records.
Birthmarks é o álbum que atesta o amadurecimento dos Born Ruffians, a passagem para um outro estádio de maturidade musical, que será certamente reflexo do próprio crescimento pessoal dos músicos da banda, que deixaram já a adolescência e início da juventude que suportou os três primeiros discos do grupo, para agora, trocarem os temas adolescentes por outros mais condizentes com a idade, que também trouxe mais preocupações e responsabilidades.
Assim, liricamente, Birthmarks é um álbum adulto e volta a atestar a competência e o talento da escrita de Luke Lalonde, um rapaz que já merece maior destaque no cenário musical alternativo atual, apesar de ele nunca se ter importado muito com arranjos e formatações líricas e melódicas capazes de atingir a maior parte do público. Sonoramente, Birthmarks volta a assentar nas já habituais guitarras agudas e no baixo e bateria marcantes, mas foi composto de forma menos espontânea que os antecessores, devido também à presença em estúdio do metódico produtor Roger Leavens, que trouxe aos arranjos do álbum maior clareza, robustez e uma sonoridade claramente mais pop.
Não deixam de ser inevitáveis normais comparações com outros projetos de relevo do cenário musical atual; Needle, a canção de abertura e principal single e a lindíssima Never Age assemelham-se, em diversos momentos, com a sonoridade dos Fleet Foxes, With Her Shadow inspirou-se em composições dos Vampire Weekend e Ocean's Deep poderia ter sido uma canção idealizada por Luke Pritchard e assim fazer parte do alinhamento de um disco dos The Kooks. Noutra órbitra mais nostálgica, Permanent Hesitation remete-nos para a new wave dos Talking Heads, assim como Too Soaked To Break, canção cheia de referências da década de oitenta. Finalmente há que destacar So Slow, canção que tem um timbre R&B muito interessante e algo inédito nos Born Ruffians.
Birthmarks é o disco mais maduro da discografia desta banda canadiana, denota uma progressão lírica louvável e tem a vantagem de não colocar ainda os Born Ruffians numa zona de conforto, deixando tudo em aberto relativamente ao percurso sonoro que o quarteto ainda pode vir a desenhar no futuro. Espero que aprecies a sugestão...
01. Needle
02. 6-5000
03. Ocean’s Deep
04. Permanent Hesitation
05. Cold Pop
06. Golden Promises
07. Rage Flows
08. So Slow
09. With Her Shadow
10. Too Soaked To Break
11. Dancing On The Edge Of Our Graves
12. Never Age