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The Feelies - Here Before

Terça-feira, 14.02.12

Depois de quase vinte anos sem lançarem um disco, tempo suficiente para se achar que nunca mais voltariam, apesar de ao longo destes anos todos terem deixado marcas em bandas como os The Strokes, Pixies ou R.E.M., para citar apenas alguns pupilos bem conhecidos, os The Feelies, banda de New Jersey liderada por Glenn Mercer, após reunirem-se em 2008 para alguns concertos, lançaram em 2011 Here Before, um novo disco de originais e o quinto da banda, material novo que soa muito natural, honesto, casual, confortável e extremamente fiel à sonoridade da banda. Este regresso merece ser partilhado, principalmente porque o disco é muito bom e o grupo está naquela idade em que não precisa de provar nada a ninguém! Já agora, acrescento que a banda estreou-se nos álbuns em 1980 na etiqueta Stiff Records com o aclamado Crazy Rhytms e o segundo disco, The Good Heart, só foi lançado seis anos depois e até 1991, data da separação, editaram mais dois discos. já agora, além do citado Gleen Marcer, os The Feelies são formados por Bill Million (compositor, vocalista, guitarrista), John J. (baixista) e Dave Weckerman (baterista).

A sonoridade tipicamente indie e universitária que tanto imperou nos anos 80 nos Estados Unidos e da qual os R.E.M. foram o espoente máximo, é a que norteia o grupo. E hoje, em tempos onde é cool ser indie e alternativo, este tipo de sonoridade soa mais fresca que nunca, o que vai fazer com que certamente conquistem novos ouvintes com este Here Before.
O disco não vai fazer ninguém dar pulos de alegria e contentamento, mesmo para quem eventualmente já conheça os The Feelies. Mas Here Before ganha força e empatia a cada nova audição. Não há grandes momentos específicos de destaque, as músicas são contidas e sustentam-se na simplicidade e no bom gosto de pequenos detalhes, como os acordes de So Far, as vozes em camadas de Should Be Gone, o baixo melódico de When You Know, os solos inesperados de Way Down e Change Your Mind, ou a bateria inicial de Later On.
Here Before tem momentos que gritam pelos Velvet Underground e até algumas vozes soam bastante a Lou Reed. É um daqueles discos que esconde a sua complexidade na simplicidade e estas boas canções mostrarão aos novos fãs que irão surgir, tenha a certeza disso, como o rock pode ser básico e ao mesmo tempo encantador, divertido e melancólico, sem muito alarde. Os The Feelies são certamente um conjunto de músicos na meia idade que gostam muito de tocar juntos e são necessários hoje para reafirmar a virtude da paciência. Espero que aprecies a sugestão...

The Feelies, “Should Be Gone” (via Pitchfork)

 

01. Nobody Knows
02. Should Be Gone
03. Again Today
04. When You Know
05. Later On
06. Way Down
07. Morning Comes
08. Change Your Mind
09. Here Before
10. Time Is Right
11. Bluer Skies
12. On And On
13. So Far

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publicado por stipe07 às 13:15

The Narcoleptic Dancers – Never Sleep

Segunda-feira, 13.02.12

Johnny Van Kappers era um futebolista holandês com uma carreira bastante interessante na década de setenta. Em 1978 transferiu-se do HFC Haarlem para o AS Saint-Etienne e apaixonou-se por uma apoiante do clube. Casaram e dessa união nasceu Melody Van Kappers, no ano de 1990 em Haarlem, uma criança cujo principal passatempo era brincar com instrumentos. No entanto, antes desse amor, o futebolista teve um outro affaire com uma francesa que deu frutos; Anton Louis Jr nasceu em Saint Etienne, em 1979 e foi abençoado com uma vox extraordinária que foi precocemente aproveitada. Cresceu no meio da natureza, a ouvir música folk pela qual a mãe era apaixonada e assim, também impulsionado pelo avô que adorava música, tornou-se músico, cantor e vegetariano. No início deste século Melody e Anton conhecem-se finalmente, numa festa de família em Haarlem, impulsionada pela esposa de Johnny e mãe de Melody, que sabia do affaire anterior do marido e achava que a restante família deveria conhecer Anton. A empatia entre os dois irmãos é imediata e um ano depois, no funeral do pai de ambos, decidem formar uma banda e dar-lhe o nome de The Narcoleptic Dancers, em homenagem ao pai, que tinha essa alcunha dos tempos de futebolista, por causa do seu penteado e do drible peculiar. Depois de a vinte e oito de junho de 2010 terem lançado o EP Not Evident, no passado dia 26 de setembro lançaram o disco de estreia, este Never Sleep que tenho andado a ouvir.

Never Sleep é um disco com peças sonoras doces e suaves e assentes numa pop mais direta. As canções têm a delicadeza e a suavidade do algodão, melodias subtis, relaxadas e encantadoras. A voz de Melody é luminosa e arejada e acompanha na perfeição as composições e a experimentação musical de Anton. O primeiro single retirado do álbum, Rastakraut, é uma canção muito alegre e que comprova na perfeição esta harmonia entre os dois irmãos.

E ao longo do disco encontramos as mais diversas referências, desde Pizzicato Five aos B-52, passando pelos admiráveis Saint Etiénne e por Feist, uma influência evidente em Moon Thrill e na própria Rastakraut, por exemplo. As minimalistas Again and Again e Little Clown também são grandes momentos, inteligentes e viciantes. E não falta até uma pequena amostra de surf rock em Cowboy Dust.

As letras são bem trabalhadas e o produto final é uma fatia sucinta de pop harmoniosa e particularmente agradável e eficaz. Os The Narcoleptic Dancers demonstram não ter receio de cantar e compôr com o coração, para expôr sentimentos com sinceridade, encanto e doçura. Espero que aprecies a sugestão...

01. Not Evident
02. Rastakraut
03. Sweet And Soft
04. Dusty Cowboy
05. Moon Thrill
06. Life Goes On
07. Unique Tree
08. Again And Again
09 Bakerloo
10. Little Clown
11. Unique Tree (Demo)
12. Rastakraut (Demo)
13. In The Dark (Bonus Track)

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publicado por stipe07 às 19:52

3 de rajada... LXII

Segunda-feira, 13.02.12

Na sexagésima segunda edição de  Três De Rajada..., rubrica que parte da minha busca por novidades e pretende dar a conhecer música nova lançada no mercado discográfico, e no dia em que é lançado The Pines, dos Phantom Limb, destaco esta semana os novos singles de Allo' Darlin, Goldfrapp e Snow Patrol. Toca a ouvir e a tirar ilações...

 

Allo' Darlin – Capricornia


Goldfrapp – Melancholy Sky

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publicado por stipe07 às 14:03

San Cisco - Awkward EP

Domingo, 12.02.12

Os San Cisco são uma dupla natural de Perth, na Austrália e formada por Jordi James (guitarra, voz e teclados), Josh Biondillo (guitarra, voz), Nick Gardner (baixo) e Scarlett Stevens (bateria). Admitem que são influenciados por bandas como os MGMT, Vampire Weekend, e Flaming Lips e acabam de lançar Awnkward, o segundo EP da banda, através da Independent/MGM, gravado em Melbourne e produzido por Steven Schram. O EP de estreia chamava-se Golden Revolver e recebeu críticas bastante favoráveis, quer na Australia, quer a nível internacional, nomeadamente nos Estados Unidos, onde o single Golden Revolver tocou com frequência em muitas estações de rádio. Além disso, foi na cidade de Nova Iorque que gravaram o vídeo de Girls Do Cry, o segundo single desse primeiro EP.

O primeiro single deste EP é a homónima Awkward, canção que foi escrita em pleno estúdio, apenas numa tarde, sendo interpretada pelo baterista Scarlett, a meias com Jordi. Também apreciei muito Rocket Ship, uma canção mais calma e comandada por um piano, ao qual se acrescentam alguns tambores e a voz de Davieson, conduzida por um teclado brilhante. Outro destaque do EP é 505, uma cover dos Arctic Monkeys, mais densa e atmosférica que o original.

Os San Cisco tiveram um ano de 2011 bastante ocupado; Tocaram no FUSE Festival de Adelaide e no BIGSOUND de Brisbane, além de terem servido de banda de suporte em digressões dos Architecture in Helsinki, dos The Grates e dos Jebediah & Kimbra. Espero que aprecies a sugestão...

01. Awkward
02. Rocket Ship
03. Lover
04. 505
05. Reckless

 

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publicado por stipe07 às 18:10

Light FM – Buzz Kill City

Sábado, 11.02.12

Os Light FM são uma banda com sede em Los Angeles, mas que se formou bem no coração da América, nomeadamente em Chicago, liderada por Josias Mazzaschi. Os restantes membros são Nicki Nevlin no baixo, Jimmy Lucido na bateria e Wheeler Savannah nos teclados. O grupo tem já um culto alargado no país natal; Além de terem andado em digressão com os Smashing Pumpkins, os Ra Ra Riot, os Grandaddy e os The National, participaram am vários programas de televisão norte americanos. Lançaram no passado dia um de outubro, Buzz Kill City, o segundo disco da discografia da banda.

A sonoridade de Buzz Kill City é dominada inteiramente pelas guitarras e não é propriamente um disco fácil de ouvir. Os Light FM parecem querer ao longo do disco esmurrar o ouviente com várias camadas sonoras, quase sempre cruas e com alguma distorção.

Logo a abrir, Mercy é conduzida por uma guitarrada com um riff acompanhado por uma voz nasal a fazer lembrar Billy Corghan. A bateria é tocada de forma irrepreensível e os teclados sintetizados dão à canção um charme muito próprio. Estes teclados acabam por se fazer ouvir em várias canções, nomeadamente em Last Chance, uma brilhante canção indie pop, com um refrão simples e contagiante.

Outras canções que merecem ser ouvidas são Homeless Love Anthem e Ode To Hollywood, a primeira bastante influenciada pela synth pop dos anos oitenta e conduzida pela bateira e pelas guitarras e a outra com arranjos que misturam rock alternativo com tiques da new wave, resultando numa sonoridade muito à Sonic Youth. Aliás, a plástica Hollywood, cidade das ruturas e dos sonhos perdidos, é uma temática muito presente ao longo do disco.

No geral, Buzz Kill City é um disco talvez demasiado cru, com canções que poderiam conter uma maior delicadeza nos arranjos e centelhas de algo mais melódico; No entanto, tendo em conta que canções como Kill The Landlord e a já citada Mercy mostram um potencial enorme, é este o álbum que está a levar os Light FM para a ribalta, numa espécie de viagem sonora em que somos levados por uma experiência voyeurista através de ritmos cativantes e letras bastante biográficas e, por isso, sinceras. Espero que aprecies a sugestão...

01. Mercy
02. Last Chance
03. For Better Or Worse
04. Homeless Love Anthem
05. Thrown Against A Wall
06. Indirect Communication
07. Kill the Landlord
08. $5 Paradise
09. Ode To Hollywood
10. Bad Gene

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publicado por stipe07 às 16:45

Imperial Teen - Feel The Sound

Sexta-feira, 10.02.12

Os Imperial Teen são uma banda natural de são Francisco e com uma carreira bem vincada no cenário indie norte americano, já que editaram o álbum de estreia em 1996. O grande mentor do grupo é Roddy Bottum, antigo teclista dos Faith No More e editaram no passado dia trinta e um de janeiro este Feel The Sound, através da Merge Records,  o quinto álbum da banda e que sucede a The Hair The TV The Baby And The Band, de 2007. Os restantes membros da banda são o baixista Jone Stebbins, o guitarrista Will Schwartz e o baterista Lynn Perko Truell.

 

Feel the Sound contém um conjunto de canções melodicamente frescas, brilhantes e exuberantes, quase sempre conduzidas por uma sólida linha de baixo. Abre com Runaway, para mim o grande destaque do disco e que me fez chamar a atenção para ele; É uma música conduzida por um teclado convencional, mas com uma sonoridade bastante atmosférica, sinfónica e que faz a canção parecer que se ouve de um só e longo fôlego, até porque é cantada pelos quatro membros da banda. Também gostei muito de All The Same, uma canção que sabe a melancolia e saudade, mas pouco depois Out From Inside, uma pérola indie, alivia e alegra de novo o ambiente.

Ouve-se, ao longo do disco, uma espécie de pop sinfónica e melancólica, que me fez em alguns momentos recordar os Sparks, mas também, imagine-se, fogachos de Justice, Cut Copy e até Kraftwerk. Por isso, percebe-se que os Imperial Teen são uma banda confortável na sua própria pele, mas que também não têm medo de abraçar o inesperado, nomeadamente a pop eletrónica dos anos setenta, neste caso concreto.

Feel The Sound acaba por ser um álbum bastante sólido e despretensioso, com uma exuberância doce e juvenil, apenas com o senão de transparecer, em alguns momentos, um receio de dar maior pujança às guitarras e uma sonoridade um pouco mais rock. A única vez em que o fazem, e bem, é no excelente e aditivo refrão de Last To Know, uma canção que dará certamente um single. E talvez seja por não se arriscarem tanto nos décibeis e não passarem um pouco essa fronteira, que Feel The Sound, não se torna num disco memorável.

Muitas bandas perdem o ímpeto ao longo do tempo, mas há outras que amadurecem sabiamente e potenciam a sua personalidade criativa à medida que lançam discos, tocam juntos e a amizade no seio da mesma cresce. E se no universo indie há bandas fantásticas, que deixarão para sempre um legado, mas que querem ser extremamente profissionais no processo criativo, independentemente da atmosfera depressiva que essa obsessão possa causar no seio do grupo (lembro-me, de repente, dos Arcade Fire), há outras que apenas se querem divertir e compor, despreocupadamente e sem timings, a música que gostam. Espero que aprecies a sugestão...

01. Runaway
02. No Matter What You Say
03. Last To Know
04. Over His Head
05. Hanging About
06. All The Same
07. Don’t Know How You Do It
08. Out From Inside
09. The Hibernates
10. It’s You
11. Overtaken 

Imperial Teen - Runaway by MergeRecords

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publicado por stipe07 às 15:41

Sharon Van Etten – Tramp

Quinta-feira, 09.02.12

Como todos sabemos, Brooklyn, um dos bairros mais conhecidos da cidade que nunca dorme, é o berço de incríveis manifestações artísticas e um lugar de diversidade e multiplicidade de géneros culturais. E Sharon Van Etten, cantora e compositora folk, nascida em New Jersey, é uma das figuras cativantes e encantadoras que dão charme à nova cena acústica nova iorquina. Dona de uma voz elegante e agradável, Van Etten distingue-se da maioria das cantoras do género com uma originalidade e personalidade única que transmite em cada canção que compõe. Num tempo em que se multiplica uma euforia que dificilmente entendo por uma tal de Lana Del Rey, que considero mais um produto pop bem fabricado, é esta Sharon a nova voz feminina que me tem encantado.

Tramp é o nome do terceiro álbum de estúdio da cantora, lançado através da Jagjaguwar, sucedendo a Because I Was In Love (2009) e Epic (2010). Confesso que não conheço estes discos anteriores, mas Tramp soa-me bastante pessoal e introspetivo. Nele, Sharon explora muito bem diversas influências e a produção a cargo de Aaron Dessner (um dos integrantes dos The National), deve ter sido decisiva para esta diversidade. É um álbum seguro, intenso e maduro, assente numa folk rock espiritual, com canções convincentes e enérgicas, mas sem ter a pretensão de soar épico.

Van Etten demonstra logo na segunda canção, a suave Give Out, que a sinceridade é um dos focos das letras e a voz da cantora inspira momentos solitários e melancólicos, como se Van Etten quisesse compartilhar com os ouvintes as suas lembranças e histórias. Este lado mais sereno da cantora irá seguramente cativar um número considerável de fãs que admiram harmonias delicadas. A cantora escreve sobre o que conhece e consegue ser suave, intensa, ou até mesmo agressiva quando quer, sem perder a elegância.

no fundo, acaba por haver neste Tramp uma evidente sofisticação musical que encaixa perfeitamente com o ar intimista e calmo das canções, resultando num disco nostálgico e de beleza singular. É a prova final de que Sharon Van Etten é dona de uma voz poderosa e impressionante e que veio para ficar definitivamente. Espero que aprecies a sugestão...

01. Warsaw
02. Give Out
03. Serpents
04. Kevin’s
05. Leonard
06. In Line
07. All I Can
08. We Are Fine
09. Magic Chords
10. Ask
11. I’m Wrong
12. Joke Or A Lie

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publicado por stipe07 às 21:05

The Big Pink – Future This

Quarta-feira, 08.02.12

O disco de  estreia da dupla The Big Pink, A Brief History Of Love (2009), causou impacto no cenário musical alternativo britânico e foi suficiente para deixar a crítica musical a salivar pelo sempre difícil segundo álbum, este Future This que ouvi recentemente. Pelo que li, parece que este segundo trabalho rompe com a sonoridade do primeiro álbum, sendo considerado mais restrito em termos de abrangência de estilos e muito mais linear e homogéneo. No entanto há também quem o considere mais colorido, dançante, aberto e alegre que o A Brief History Of Love, disco que incluia Dominos, uma música que em 2009 me causou muito boa impressão.

Produzido pelo premiado Paul Epworth (Adele, Florence and the Machine), Future This tem uma sonoridade simples e hi-fi, com destaque para os  singles Stay Gold e Hit The Ground (Superman); Mas, apesar da tal linearidade, há também aqui alguma eletrónica, nomeadamente em Rubbernecking, uma das melhores canções do disco. Apoiada numa belíssima melodia vocal falada e suave, a canção ganha brilho e pujança com o ótimo e robótico refrão.

A banda afirmou em janeiro em entrevista à NME em janeiro que este Future This seria marcado por uma forte influência do hip-hop. Confesso que senti dificuldade em descortinar essa tendência, mas há inúmeros elementos interessantíssimos distribuídos ao longo das canções que compõem Future This, que me fizeram sentir alguma curiosidade em ouvir A Brief History Of Love, até para tentar entender a posição de alguns críticos e se a tal mudança de rumo é tão vincada como se diz. Se assim for,  este Future This representa uma corajosa mudança, até porque é um disco recheado de boas músicas, que contam histórias curtas e sinceras e que certamente rodarão nos próximos tempos nas melhores rádios alternativas. Espero que aprecies a sugestão...

01. Stay Gold
02. Hit The Ground (Superman)
03. Give It Up
04. The Palace
05. 1313
06. Rubbernecking
07. Jump Music
08. Lose Your Mind
09. Future This
10. 77

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publicado por stipe07 às 20:19

Air - Le Voyage Dans La Lune

Terça-feira, 07.02.12

O novo disco dos Air, editado hoje através da Virgin e com direito a site oficial, chama-se Le Voyage Dans La Lune e faz uma homenagem ao filme do compatriota francês George Méliès, um dos percussores do cinema, que lançou em 1902 o filme experimental Viagem à Lua. A importância de tal obra cinematográfica, de apenas catorze minutos, é enorme porque pode ser considerado como o primeiro filme de ficção da história do cinema, num tempo em que essa forma de arte retratava, na maioria das vezes, o quotidiano. Méliès conseguiu oferecer uma fantasia que almejava o entretenimento puro e simples e abriu as portas do fantástico no cinema.

Diversão e entretenimento puro e simples não são bem o DNA dos Air, mas a banda tem a qualidade e o charme suficientes para embarcar numa viagem deste género. O disco tem algumas participações especiais, nomeadamente de Victoria Legrand, a diva dos Beach House, em Seven Stars e da banda Au Revoir Simone, em Who Am I Now?, que interrompem ambientes digitais e funk, já que a viagem é quase toda instrumental. O primeiro avanço é mesmo Seven Stars e a participação de Victoria encaixa como uma luva no universo electro dream pop do duo francês. A sonoridade do álbum mantém a mesma dose de mistério e fantasia que o filme, não faltando os foguetes espaciais, os curiosos em terra alheia e os alienígenas que se descobrem antes do regresso à Terra. As onze canções são construídas de forma bastante orgânica, carregadas de piano, bateria e outros elementos que nos tiram do chão em direção ao espaço.

Acaba por ser um álbum que abarca todas as influências plasmadas na discografia dos Air; Não é a primeira vez que a dupla francesa se arrisca numa banda sonora e acabam por haver aqui, naturalmente, alguns tiques sonoros em comum com o The Virgin Suicides. Mas a melhor novidade durante a audição deste Le Voyage Dans La lune é perceber que aproxima a banda dos primeiros discos, nomeadamente o Moon Safari.   

A lua sempre foi uma das minhas maiores confidentes, confunde-se com a minha personalidade , moldou-a e sempre me disse muito. Por isso, se um disco relacionado com a lua já se tornaria obrigatório para mim, um álbum que pretende servir de banda sonora para um filme incrível e que retrata de forma fantástica e sonhadora uma viagem a esse astro, ganha um cariz absolutamente fundamental na minha discoteca particular, ainda mais quando nela pode ser encontrada toda a discografia desta dupla francesa.

Se nos últimos álbuns perdeste o contato com Godin e Dunckel, este Le Voyage Dans La Lune pode ser o bilhete de retorno necessário para reencontrares de novo os Air que aprecias, porque a viagem à lua será garantida! O lançamento terá uma edição especial que acompanha um DVD com a íntegra da versão do filme sonorizada pela dupla. Espero que aprecies a sugestão...

Air - Le Voyage Dans La Lune

01. Astronomic Club
02. Seven Stars
03. Retour Sur Terre
04. Parade
05. Moon Fever
06. Sonic Armada
07. Who Am I Now?
08. Décollage
09. Cosmic Trip
10. Homme Lune
11. Lava

 
E o filme... 

www.facebook.com/intairnet

www.ilike.com/artist/Air

www.youtube.com/airofficial

www.thevinylfactory.com

twitter.com/airofficial

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publicado por stipe07 às 19:06

For The Anteaters – Forget Me Gently

Segunda-feira, 06.02.12

Os For The Anteaters são uma banda britânica influenciada por nomes tão sonantes como os conterrâneos Blur e Radiohead e os TV On The Radio e que se auto intitulam como uma cartoon band. O projeto é liderado por Johnny Howells e no passado dia três de janeiro editaram Forget Me Gently, o segundo disco de originais do grupo que, tal como o antecessor, está disponível para download gratuito no bandcamp da banda.

O grande destaque do disco é mesmo o single Red Kite, mas todo o álbum merece uma audição atenta. Espero que aprecies a sugestão...

For The Anteaters - Forget Me Gently

01. Don’t Waste Your Sympathy
02. That Look In Her Eyes
03. Expressionless
04. People In My Head
05. I Love The Way I Missed You
06. Sweet Darkness
03. Red Kites
08. Claustrophobic

09. What We Become
10. Rust
11. Family
12. Forget Me Gently
13. If Only

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publicado por stipe07 às 19:16







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