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3 de rajada... LXI

Segunda-feira, 06.02.12

Na sexagésima primeira edição de  Três De Rajada..., rubrica que parte da minha busca por novidades e pretende dar a conhecer música nova lançada no mercado discográfico, e no dia em que é lançado Le Voyage Dans La Lune, dos franceses Air, destaco esta semana os novos singles dos Friends, Paul MCcartney e Pnau. Toca a ouvir e a tirar ilações...

Friends – Friend Crush


Paul McCartney – My Valentine

 
Pnau - Unite Us

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publicado por stipe07 às 19:12

Ocean City Defender - The Golden Hour

Sábado, 04.02.12

Ocean City Defender é o projeto a solo de K. Preston Merkley, um músico canadiano, natural de Ontário e que no início de janeiro lançou The Golden Hour, o seu EP de estreia e que disponibilizou gratuitamente.

Os Tears for Fears, New Order, Echo & The Bunnymen, M83 e os Phoenix são referidos como as principais influências destes Ocean CityDefender, que apresentam neste EP canções que combinam a melodia e o imediatismo inerente à pop dos anos sessenta, com a profundidade e atmosfera dos anos oitenta. A sua sonoridade é peculiar e um pouco mais nostálgica que a maioria das propostas que vêem deste país relacionadas com este género sonoro e não há aqui lugar a grandes arranjos; O som é cru, apenas com algum reverb nas guitarras. E quanto a mim, ainda bem que houve esta opção sonoramente mais orgânica. Espero que aprecies a sugestão...

01. The Freddy Shelly Throat Punch
02. Movement
03. The Golden Hour
04. The Sporting Life
05. Balance Of Terror

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publicado por stipe07 às 14:45

The War On Drugs - Slave Ambient

Sexta-feira, 03.02.12

Antes deterem aparecido todas aquelas bandas carregadas com uma sonoridade suavemente suja e lo fi dos anos noventa e da psicadelia dos anos sessenta, já um senhor chamado Adam Granduciel antecipava tais futuras tendências através de trabalhos caseiros construídos na primeira metade da década passada. Este músico norte americano e a sua sonoridade descomprometida e apimentada com pequenos delírios acústicos foi aos poucos transformando-se numa referência para vários artistas em início de carreira, atingindo o apogeu quando lançou Wagonwheel Blues, o primeiro álbum através dos The War On Drugs, através da Secretly Canadian, a editora de sempre da banda. Granduciel já transitava pelas texturas sonoras desse disco, feitas também com algum surf rock, desde 2005, através de uma sequência de EPs. Em 2010, ao lançar Future Weather EP, o músico original de Filadélfia, Pensilvânia, deixava algumas pistas daquilo que encontraríamos nos futuros lançamentos, propondo agora uma sonoridade muito mais abafada e suja, mas ainda assim solta e etérea. Nesse EP já se podia ouvir Baby Missles e Brothers, dois dos grandes destaques de Slave Ambient, o álbum que consolida definitivamente a carreira deste músico no panorama musical e dos seus The War On Drugs,  banda que fica completa com Dave Hartley, no baixo e nas guitarras e Mike Zanghi, na bateria e outros instrumentos de percussão.

Este Slave Ambient apresenta várias novidades relativamente a Wagonwheel Blues, inclusivamente dentro da instrumentação do álbum, com uma musicalidade menos restrita ao formato acústico. A prova disso está em Your Love Is Calling My Name, a canção mais extensa do disco e que inova por apresentar uma sonoridade acelerada, assente no uso de guitarras e dona de uma propriedade musical completamente oposta ao retratado no anterior disco. Esta canção é um verdadeiro postal de portentosas guitarras e de respiração acelerada e a voz de Granduciel soa a algo como um cruzeiro a alta velocidade, abastecido por sintetizadores enérgicos e dançáveis.

Contudo, mesmo apresentando momentos de pura renovação, o álbum decalca também o que já havia de mais tradicional e folk dentro da banda. Músicas levemente sombrias, como It’s Your Destiny e Best Night, captam o ouvinte e sugam-no para dentro da fluidez vagarosa do álbum e também se pode escutar devaneios post punk, nomeadamente em Come To The City e psicadelismos étereos, carregados de reverb, nomeadamente na já citada It's Your Destiny. Tudo isto é possível porque, numa espécie de casamento sem direito a divisão de bens, a electrónica sofisticada une-se ao cariz sonhador denso, parindo uma intensidade languida e preguiçosa, cheia de groove e as cores da pop juntam-se à fórmula clássica do rock para criar um disco bem ao estilo dos cantautores e trovadores vindos da terra do Tim Sam, nomeadamente Bruce Springsteen e Tom Petty, duas referências evidentes dos The War On Drugs.

Slave Ambient não vai mudar as nossas vidas, mas promete relaxar. Acaba por ser um disco que parece ter sido gerado num cenário verdejante e apesar do nome da banda ser, por si só, um prenúncio virulento para o que se pode ouvir, é uma bela banda sonora para encarar a vida com uma leveza imediata e soalheira e para dar um daqueles mergulhos de mar, num final da tarde em pleno verão.

Não finalizo sem destacar a já citada Secretly Canadian, etiqueta responsável pela edição deste Slave Ambient e por Porcelain Raft, o último disco do projeto Strange Weekend e que analisei há alguns dias. Esta editora merece já um lugar de destaque no universo alternativo e os seus lançamentos irão continuar a merecer a minha atenção. Espero que aprecies a sugestão...

1 Best Night
2 Brothers
3 I Was There
4 Your Love Is Calling My Name
5 The Animator
6 Come to the City
7 Come For It
8 It's Your Destiny
9 City Reprise #12
10 Baby Missiles
11 Original Slave
12 Black Water Falls

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publicado por stipe07 às 15:28

Happy Particles – Under Sleeping Waves

Quinta-feira, 02.02.12

Os Happy Particles são uma banda escocesa formada por Gordon Farquhar (bateria, percussão), Al Doherty (guitarra, baixo), Steven Kane (guitarra, voz, piano), Graeme Ronald (baixo), Ricky Egan (guitarra) e James Swinburne (piano, saxofone). O disco de estreia, Under Sleeping Waves, misturado por Iain Cook, saiu no dia de natal e foi disponibilizado no Bandcamp do grupo.

Antes de mais convém dizer que parece-me que Under Sleeping Waves foi um disco quase que arrancado a ferros. Durante imenso tempo a banda andou à procura em vão de uma editora e como nunca conseguiu que aceitassem o seu trabalho, resolveram lançar o disco através da plataforma Bandcamp. E parece estranha tal recusa porque alguns músicos dos Happy Particles têm já pedigree no mundo da música e na Escócia natal. Assim, e como foi lançado no dia de natal, este disco acabou por ser uma espécie de presente envenenado para a indústria musical porque parece-me que muitas editoras vão-se arrepender no futuro da não opção que tomaram.

A sonoridade de Under Sleeping Waves remete de imediato para os Sigur Rós, seguramente a maior influência musical dos Happy Particles. É uma sonoridade cristalina, etérea, frágil e muitas vezes glacial. A produção espaçosa e sensível de Robin Sutherland faz com que muitas das canções respirem cada vez melhor ao longo da audição e que cresçam gradualmente. Mas este disco também tem alguns extremos; Se Steven Kane opta pelo sussurro e pelo falsete como as principais técnicas na vocalização, o que cai que nem ginja neste tipo de sonoridade, às vezes também sobe no registo vocal e serpenteia por outros acordes mais graves. De fato, a voz de Steven ganha destaque logo desde o início, já que constitui o elemento central  de Aerials; Quase sempre à deriva e acompanhada por uma instrumentação mínima, a voz faz quase todo o trabalho aqui. Mas o meu grande destaque do álbum vai para Infinite Jet; Nesta canção existe o tal crescendo, comandado por uma linha de baixo, à qual vai sendo acrescentada uma guitarra melódica, um som de órgão eclesiástico e a voz de Steven. E de repente toda a música começa a desacelerar, provocando um efeito sonoro muito estranho, mas belíssimo até porque é executado na perfeição. Slowness é outra música que deve ser ouvida com atenção até porque tem tudo a ver com o inverno. Começa com umas batidas, que ecoam depois no meio de algumas cordas que vão sendo acrescentadas juntamente com a voz, que se envolve nelas. Depois toda a canção desenvolve-se numa espécie de sinfonia em escala reduzida, deixando sempre para as cordas o protagonismo principal.

Offline Contact tresanda a Mogwai, nomeadamente na guitarra e na bateria sólida e como termina lentamente vai encaixar na perfeição em Reprise que funciona com um interlúdio para segunda parte do disco. Logo se seguida a lenta Come Home All Dead Ones inclui uma melodia de guitarra curiosamente brilhante e otimista, que ecoa insistentemente antes do final calmo. E se todo este brilhantismo e esta sensação de tranquilidade e meditação começa a parecer já um pouco aborrecida,  surge na hora certa Empty Circle, canção que toma um rumo um pouco mais ousado. Começando com uma melodia cíclica e uma batida imponente, a determinada altura explode, mas de forma controlada, brilhante e comoventemente épica. O disco termina com mais duas jóias cintilantes e sedutoras e dosci temrina com uma confiança e uma serenidade próprias de algo que foi planeado, executado e elaborado até ao mais ínfimo pormenor. Durante o tempo que passei a ouvir Happy Particles pareceu-me que o mundo em redor girou a metade da velocidade normal e trouxe-me algum calor e conforto, sempre indispensáveis neste inverno sombrio. Espero que aprecies a sugestão...

01. Aerials
02. Infinite Jet
03. Slowness
04. Guide Dogs Of The Inner Cities
05. Offline Contact
06. Reprise
07. Come Home All Dead Ones
08. Empty Circle
09. Classes In Silence (For Jess)
10. AM Sky (Bleary)

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publicado por stipe07 às 21:22

Tribes - Baby

Quarta-feira, 01.02.12

Depois de em outubro do ano passado ter apresentado com relativo entusiasmo estes britânicos Tribes, devido ao lançamento de alguns EPs que antecipavam o primeiro disco, eis que finalmente ele chega, já em 2012, com Baby a ser apropriadamente o título escolhido. Um desses EPs incluia We Were Children, single que fez a banda estourar na sua terra natal, Inglaterra e que garantiu a presença deste quarteto em festivais importantes, além de lhes ter dado a oportunidade de dividirem palco com grandes nomes do rock, como os Pixies e os Mystery Jets. Esta exaltação repentina também fez os Tribes figurarem nas haibtuais listas de bandas para ficar de olho em 2012 e recebeu de alguma crítica a ingrata missão de salvar o pouco de dignidade que ainda resta ao rock.

A teoria de que o rock n'roll morreu é, há bastante tempo, um assunto recorrente nas discussões sobre música. Nessas discussões é frequentemente aventada a necessidade de aparecer um novo profeta do rock, apesar de haver quem defenda que a era dos conjuntos baseados na  triologia guitarra, baixo, bateria já chegou ao fim.  Ninguém sabe ao certo o porquê da crise de popularidade do rock; Se é o resultado apenas da saturação do formato, ou simplesmente culpa da indústria que percebeu que pode lucrar mais com outros estilos. A verdade é que as boas novidades são cada vez mais raras, mas volta e meia poderá nascer numa garagem qualquer um grupo que pode ser uma solução momentânea para a crise, ou para, pelo menos, melhorar o estado de saúde de um doente terminal que precede a sua morte repentina.

Estes Tribes parecem querer ter uma palavra a dizer nesse processo redentor com este  Baby, um álbum que promete render outros sucessos além da já citada We Were Children. Esta canção vem direitinha dos anos noventa, com um riff praticamente samplado de Were Is My Mind (1988), dos Pixies. E tanto este single como o restante álbum procuram colmatar as saudades e a nostalgia da década de noventa, uma fase das nossas vidas em que ainda se podia brincar na rua, os programas na televisão eram incríveis e o rock sabia muito bem.  E os Tribes não fazem distinções, nem querem que a balança penda para um dos lados; Como influência tanto lhes serve a britpop como o grunge americano.

Nas letras do disco, Johnny Lloyd, vocalista, guitarrista e principal compositor do grupo, faz referências a este passado; These things happen, we were children in the mid 90′s, diz o refrão de We Were Children. Na balada Corner  of an English Field, por exemplo, Lloyd revisita os lugares onde costumava brincar na infância. O álbum continua repleto de canções melancólicas e ligadas a memórias urbanas, mas a principal característica da sonoridade dos Tribes é mesmo o DNA dessa década, também notório em Sappho e Walking in The Streets.

As grandes bandas que revolucionaram o rock sempre se inspiraram em algum período do passado, porém, Baby não é um álbum que traz uma novidade arrebatadora e algumas canções até soam demasiado familiares. Mas, apesar deste aparente défice de novidade, a estreia dos Tribes não decepciona e muito provavelmente, não sendo este o disco que vai dar nova vida ao rock, é uma ótima opção para se ouvir enquanto se espera a salvação. Espero que aprecies a sugestão...

Tribes - Baby

01. Whenever
02. We Were Children
03. Corner Of An English Field
04. Half Way Home
05. Sappho
06. Himalaya
07. Nightdriving
08. When My Day Comes
09. Walking In The Street
10. Alone Or With Friends
11. Bad Apple

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publicado por stipe07 às 19:56


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