man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Shout Out Louds – Optica
Os suecos Shout Out Louds, uma banda de indie rock de Estocolmo, estão de regresso aos discos com Optica, o quarto álbum da carreira deste grupo formado por Adam Olenius, Ted Malmros, Eric Edman, Bebban Stenborg e Carl von Arbin.
A fria Suécia é, há muito tempo, um enorme nicho de criatividade no cenário da música internacional, nas mais diferentes vertentes e estilos musicais, sendo um dos países de origem de bandas e discos mais citados neste blogue. E um distinto representante desse país para a sonoridade indie pop mais festiva são os Shout Out Louds, que chegam ao quarto álbum de estúdio moderadamente enérgicos, mas amadurecidos e com uma assinalável vitalidade.
Num álbum repleto de guitarras marcantes e competentes harmonias vocais, a abertura com Sugar, uma oscilante jornada entre diferentes timbres e momentos, dá o tom pop que Optica assume até o fim, mas não necessariamente na variação que ele enfrenta. O single Illusions chega e traz consigo os sintetizadores e as cores próprias do resgate à estética sonora da década de oitenta. Depois, há os singles Walking in Your Footsteps e Blue Ice, candidatos a serem canções com elevado airplay, devdo às melodias acessíveis e às letras carregadas de encanto, assim como uma qualidade instrumental que ultrapassa o comum.
Em Optica a banda está definitivamente longe do rock acelerado que se ouvia na bem sucedida estreia Howl Howl Gaff Gaff (2005), e aproximam-se da delicadeza de Our Ill Wills (2007) que também já sustentou o conteúdo de Work (2010). Estamos na presença de doze canções com uma acertada relação entre pianos, sintetizadores e percurssão, conduzidas de forma cuidadosa e onde cada realce sonoro é aproveitado como um complemento sonoro que lentamente recheia o álbum com primazia.
Os Shout Out Louds comprovam mestria na forma como sintetizam diversos elementos instrumentais do passado de forma a torná-los atrativos aos nmais novos e denotam elevado acerto na forma como se dividem em instantes de calmaria e que depois se complementam com explosões melancólicas. Chasing The Sinking Sun e Hermila são os dois temas que mais rompem com o conteúdo dos anteriores lançamentos, já que apresentam o grupo às pistas e ao synthpop, algo que poderão aprimorar nos próximos lançamentos.
Fascinados por Morrissey e nitidamente influenciados por toda a discografia dos The Smiths, em Optica os Shout Out Louds ampliam esta relação instrumental e lírica, até porque há uma forte ligação com a sonoridade firmada em Strangeways, Here We Come (1987), um dos melhores discos do quarteto britânico.
A voz é um dos blocos fundamentais de Optica e com um relevo maior do que aquele que era audível em Work. A já referida Illusions, um tema delicado, radiofónico e bastante inventivo será aquele em que esta faceta vocal melhor se exprime, com o bónus de abarcar e sintetizar toda a míriade sonora que carateriza os Shout Out Louds, desde a sua estreia.
Para quem acompanha os Shout Out Louds desde Our Ill Wills, Optica talvez não traga grandes novidades, mas não há como discordar que o novo álbum consegue deixar para trás alguns erros que o grupo denotou em Work, quando mergulhou num cenário sombrio e pouco inventivo, algo que a banda agora compensa com uma soma cuidadosa de vozes e sons bem explorados. Espero que aprecies a sugestão...
01. Sugar
02. Illusions
03. Blue Ice
04. 14th Of July
05. Burn
06. Walking In Your Footsteps
07. Glasgow
08. Where You Come In
09. Hermila
10. Chasing The Sinking Sun
11. Destroy