man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
We Invented Paris - We Invented Paris
Os We Invented Paris são descritos por eles próprios como um coletivo europeu baseado na Suíça e à cerca de um ano que andam na estrada, a preparar o lançamento de We Invented Paris o disco homónimo de estreia. Assim, em 2011 conseguiram visitar mais de cinquenta cidades europeias e tocar à volta de setenta concertos, incluindo colaborações com outros grandes nomes da indie, nomeadamente os Pains Of Being Pure At Heart.
Todas as músicas deste disco de estreia são heterogéneas e individuais, cada uma com traços próprios, que conseguem dar uma atmosfera diversificada ao álbum. É muito difícil encontrar uma banda estreante e com pouco tempo de estrada já com tanta carga emocional e maturidade musical. Sem uma narrativa principal definida, este We Invented Paris acaba por ser, paradoxalmente, um álbum circular, onde cada canção se interliga com a seguinte.
A sonoridade da banda é extremamente acessível e surpreendentemente imediata. Dá para notar isso logo no primeiro single, a polida Iceberg. O álbum é cheio de momentos graciosos e suaves, com uma delicadeza notável e uma sensibilidade que se destaca. Durante alguns períodos, remete para os Death Cab For Cutie, nomeadamente para o clássico Plans, de 2005, mas também me soou em alguns instantes ao disco de estreia dos Grouplove, Never Trust A Happy Song e ao Belong dos próprios Pains Of Being Pure At Heart, ambos lançados em 2011.
Sendo melódico e algumas vezes triste, não se pode também dizer que o álbum seja sombrio, já que os We Invented Paris conseguem ter a arte de separar muito bem a melancolia da severidade, tratando a tristeza de forma leve e elegante e na dose perfeita.
Não são muitas as bandas que conseguem agregar tantos géneros musicais diferentes num só trabalho, mas neste We Invented Paris encontramos folk, indie pop, e outros subgéneros, tudo tocado com violas que soam eufóricas, guitarras tímidas e batidas contagiantes. Todas as canções são singles em potência, desde a alegria suave simples de Bubbletree à inquietação e angústia de Silence e a música deles simplesmente flui. Por tudo isto este We Invented Paris é um trabalho que vale a pena ouvir muitas vezes e aproveitar cada audição de forma diferente.
Em suma, estamos na presença de um disco cheio de altos e baixos, que desperta múltiplas sensações e que demonstra que esta banda suiça já se sente bastante à vontade e confortável dentro da sonoridade criativa que pretende seguir. Espero que aprecies a sugestão...
01. Ouverture
02. The Busker
03. A View That Almost Kills
04. Iceberg
05. Kyrie
06. Lonely Ego
07. Public Places
08. Bubbletrees
09. Boheme
10. Tiny
11. Nothing To Say
12. More
13. Silence
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Estreia da semana - The Descendants.
Com quase cinquenta e um anos, George Clooney volta esta semana aos cinemas do nosso país com Os Descendentes, o novo filme de Alexander Payne.
O ator que atualmente protagoniza os anúncios da Nespresso começou a sua carreira em 1978, somando pequenos papéis em séries de televisão até que finalmente, em 1994, foi escolhido para interpretar o dr. Doug Ross em E.R. - Serviço de Urgência. Logo depois conseguiu os primeiros papéis decentes no cinema, em Aberto até de madrugada, de Robert Rodriguez e O Pacificador, de Mimi Leder.
Foi também nesta altura que, com Romance Perigoso (1998), iniciou uma prolífica colaboração com o realizador Steven Soderbergh, com quem viria a fazer Ocean Eleven (e Twelve e Thirteen), Solaris e O Bom Alemão.
George Clooney tem trabalhado com outros realizadores como David O. Russell (Três Reis), os irmãos Coen (Irmão, onde estás?, Crueldade Intolerável, Destruir depois de ler), Terrence Malick (A Barreira Invisível) e Jason Reitman (Nas nuvens).
Entretanto, tornou-se também produtor, argumentista e realizador; Estreou-se com Confissões de uma mente perigosa, em 2002. Em 2006, foi a primeira pessoa na história dos Óscares a estar nomeado, simultaneamente, como realizador de um filme (Boa Noite e Boa Sorte) e ator de outro (Syriana, de Stephen Gaghan). Algo que poderá voltar a acontecer este ano: Clooney realizou um dos filmes mais elogiados de 2011, Os Idos de Março, e acabou de ganhar um Globo de Ouro pela sua interpretação neste Os Descendentes.
Os Descendentes é a estreia dos últimos tempos que aguardava com maior expectativa e além de contar com a interpretação de George Clooney, conta também no elenco com Amara Miller, Beau Bridges, Judy Greer, Mary Birdsong, Matthew Lillard, Nick Krause, Robert Forster e Shailene Woodley. Fica a sinopse...
Matthew King é advogado e um dos homens mais ricos do Havai, mas a sua vida muda por completo quando a mulher fica em coma depois de um acidente. Esta situação acarreta novas e difíceis responsabilidades para King, entre as quais aprender a lidar com duas filhas nada fáceis e com quem ele mantinha uma relação fria e distante. Matthew tenta pegar nas rédeas da sua família e levar a vida para a frente. As suas duas filhas vão ajudá-lo a trilhar esse caminho, apesar de uma revelação chocante...