01. Seer
02. Mazes
03. Scars
04. Fallout
05. When You Cut
06. Run Around
07. In The Sun
08. Goners
man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Moon Duo – Mazes
Mazes é um daqueles discos que infelizmente já chegam um pouco tarde aos meus ouvidos e acabam por ser divulgados neste blogue ligeiramente fora de horas. No entanto, devido ao seu conteúdo e porque, na minha opinião, estamos na presença de um álbum intemporal e marcante, não o poderia colocar de lado, como já fiz com outras rodelas cuja audição peca por tardia.
Mazes é assinado pelos Moon Duo, uma dupla de São Francisco que se formou em 2009. Os integrantes são Erik Johnson, já conhecido dos Wooden Shjips e Sanae Yamada. Como não podia deixar de ser, o punk e a psicadelia balizam a sonoridade de Mazes porque é dessa cartilha que esta dupla bebe, criando uma sonoridade que assenta num baixo monocórdico e em vocalizações a fazerem lembrar nomes como os Joy Division, Bauhaus ou até mesmo os Motorama.
Sempre admirei a capacidade que as duplas têm de construirem canções assentes numa multiplicidade de instrumentos e são imensos os casos divulgados e exaltados por cá. Como não podia deixar de ser, a fórmula selecionada é muito simples e aquilo que sobressai acaba por ser a genialidade e a capacidade de execução; Nos Moon Duo a sonoridade é constituída por percussão, teclados, guitarra e voz e reina a simplicidade estrutural, algo bem evidente na homónima Mazes, o grande destaque do disco, que remete, no imediato, o grupo para a tal psicadelia. Melodicamente, criam atmosferas notálgicas e hipnotizantes e nos cerca de quarenta e quatro minutos que dura Mazes somos transportados para uma outra galáxia, que terá muito de etéreo, mas também uma imensa aúrea cinzenta, crua e visceral.
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Curtas... LIX
Apesar de possuirem uma sonoridade sombria e algo amargurada, os nova iorquinos Cold Cave sempre souberam como nos fazer dançar. Nos seus trabalhos Wesley Eisold manteve sempre atrativo o limite entre os sintetizadores da década de oitenta e o ritmo ascendente das composições que definem parte da música deste início de século. Com A Little Death to Laugh, o mais novo single da banda temos então mais uma criação que se sustenta em cima de versos sombrios, enquanto uma miríade de reverberações instrumentais cresce de e nos atrai para a pista de dança. Viciante, a música antecipa o que devemos encontrar no próximo disco dos Cold Cave, ainda sem data de lançamento, mas provavelmente agendado para 2013.

Os Coves são uma nova dupla britânica que já chamaram a atenção de Zane Lowe, Huw Stephens, Don Letts and Lauren Laverne, alguns dos críticos musicais mais emblemáticos de terras de sua majestade, nomeadamente devido ao EP de estreia Cast A Shadow, editado no passado mês de maio e disponível para audição no Soundcloud.
A sonoridade dos Coves encontra as suas raízes nos anos sessenta, sendo uma índie rock com alguns tiques habituais da psicadelia.
Uma das canções do EP, Ladder, teve direito a uma remistura pelos conterrâneos TOY, que será lançada no próximo dia oito de outubro pela Cross Key Records, além de terem divulgado uma versão de Wicked Game, um original de Chris Isaac.
A androgenia e a dualidade provocativa entre os géneros masculino e feminino foram sempre a força motriz da música do cantor e compositor norte-americano Mike Hadreas. Responsável pelo projeto Perfume Genius, o músico causou polémica há alguns meses quando, para promover o lançamento de Put Your Back N 2 It apresentou o vídeo de Hood, onde contracenava com um ator de filmes pronográficos. Agora, no vídeo da triste e melancólica Take Me Home, Hadreas volta a brincar com a própria sexualidade, ao passear numa rua de vestido, ligas e salto alto.
Os DIIV são uma das grandes novidades do cenário musical independente nova iorquino em 2012. Formados por alguns membros dos Beach Fossils, têm no garage rock, que dialoga com a recente tendência surf rock que ocupa boa parte do panorama alternativo norte americano e doses indiscretas de uma pop suja e nostálgica, envolta por um clima lo fi, a base para a criação de um dos melhores trabalhos de 2012, Oshin.
Das grandes canções desse, Follow é uma das mais autênticas e cativantes, algo que o produtor Dayve Hawk, dos Memory Tapes, conseguiu conservar na remistura que criou para este tema da banda liderada por Zachary Cole Smith.
Mesmo que oculto por uma camada densa e quase intransponível de ruídos, o hip hop esteve sempre presente na sonoridade da dupla nova iorquina Sleigh Bells. Fosse no clima sufocante de Treats (2010) ou nas construções essencialmente sintéticas do recente Reign Of Terror, o que não faltam são passagens particulares e quase sempre instrumentais por esse género.
É exatamente a valorizar essa particularidade dos Sleigh Bells que o produtor Araabmuzik, talvez aproveitando o fato de andar em digressão com esta dupla, acaba de divulgar uma remistura do tema Never Say Die, um dos destaques de Reign Of Terror.