01. Barriers
02. Snowblind
03. It Starts And Ends With You
04. Sabotage
05. For The Strangers
06. Hit Me
07. Sometimes I Feel I’ll Float Away
08. What Are You Not Telling Me?
09. Always
10. Faultlines
man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Caveman – Caveman
Depois de Coco Beware, disco editado em 2011 e que divulguei na altura, os nova iorquinos Caveman estão de regresso aos lançamentos com Caveman, um homónimo lançado no passado dia dois de abril por intermédio da Fat Possum. Este quinteto formado por Matthew Iwanusa (vocalista), Jimmy "Cobra" Carbonetti (guitarra), Sam Hopkins (teclista), Stefan Marolachakis (baterista) e Jeff Berrall (baixista) não complica muito e vive hoje essencialmente sob a influência do típico folk rock norte americano.
Forjado num celeiro de New Hampshire, propriedade da avó de Iwanusa, Caveman é resultado de longas jam sessions, dentro de uma sonoridade post rock que tinha tido alguns lampejos na estreia e que caraterizava as anteriores bandas dos elementos do quinteto, veteranos e profundos conhecedores do cenário musical nova iorquino (We’d all sit in this one room together and one by one we’d all go into the bathroom and record ourselves making the most psycho noises possible.).
No entanto, apesar do nome e dessa herança, Caveman não tem muito de cavernoso e obscuro, pois até é um disco com uma sonoridade bastante pop e folk, ouvindo-se apenas algum barulho e distorção aqui ou ali. As canções destacam-se pela voz de Matthew e pela vigorosa bateria de Stefan, havendo lampejos de pop (My Time), de alt country (Old Friend) e experimentações etéreas (Over My Head e I See You), que chegam a pisar territórios explorados pelos Radiohead ou Pink Floyd, apesar dos Fleet Foxes serem o projeto que mais vezes assalta a nossa memória durante a audição deste homónimo. In The City, o single já retirado do álbum, acaba por ser o seu maior destaque, um tema que nos remete, no imediato, para aquela pop dos anos oitenta que tinha uma toada épica e ao mesmo tempo etérea e que hoje é reproduzida com mestria, por exemplo, pelos The Antlers.
Numa época em que muitos criticos começam já a considerar que a maioria das bandas do universo alternativo acabam por se tornar aborrecidas por apenas replicarem sons do passado ou seguirem as habituais fórmulas há muito estabelecidas, pelos menos os Caveman, seguindo essas bitolas, denotam capacidade para passar com interessante distinção o habitual síndroma do segundo álbum, assentando essa permissa numa habilidade lírica incomum, apesar da temática das canções ser algo generalista e numa interpretação instrumental e criação melódica exemplares.
Não há uma total reconstrução da sonoridade estética de Coco Beware, disco que foi dominado pelas guitarras, mas em Caveman há um notório amadurecimento na forma da banda comunicar e chegar aos ouvidos dos seus fãs, com uma maior adição de elementos da eletrónica e uma mais vasta rede de influências que, apesar de fazer com que tenham perdido alguma daquela espontaniedade que as guitarras geralmente permitem que exista, potenciam a capacidade dos Caveman em agradar a um universo mais vasto de admiradores. Espero que aprecies a sugestão...
01. Strange To Suffer
02. In The City
03. Shut You Down
04. Where’s The Time
05. Chances
06. Over My Head
07. Ankles
08. Pricey
09. I See You
10. Never Want To Know
11. The Big Push
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Foxygen - We Are The 21st Century Ambassadors of Peace & Magic
Sam France e Jonathan Rado são a dupla por trás dos Foxygen, um projeto californiano, natural de Weslake Village, nos arredores de Los Angeles, apaixonado pela sonoridade pop e psicadélica dos anos sessenta e setenta, dois períodos localizados no tempo e que semearam grandes ideias e nos deram canções inesquecíveis, lançaram carreiras e ainda hoje são matéria prima de reflexão. Na estreia, com Take the Kids Off Broadway, (disco criado em 2011, mas apenas editado no ano seguinte) os Foxygen procuraram a simbiose de sonoridades que devem muito a nomes tão fundamentais como David Bowie, The Kinks, Velvet Underground, The Beatles e Rolling Stones. Agora, com uma melhor produção e maior coesão, o sucessor, We Are The 21st Century Ambassadors of Peace & Magic, disco produzido por Richard Swift e lançado no início deste ano pelo selo Jagjaguwar, traz o mesmo horizonte vasto de referências e as inspirações da estreia, mas trabalhadas de forma ainda mais abrangente e eficaz.
A audição de We Are The 21st Century Ambassadors of Peace & Magic, impressiona desde logo por em apenas nove músicas e pouco mais de trinta e seis minutos abarcar uma vasta rede de influências sonoras que, em comparação com a estreia, também abrangem agora a folk e o rock dos anos setenta, indo muito ao encontro do que atualmente faz um cruzamento dos compatriotas MGMT e The Black Keys com os australianos Tame Impala e os Unknown Mortal Orchestra. Houve um amadurecimento natural da dupla, que aprendeu subtilmente a mudar o seu som sem ferir as naturais susceptibilidades dos gostos musicais que cada um dos dois guarda dentro de si e que foram, desde sempre, o grande fator motivacional dos Foxygen, já que não são gostos propriamente convergentes.
In The Darkness abre o álbum e recorda logo, em apenas dois minutos e com o piano e a percussão, os The Beatles da fase Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band e mostra também as características camaleónicas dos voz de Sam e os seus belos agudos, às vezes sintetizados. Em apenas dois minutos, a canção traz a sonoridade psicodélica sessentista que estará presente em grande parte do disco. Em seguida, No Destruction mantém a toada revivalista, com um travo folk, numa canção que funde Bob Dylan e Stones e fala do amor e de alguns absurdos que às vezes estão implícitos a esse sentimento.
On Blue Mountain é a canção que melhor mostra as diversas mudanças que o grupo consegue criar dentro da mesma composição. A introdução de quase um minuto tem um tom sexy, acompanhado de um órgão e uma percussão muito subtil. Quando o baixo pulsante entra, a canção começa a tomar um rumo mais rock e sensual, atingindo o auge numa aceleração à The Black Keys, que é novamente interrompida pela toada anterior, uma espécie de coito interrompido mas que não impede o regresso aos preliminares.
San Francisco tem o melhor refrão de We Are The 21st Century Ambassadors of Peace & Magic, uma balada que obedece à sonoridade pop dos anos sessenta e Bowling Trophies tem um experimentalismo instrumental que se aproxima do blues marcado pelo piano e pelas guitarras, além dos metais e de alguns ruídos que assentam muito bem na canção.
O primeiro single retirado de We Are The 21st Century Ambassadors of Peace & Magic foi Shuggie, outra canção com várias nuances, um refrão soul e um início pouco usual feito à base de sintetizadores e com um timbre bem estranho. Oh Yeah é groove e funky e leva-nos de volta ao camaleão dos anos setenta e só no tema homónimo é que reaparece a toada lo fi que se ouviu no disco de estreia dos Foxygen, por sinal de mãos dadas com o momento mais rock do álbum, feito de imensas guitarras e novamente de vários instantes sonoros diferentes sobrepostos. We Are The 21st Century Ambassadors of Peace & Magic termina com a hipnótica Oh No 2, canção com uma belíssima melodia que nos remete para os Pink Floyd.
We Are The 21st Century Ambassadors Of Peace & Magic é um ensaio de assimilação de heranças, como se da soma que faz o seu alinhamento nascesse um mapa genético que define o universo que motiva os Foxygen. É um impressionante passo em frente quando comparado com Take the Kids Off Broadway e um disco vintage, fruto do psicadelismo que, geração após geração, conquista e seduz, com as suas visões de uma pop caleidoscópia e o seu sentido de liberdade e prazer juvenil e suficientemente atual, exatamente por experimentar tantas referências do passado. Espero que aprecies a sugestão...
In The Darkness
No Destruction
On Blue Mountain
San Francisco
Bowling Trophies
Shuggie
Oh Yeah
We Are the 21st Century Ambassadors of Peace & Magic
Oh No 2
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Sugiro... XXX
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Black Lizard - Black Lizard
No passado dias cinco de abril chegou aos escaparates, por intermédio da Soliti Music, Black Lizard, o homónimo de estreia dos Black Lizard, uma banda finlandesa formada por Paltsa-Kai Salama, Joni Seppänen (guitarra e sintetizador), Lauri Lyytinen (baixo) e Onni Nieminen (bateria e percurssão).
As sessões de gravação de Black Lizard decorreram entre Berlim e Helsinquia e contaram com a participação especial de Anton Newcombe dos The Brian Jonestown Massacre, sendo Love Is A Lie o primeiro single retirado deste trabalho. Os Black Lizard assentam a sua sonoridade no rock psicadélico e hipnótico, com raízes nos anos setenta, na senda de outras bandas atuais, nomeadamente os Brian Jonestown Massacre, Spacemen 3 ou os B.R.M.C., entre outros.
Para a sonoridade deste homónimo, com nove canções e quase quarenta minutos de duração, terá sido fundamental a ajuda de Anton Newcombe, durante as sessões de gravação que decorreram em Berlim. A simplicidade ao nível da percussão e uma abordagem direta por parte das guitarras em busca da tão ansiada sonoridade hipnótica psicadélica, acabam por ser dois grandes trunfos, com um cunho pessoal que faz dos Black Lizard mais do que apenas uma banda que recorre a uma súmula de influências sonoras.
Cada uma das canções do disco tem um selo próprio ou um detalhe diferente que a diferencia das demais. O disco começa com a simples Honey, Please, um tema muito ao estilo dos Spacemen 3; Depois, Love Is A Lie é uma escolha perfeita para single, principalmente pelos coros e pelo desempenho vocal, em especial ao nível dos coros. New Kind Of High prepara o caminho para Some Drugs, uma canção com uma batida constante altamente aditiva e Forever Gold é um brilhante momento pop, mesmo antes da atmosfera sombria que Thrill proporciona, uma canção muito próxima da sonoridade dos The Velvet Undferground, com a própria voz de Paltsa-Kai Salama a aproximar-se perigosamente do registo de um Lou Reed. Esta aproximação também é audível no final, em Fucking Up. Boundaries é uma das melhores canções do álbum, não só por inculir uma interessante variedade instrumental, que incluí a cítara, que lhe confere um elevado pendor hipnótico, mas por contar com o desempenho de Anton numa curiosa bateria elétrica.
Os finlandeses Black Lizard são mais um nome a ter em conta no universo musical psicadélico e apesar de se dedicarem a dar um cunho próprio a uma sonoridade que surgiu há quase quarenta anos, com este estreia colocaram-se na linha da frente de um grupo importante de bandas que voltaram a colocar no nosso roteiro sonoro o rock psicadélico e hipnótico. Espero que aprecies a sugestão...
Honey, Please
Boundaries
Dead Light
Love Is A Lie
New Kind Of High
Some Drugs
Forever Gold
Thrill
Fucking UP
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Paper Beat Scissors - Tendrils, Live At St. Matthew's Church
Liderados pelo simpático Tim Crabtree, os canadianos Paper Beat Scissors lançaram recentemente, por intermédio da Forward Music Group e relacionado com o evento Record Store Day, uma edição em vinil, limitada a trezentos exemplares, de Tendrils - Live At St. Matthew's Church. Produzido pelo próprio Tim Crabtree, o disco inclui apenas dois temas, Tendrils na lado A e Onwards no lado B e ambos foram gravados ao vivo na igreja de St. Matthews, em Halifax, na Nova Escócia, durante um festival de jazz que aí se realizou, no passado dia onze de julho e contaram com a participação especial dos Clogs, uma banda de Nova Iorque que costuma colaborar com os The National e com os My Brightest Diamond, nas vozes, em Tendrils.
Além do vinil com as duas canções, o 45RPM traz um postal com um lindíssimo artwork da autoria da artista Sydney Smith, que inclui im código que possibilita três vezes o download, no site da etiqueta Forward Music Group, dos sete temas que a banda tocou nesse concerto.
Agradeço ao Tim pelo envio do meu exemplar que já chegou e enriqueceu imenso a minha coleção discográfica e desejo-lhe o maior sucesso na digressão europeia que os Paper Beat Scissors estão a iniciar. Espero que aprecies a sugestão...
Tendrils
Onwards
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Wild Belle - Isles
Os Wild Belle são Natalie Bergman e Elliot Bergman, dois irmãos de Chicago que têm no rock pasicadélico com travos folk, reggae e ska as suas principais influências. Isles, o disco de estreia, foi editado por intermédio da Columbia Records no passado dia onze de março.
Uma das particularidades de um disco que frequentemente me chama a atenção é a capa do mesmo. Tenho um interesse particular por perceber as escolhas das bandas e, antes de me debruçar naquilo que talvez mais interesse, que é o conteúdo, não resisto a divulgar a justificação do art work da capa de Isles. A pintura selecionada é um quadro que foi feito pela mãe dos músicos e uma homenagem à mesma, que faleceu recentemente.
Referências à tristeza e à dor que essa perca provocou nos Wild Belle seriam perfeitamente naturais e compreensíveis, tendo em conta essa perca física recente da figura maternal. No entanto, o clima proposto é exatamente o oposto. Isles é como que um arquipélago musical onde existem diferentes canções, sendo cada uma delas uma ilha particular, com um ambiente sonoro particular e onde a criatividade é transversal aos onze temas do disco.
Isles está estruturado no típico groove recheado de metais e ruma frequentemente até trilhos sonoros dominados pelo ska e outras influências que os dois irmãos agregam com mestria. A voz de Natalie carrega em si uma essência vocal que facilmente se associa a nomes como Lily Allen e Alex Winston e destaca-se particularmente em Keep You, It's Too Late e Backslider. Já Another Girl reacende um passado pelo qual Adele e Duffy poderiam fazer parte numa versão acústica.
Isles pode facilmente vir a ser uma boa referência futura para uma ampliação ainda mais vasta do reggae, que tem aqui os seus traços identitários bem identificados e ao mesmo tempo diluídos numa pop leve e que caberia muito bem na banda sonora de uma festa de verão junto ao mar, com tiques sonoros mais contemporâneos e refrescantes. Sobram referências culturais direcionadas a lugares como África, Jamaica e Hawai, bem notadas em canções como Twisted, June e Love Like This, que se destacam pelos arranjos simples e pela sonoridade típica desses locais, onde o reggae tem uma forte implementação.
Se teoricamente cada canção de Isles conta diferentes histórias, melodicamente Wild Belle assenta num leque de influências sonoras, muito bem distribuídas em cada um dos temas, o que confere uma notável homogeneidade e identidade ao disco. Se realmente será uma realidade a tal transformação de Isles numa referência futura para quem queira vir a apostar nesta fusão sonora, ainda é um pouco cedo para o dizer com absoluta certeza; Seja como for, encontrar os típicos ambientes do verão que se aproxima, é algo muito possível nesta estreia dos Wild Belle. Espero que aprecies a sugestão...
01. Keep You
02. It’s Too Late
03. Shine
04. Twisted
05. Backslider
06. Happy Home
07. Another Girl
08. Love Like This
09. When It’s Over
10. June
11. Take Me Away
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Curtas... XCVII
Depois de Hello Sadness, os escoceses Los Campesinos! estão de regresso com A Good Night for a Fistfight, o primeiro álbum ao vivo do grupo, gravado em dezembro último na Islington Assembly Hall de Londres. We Are Beautiful, We Are Doomed é o primeiro tema já divulgado...
Os Sigur Rós acabam de apresentar mais uma nova música do próximo álbum. Desta vez, apenas o som e a letra. É a primeira vez que os Sigur Rós disponibilizam um "lyric vídeo". O álbum sai a 17 de junho...
Depois de Blood Orange, também os Dirty Projectors já apresentaram a sua remistura para Entertainment, o primeiro avanço de Bankrupt!, o próximo álbum dos Phoenix. Confere...
Quem duvida que depois de Coexist (2012) os The XX seria incapazes de criar um som tão melancólico e hipnótico como que se ouvia no álbum homónimo de 2009, certamente deixará de ter dúvidas depois de ouvir Together, o tema que a banda apresentou recentemente e que fará parte da banda sonorda de The Great Gatsby. A canção mantém as aproximações à pop eletrónica, sendo guiada pelo conforto das vozes de Romy Madley Croft e Oliver Sim e exemplarmente produzida por Jamie Smith. Com direito a um arranjo de cordas fundamental, a canção entra facilmente para a lista das grandes composições já lançadas pelo trio.
Opala é um projeto carioca, do Rio de Janeiro portanto, encabeçado por Maria Luiza Jobim em parceria com Lucas de Paiva. Come Home é o single mais recente da dupla, disponível para download, um tema que se acomoda em referências que dançam pelo tempo, já que tem ecos dos anos oitenta e do presente. A canção é um tratado de natureza minimalista, compacta, como se fosse uma versão feminina dos suspiros de Nicolas Jaar em Space Is Only Noise (2011). Confere...
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YAST - YAST
Os suecos YAST formaram-se em 2007 na localidade de Sandviken e no ano seguinte mudaram-se para Malmö, sendo, desde então, uma banda formada por Carl Jensen, Tobias Widman e Marcus Norberg. Em 2010 o trio passou a quinteto com a entrada de Markus Johansson e Niklas Wennerstrand, o baterista e o baixista dos Aerial. YAST, o disco homónimo, foi editado no passado mês de fevereiro por intermédio da Adrian Recordings.
A habitual melancolia escandinava é a pedra de toque da indie pop açucarada dos YAST, feito com a habitual fórmula que usa guitarras luminosas e uma percussão sempre mais subtil do que propriamente muito grave e vincada. São canções que não deixam de ter uma certa toada épica e simultaneamente lo fi, dois ítens bem patentes no curto mas conciso single homónimo. Mas outro dos temas que destaco do disco é Stupid, canção onde o predomínio das cordas é notório, não só no baixo que conduz a melodia, como depois na viola e na distorção da guitarra.
As cordas acabam por ser o mel que adoça o processo de composição dos YAST, algo que se saboreia claramente neste conjunto de doze canções que terão outro sabor se forem escutadas num dia de sol radioso e que, por saberem aquela brisa fresca que tempera os dias mais quentes sem ofuscar o brilho do sol, poderão muito bem caber num ipod a caminho de uma das nossas praias no verão que se aproxima. Espero que aprecies a sugestão...
01. YAST
02. Rock ‘N’ Roll Dreams
03. Stupid
04. Robin
05. Believes
06. Heart Of Steel
07. I Wanna Be Young
08. Always On My Mind
09. Strangelife
10. Sick
11. The Person I Once Was
12. Joy
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Suede – Bloodsports
Os Suede estão de regresso aos discos com Bloodsports, o sexto álbum desta banda de rock alternativo britânica. Bloodsports foi editado no passado mês de março, sendo o primeiro trabalho da banda depois de um hiato de uma década, já que sucede a A New Morning, álbum de 2002. Nesse ano os Suede sairam de circulação na ressaca do movimento brit pop que liderou o rock alternativo na década de noventa e numa altura em que eram as bandas do lado de lá do atlântico, lideradas pelos The Strokes e pelos Interpol, que começavam a dar cartaz no universo musical alternativo.
Grupo que teve e tem como maiores referências os Smiths e os Commotions, os Suede andaram sempre à procura da direção certa e dos melhores cruzamentos sonoros dentro da esfera brit pop. Curiosamente, quando a banda se formou em 1989, num anúncio de jornal era pedido um baterista e o ex Smiths Mike Joyce candidatou-se ao cargo, mas logo desistiu quando percebeu que a sua anterior banda seria uma das bitolas dos Suede e que ele próprio poderia tornar-se num óbice dentro de um projeto que queria estabelecer uma identidade própria apesar de não renegar influências.
Ao longo da carreira, os Suede acabaram por conseguir estabelecer uma sonoridade muito peculiar e sua, graças não só à postura de Brett Anderson, o carismático líder, mas também devido aos detalhes sofisticados e aos arranjos únicos do guitarrista Richard Oakes. Não houve propriamente uma coesão em termos de sonoridade já que a discografia dos Suede não é particularmente homogénea; O primeiro álbum homónimo, editado em 1993, era um disco mais rock e Dog Man Star (1994) já mostrava uma faceta da banda mais obscura e de sonoridades sofisticadas. O terceiro, Coming Up (1996) mostrou um lado pop e melódico da banda, sendo até hoje o disco dos Suede mais bem sucedido comercialmente. Depois do experimentalismo em excesso com Head Music (1999) a banda lançou A New Morning (2002), trabalho cheio de arranjos acústicos e que apesar da qualidade não chamou muito a atenção do grande público.
Pouco mais de dez anos depois a banda regressa, curiosamente numa fase em que o retro e os anos noventa voltam a estar na moda e os Suede deixam para os fãs a possibilidade de eles próprios concluirem se o grupo foi capaz de lançar canções de qualidade e finalmente estabelecer a tal identidade que tanto procuraram toda a carreira. A própria banda deixa pistas já que em entrevistas recentes Brett Anderson disse que Bloodsports combina o lado mais lírico de Coming Up com os elementos obscuros de Dog Man Star.
Embora isso pareça estranho, não posso deixar de concordar que é esse o clima que permeia grande parte das canções deste novo álbum. Bloodsports está impregnado com os tais arranjos envolventes e sofisticados e transporta uma sensibilidade melódica muito aprazível. Há vários arranjos e riffs inspirados como em Snowblind e Starts And Ends With You e a melódica For The Strangers mostra um competente trabalho do guitarrista Richard Oakes e um clima que os Suede sempre exploraram de forma criativa. O primeiro tema do álbum, Barriers, talvez seja um dos pontos mais fracos do disco, mas gostaria de destacar a soturna Sometimes I Feel I'll Float Away, uma canção com uma toada inicial atmosférica, mas que depois cresce para um registo muito aditivo e linear. Gostei também da grandiosa Hit Me, tema que intercala uma excelente interpretação de Anderson com um trabalho habilidoso da restante banda. Já a fúnebre Always traz sons modulados e camadas sonoras que lhe dão um clima espectral.
Se no início de carreira os Suede não sabiam muito bem para onde iriam, após tantos discos lançados parece-me que ainda não terão chegado a um consenso sobre isso e talvez resida aí a sua maior virtude. Espero que aprecies a sugestão...
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Curtas... XCVI
Contendo treze canções cheias de participações especiais, chegará às lojas a vinte e um de maio Random Access Memories, o quarto disco da carreira dos franceses Daft Punk. Recentemente foi disponibilizado o single Get Lucky, tema que conta com as participações especiais de Pharrell Williams e Nile Rodgers. Confere o single Get Lucky e o alinhamento de Random Access Memories.
02 – “The Game Of Love”
03 – “Giorgio By Moroder” – feat. Giorgio Moroder
04 – “Within” – feat. Chilly Gonzales
05 – “Instant Crush” – feat. Julian Casablancas
06 – “Lose Yourself To Dance” – feat. Pharrell Williams e Nile Rodgers
07 – “Touch” – feat. Paul Williams
08 – “Get Lucky” – feat. Pharrell Williams e Nile Rodgers
09 – “Beyond”
10 – “Motherhood”
11 – “Fragments Of Time” – feat. Todd Edwards
12 – “Don’t It Right” – feat. Panda Bear
13 – “Contact” – feat. DJ Falcon
Andrew VanWyngarden e Ben Goldwasser estão cada vez menos interessados na sonoridade pop psicodélica que abasteceu o disco de estreia dos MGMT, Oracular Spetacular (2007). Como já haviam feito no Congratulations (2010), a busca por sons experimentais deve guiar o futuro desta dupla norte americana, de acordo com o single Alien Days, o primeiro avanço para o terceiro disco do grupo e que será um homónimo.
Alien Days mergulha no experimentalismo feito com referências tão importantes como os Pink Floyd ou os The Flaming Lips e está impregnado de vozes submersas, teclados, uma percussão mística e guitarras intencionalmente sujas.
01. Alien Days
02. Message 7 From Hearty White
Depois de terem editado a três de setembro de 2012 All The Wars, os britânicos Pineapple Thief estão de regresso com mais novidades. Build A World, um dos singles desse disco, acaba de ver a luz do dia em formato EP. O novo trabalho inclui, além de Build A World e de uma remistura desse tema por Dirty HiFi, mais três inéditos.
01. Build A World
02. You Don’t Look So Innocent
03. What Are You Saying
04. You Drew Blood
05. Build A World (Dirty HiFi Remix)
Depois de no Curtas... LXXXVII ter divulgado Departure, Mikey Maleki, o músico norte americano envolvido nos projetos Kodak To Graph e Isle, continua as suas eletrificantes experimentações sonoras e na sua senda de apresentar mensalmente um tema, que irá disponibilizando, em modo ÉFV, através da Bad Panda Records, acaba de divulgar Aurescent, a canção de abril. Aurescent é o tema mais atmosférico da sequência, uma canção com uma percussão intrincada e com a voz peculiar de Mikey a assumir as rédeas. Confere...
Seis anos depois de os Vampire Weekend terem saído da sua toca em Nova Iorque para mostrar ao mundo um indie-rock influenciado por sons e batidas africanas, que culminou num aclamado disco de estreia e após o amadurecimeno patente em Contra, estas características manter-se-ão, com a maior naturalidade possível, no terceiro disco do quarteto, Modern Vampires of the City.
Curta, frenética e dançante, Diane Young é a primeira canção já conhecida desse novo álbum que chegarás às lojas em maio através da XL Recordings.
02. Step