01. Beach Sluts
02. Back To The Grave
03. This One’s Different
04. America
05. Too Much Blood
06. Wailing (Making Out)
07. Pythagorean Fearem
08. Told You Once
09. Back Of Your Neck
10. Free Drunk
11. Black Lagoon
man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Observer Drift – Colored My Heart Red EP
Collin Ward é um jovem rapaz natural de Bloomington, no Minnesota, que ainda anda na escola mas que, no tempo livre, escreve música. No entanto, se nos guiarmos pela música produzida por estes Observer Drift, Collin Ward, o rapaz por trás da banda, parece ser bastante maduro, melancólico e sagaz.
Colored My Heart, o EP de estreia e que Ward disponibilizou na sua página Bandcamp no último dia de 2011 (name your price), é um EP que impressiona por uma dream pop e um lo-fi, que dão vontade de, durante a audição, fechar os olhos e recordar algumas das nossas boas memórias. O som é limpo e inocente e para quem gosta de Cocteau Twins, Seapony, The Fauns e, principalmente, Beach Fossils, há por aqui muito para apreciar.
Ward escreveu todas as canções, tocou todos os instrumentos e gravou tudo num estúdio portátil em casa. E sobre o mesmo e Corridor, o primeiro longa duração lançado já em 2012, o músico afirmou: Sinto que cada música é única e mostra um lado diferente da minha personalidade. Espero que quando alguém ouvir este álbum, experimente uma sensação de aventura e nostalgia. As letras são fortemente baseadas em três coisas principais: sonhos que tive, pessoas importantes, e as memórias da minha tenra infância, mais especificamente as lembranças que consigo reviver vendo vídeos caseiros e folheando antigos álbuns de fotografia.
O clima do EP é exatamente este e independente da idade do artista e do volume de memórias que amealhou, o convite para entrarmos no seu mundo é genuíno e vale a pena aceitá-lo. Espero que aprecies a sugestão...
01. Green Tea
02. Might Find
03. Map Key
04. Run Along
05. Colored My Heart Red
06. Leaving The Farm
Autoria e outros dados (tags, etc)
Curtas... XXV
Está cada vez mais próximo de ver a luz do dia o imenso quebra-cabeças ruidoso que será Reign of Terror, segundo trabalho da dupla que assina como Sleigh Bells e com lançamento previsto para 21 de fevereiro. Depois de em dezembro ter dado conta que divulgaram o single Born To Lose, pouco a pouco Derek E. Miller e Alexis Krauss vão montando as peças deste segundo álbum. Agora deram a conhecer a nova Comeback Kid; com mais esta canção o duo reforça o que Born To Lose já havia apontado: o novo álbum da dupla nova-iorquina virá em contornos muito mais acessíveis e melódicos e irão romper com o noise pop desconcertante do disco de estreia Treats.
O trio londrino Saint Etienne passou os anos noventa a fazer alguma da melhor techno pop emotiva e cosmopolita que se ouviu na época. Desde 2005 que não lançam nenhum disco mas parece que este ano esse hiato vai ter um fim e já é conhecido o primeiro single do próximo álbum; Chama-se Tonight e no site oficial da banda poderás fazer o download da canção.
Saint Etienne - Tonight by Saint Etienne
No passado sábado, dia vinte e oito de janeiro, os The Flaming Lips revelaram uma canção inédita, que conta com a participação especial de Erykah Badu e de Siri, o novo aplicativo do iPhone 4S. é uma canção simples e minimalista e o frontman Wayne Coyne fez um pequeno texto onde especifica os detalhes da canção:
Sound construction piece featuring Lips, Erykah Badu, Siri, and Biz Markie backwards. It's called "Now I Understand" It's funny and will be available on SoundCloud for one week only!!! Life is beautiful. Music gets you high.
Now I Understand by theflaminglips
M.I.A. - Bad Girls by weirdkidsupfront
Autoria e outros dados (tags, etc)
Bellman - The Curse
Um dos bons discos editado o ano passado e que recentemente tive o privilégio de ouvir foi o álbum de uma banda norueguesa chamada Bellman. O disco foi editado pela etiqueta Lazy Acre Records e viu a luz do dia a quatro de julho.
Ouvir este The Curse e os Bellman é, à semelhança de muita da nova música que se ouve hoje, um pouco como fazer uma viagem viagem no tempo. Muitas das canções do álbum trazem logo à memória os anos sessenta e mais concretamente os conterrâneos Bee Gees, naquela fase inicial em que compunham pura música pop, extremamente emocional e colorida e com arranjos dominados pelas cordas. E engana-se quem achar que poderá tirar do armário toda a roupa branca que tem e encontrar também aqui os anos setenta de disco sound dos Bee Gees. Outro músico que me veio imediatamente à memória e que é evocado nestas canções foi Roy Orbison, nomeadamente em alguns arranjos mais orquestrais.
Uma das músicas que mais apreciei estava mesmo no fim do disco; Falo de Go, uma canção de amor que começa lenta e triste e posteriormente ganha uma sonoridade épica; Faz lembrar um pouco aqueles velhos álbuns solo do Michael Jackson, pós Jackson Five, quando começou a crescer e a tornar-se o rei da pop. E se a temática do amor encerra o disco, foi também ela quem o abriu; A canção que intitula o álbum tem uma letra bastante curiosa (You were my last and my first...) e soa com um daqueles épicos onde os instrumentos se vão sobrepondo, começando pelo teclado, ao qual depois é adicionada a viola, uma batida, um piano no final e frases que falam de um amor perdido. É uma canção sobre a natureza agridoce de amor. I Suppose tem todo o poder de uma canção dos Radiohead; É triste, assim como a maioria de todas as músicas dessa banda de Oxford; No entanto, revela todo o talento destes Bellman para a pop também com um cariz mais alternativo e indie.
Em suma, The Curse, apesar de não trazer nada de novo, reúne um conjunto de canções carregadas de uma melancolia certamente influenciada pelo rigor do frio nórdico e, como normalmente acontece, pelas bandas que mais influenciaram os músicos dos Bellman durante o seu crescimento. Espero que aprecies a sugestão...
01. The Curse
02. I Suppose
03. Olivia
04. Gasoline
05. My Sound
06. When I’m Awake
07. 85 / 40
08. Hourglass
09. Inside
10. Go
Autoria e outros dados (tags, etc)
3 de rajada... LX
Na sexagésima edição de Três De Rajada..., rubrica que parte da minha busca por novidades e pretende dar a conhecer música nova lançada no mercado discográfico, destaco esta semana os novos singles de Clock Opera, Cloud Nothing e The Kills. Toca a ouvir e a tirar ilações...
Clock Opera – Once And For All
Autoria e outros dados (tags, etc)
Bo And The Locomotive – On My Way
Os Bo And The Locomotive são naturais de St. Louis e formados por Bo Bulawsky, Andrew Arato, Steven Colbert e Evan O’Neal. Lançaram em julho do último ano On My Way o disco de estreia e que só há alguns dias me chegou aos ouvidos, na íntegra.
Os Bo and the Locomotive tocam uma folk experimental que soa a uma combinação de algumas das mais influentes bandas indie norte americanas da atualidade, nomeadamente a sonoridade típica dos Fleet Foxes, com o charme caraterístico de St. Louis. E além disso, o tão caraterístico efeito de eco, parecido com aquele que é provocado por um coro de monges a cantar nos claustros de um mosteiro, hoje muito na moda, mas que já se ouve desde os primórdios da história da música, inspirou certamente estes Bo And The Locomotive na conceção de On My Way.
Assim, no disco além de abundarem as tais vozes em eco, às vezes empilhadas umas nas outras e que podem provocar amiúde arrepios e calafrios, também se ouve linhas gritantes de guitarra, linhas de órgão com uma sonoridade a lembrar aquela época do barroco e uma percussão um pouco primitiva, mas que ajuda a que as canções encontrem o equilibrio certo entre um ambiente de aparente tédio amargurado e uma enorme nostalgia. Espero que aprecies a sugestão...
01. My Only Concern
02. Darling
03. On My Way
04. Headaches
05. Give Me Something
06. Golden Rules
07. The Storm
08. Behind Everything
09. Time
10. Harder With Time
11. I’m Not Your House
Autoria e outros dados (tags, etc)
Wise Children – The Woods EP
O britânico Robin Warren-Adamson é o rosto por detrás do projeto Wise Children e que no dia a seguir ao natal de 2011 lançou um EP melancólico e enigmático, intitulado The Woods, disponivel para download gratuito no site do músico. Robin tem vindo a lançar um série de EPs que disponibilizo abaixo, desde 2008, mas só agora o descobri. É bastante difícil encontrar informação sobre o projeto mas depois do que ouvi, estou plenamente convencido que merece uma maior exposição.
A sonoridade deste músico gravita em redor da pop e da folk, mas com uma forte componente etérea, atmosférica e nostálgica. As canções são lentas, despidas, mas ricas em pequenos detalhes sonoros, essencialmente fabricados por teclas e outros elementos harmónicos sintetizados. O que mais atrai em todas as suas canções é esta clareza e simplicidade, a falta de efeitos desnecessários e um notável sabor a honestidade e franqueza.
Numa época em que parece haver uma forte carga exótica e intrincada de quase todos os projetos musicais que vêm das ilhas britânicas, talvez desejosos de inventar algo novo, érefrescante ouvir algo tão simples. A voz de Robin é clara e nítida como o vidro, a instrumentação cuidada e nota-se um imenso cuidado nos detalhes e destreza no manuseamento dos instrumentos. Winter's Wall é uma belíssima música de abertura e um grande exemplo de como se constrói uma canção através da adição de algumas camadas sonoras extras. Compost e principalmente Sins, o meu grande destaque de The Woods, conseguem lidar com a sensação de melancolia e tristeza, mas sem pieguice desnecessária. Ironicamente, Bed On A Ward, uma canção que fala da dor de alguém que está preso a uma cama de uma enferemaria, é, sonoramente, a canção mais otimista e ritmada e onde Steve Bega, músico que colabora habitualmente com Robin, teve um papel essencial.
Estou encantado e seduzido pela fragilidade e pureza musical deste EP. Às vezes, no campo da música, há quem escolha seguir por caminhos intrincados e demasiado turtuosos para atingir a autenticidade. Mas o toque de Midas está quase sempre na honestidade, no real e naquilo que é pessoal, directo e profundamente sentido. Espero que percas algum do teu tempo a conhecer melhor este músico e que aprecies a sugestão...
01. Winter’s Wall
02. Sins
03. Compost
04. A Heart You Can’t Find
05. Bed On A Ward
06. Gold
07. 28
01. Untitled
02. Abscence
03. Artichoke
04. Keep Quiet
05. Let Me Get Under Your Skin
06. You Are A Poem
01. You Were A Single Red Blood Cell But I Lost You In This Knot Of Capillaries
02. The Knockie
03. Paint
04. I Found Her In The Bath
Absence & Reunion EP and Wise Children EP by Wise Children
Autoria e outros dados (tags, etc)
Howler – America Give Up
Em Curtas XXIV fiz referência a uma banda chamada Howler e que se preparava para lançar o disco de estreia. America Give Up é o álbum que inicia esta banda de Minneapolis, Massachussets, nos discos e liderada por um miúdo de dezanove anos chamado Jordan Gatesmith, ao qual se juntaram Ian Nygaard (guitarras), France Camp (baixo), Max Petrek (teclas) e Brent Mayes (bateria).
Durante o ano de 2011, quem foi passando por Man On The Moon certamente se apercebeu que o rumo da música independente e alternativa tem vindo a alterar-se e que aquela limpidez sonora que sempre acompanhou a indústria da música nas últimas décadas, tem sido substituida por outras propostas mais marcadas pelo uso de acordes sujos, vozes quase inaudíveis e todo um compêndio musical que explora tanto o rock alternativo dos anos oitenta como registos anteriores a essa fase. Dois bons exempos disso foram as referências aos álbuns de estreia dos The Vaccines e dos Yuck, carregados de distorção em excesso, uma sonoridade caseira e lo fi e toda aquela precariedade intencional.
Esta tendência musical estará prestes a entrar numa segunda fase, a fase do desgaste, um processo natural dentro de qualquer novo género ou disposição musical; Logo após o sucesso de um artista, álbum ou pequeno grupo de artistas é possível observar uma série de bandas que surgem unicamente por causa da boa repercussão desses desbravadores. Os Howler parecem-me ser um desses casos; Entretêm mas não apresentam nada de novo. Conscientes da cena musical que está em voga, fazem canções marcadas inteiramente pelo uso de guitarras distorcidas típicas do garage rock, sendo este America Give Up, lançado via Rough Trade, um belo retrato da juventude dos anos noventa que viveu o ápice da adolescência ao som dos The Strokes e todos os grandes grupos que começaram a destacar-se no começo da década passada. Cada acorde, verso ou tendência proposta no interior do disco reforçam a figura de um Julian Casablancas durante a fase Is This It, ou um Alex Turner pré-Humbug, claro, sempre aproximados das guitarras sujas e vozes disformes e ruidosas.
E aqui também não se pode descartar a forte influência de artistas mais contemporâneos, algo facilmente representado na densidade de Too Much Blood, a lembrar os Surfer Blood do álbum Astro Coast de 2010, ou algumas das canções mais sujas dos Beach Fossils. Quem também deixa sua marca são os já citados The Vaccines, que têm o seu legado sonoro muito bem representado em Pythagorean Fearem e This One’s Different.
Tudo indica que os Howler, por força também de uma boa estratégia de marketing, se transformem num dos grupos de maior destaque em 2012, algo que o quinteto deve assumir com responsabilidade nos próximos anos, porque este America Give Up, mesmo sendo coerente, nada acrescenta e revoluciona com os seus acordes sujos e distorcidos. A ver vamos se a banda não passa de mais um fenómeno pop ou se tem realmente algum valor.
Autoria e outros dados (tags, etc)
Wilco vs Popeye
Acaba de ser divulgado um novo vídeo dos Wilco, que resulta numa colaboração entre o universo da série de animação Popeye e esta banda norte americana.
Neste filme a preto e branco, aparecem todas as personagens típicas da série e a habitual história em que Olivia Palito é raptada por Brutus e salva por Popeye, neste caso graças a um potente espinafre da marca Wilco. Tudo isto acontece enquanto num ancoradouro os Wilco, em versão animada, tocam Dawned On Me, single de The Whole Love, disco que divulguei em outubro, enquanto Dudu come hamburguers e Gugu ajuda nos violinos. Muito divertido...
Autoria e outros dados (tags, etc)
Porcelain Raft – Strange Weekend
Remiddi é um italiano a viver em Nova Iorque. Nascido em 1972, Remiddi torna-se num caso especial, pois pertence a uma geração que sempre se colou a uma sonoridade mais rock ou, pelo menos, algo distante do som típico deste projeto que batizou de Porcelain Raft. Depois do inebriante EP de estreia, Curve, de 2010, e principalmente do EP seguinte, Gone Blind, de 2011, este projeto ganhou respeito devido às colagens eletrónicas, as vozes enigmáticas e o clima soturno de suas composições. No passado dia 24 de janeiro, via Secretly Canadian, lançou o primeiro disco; Chama-se Strange Weekend e foi gravado numa cave em Brooklyn, Nova Iorque, como se Remiddi se quisesse esconder e deixar as canções falarem por si.
Perceber a forma como cada um de nós observa a música pode ser um exercício interessante. Para alguns apenas importa a sonoridade, para outros o importante são as letras e ainda há aqueles que deliram com pequenos pormenores instrumentais. Há ainda quem procure a expressão de sentimentos, se a música te faz deprimir, rir, saltar ou dançar. Se juntarmos a isso o que está na moda, aquilo que são as tendências, tudo se baralha ainda mais. Depende de tudo, como é óbvio. Porcelain Raft está também condicionado, como não podia deixar de ser, por esta visão caleidoscópica da música.
A primeira pedra do edifício que Porcelain Raft escolheu para sustentar a sua música é aquela dream pop muito colorida e reluzente, ora mais tímida ora mais extrovertida. E, ao mesmo tempo, é impossível não notar também na importância que tem a voz andrógina de Remiddi, que ajuda imenso a que tudo soe mágico e relaxante. No entanto, apesar de serem estes os ingredientes fundamentais desta mistura que Remiddi tenta reproduzir, sente-se que falta qualquer coisa que nos deixe com água na boca; A única canção inovadora e que arrisca ir um pouco além da receita adotada é Unless You Speak From Your Heart, que funciona de forma quase antagónica em relação aos restantes temas.
Strange Weekend pode ser visto de várias perspectivas, mas por mais que tentemos encontrar o que torna este disco especial, a verdade é que nenhum dos argumentos com que Remiddi nos tenta iluminar, parecem verdadeiramente capazes de nos convencer; Desde o sentimento típico da dream pop, passando pela lírica das canções, tudo soa a uma sobreposição de camadas supérfluas de um universo oco e incipiente. Mesmo que a nossa imaginação desperte durante a audição e haja um clique que nos acorda, Strange Weekend deixa-nos a perguntar onde já ouvimos isto antes. Seja como for, é um disco essencial para os verdadeiros fãs do género.
Porcelain Raft destacou-se recentemente por ter feito uma cover de Come As You Are dos Nirvana e em breve embarcará na digressão europeia dos M83, que passa por Portugal.
01. Drifting In And Out
02. Shapeless And Gone
03. Is It Too Deep For You?
04. Put Me To Sleep
05. Backwords
06. Unless You Speak From Your Heart
07. The End Of Silence
08. If You Have A Wish
09. Picture
10. The Way In
Autoria e outros dados (tags, etc)
The Maccabees – Given To The Wild
Os britânicos The Maccabees tiveram uma estreia auspiciosa em 2007 com Colour In It o disco de estreia, que além de ter vendido bem, conseguiu várias nomeações nas listas dos melhores álbuns daquele ano e com inúmeras críticas positivas. E depois de quase dois anos de hiato, chegou em 2009 a hora de prestar novamente contas perante a crítica e, principalmente perante os fãs, através do sempre difícil segundo álbum. Para que nada falhasse, apostaram em grande na produção e convidaram Markus Dravs, responsável pelo Neon Bible do Arcade Fire e o Homogenic da Björk e deram a conhecer nesse ano ao mundo Wall Of Arms. Esse disco era mais complexo e sombrio que o anterior, mas também conquistou a crítica e fez dos The Maccabees um dos grandes nomes da british rock da atualidade. Agora, no início de 2012, chegou finalmente o aguardado terceiro disco, intitulado Given To The Wild.
Given To The Wild é mais um passo na consolidação da maturidade dos The Maccabees, visto ser algo diferente dos dois trabalhos anteriores, que já tinham alguns pontos de divergência entre si. Given To The Wild é sofisticado, maduro e algo intrincado, mas no bom sentido, ou seja, carregado de detalhes sonoros até então desconhecidos na banda e que a balizam definitivamente no terreno nem sempre firme da dream pop. O disco acaba por surpreender pela elegância e carece de tempo para ser digerido e apreciado devidamente, até porque há algumas canções que não são imediatas. Portanto, se a banda saiu da sua habitual zona de conforto, compete também ao ouvinte estar predisposto a efetuar o mesmo percurso, já que a última coisa que o disco transparece é previsibilidade.
Este disco é muito mais do que um combinado de boas músicas; Há aqui sentimento, emoção, veracidade, beleza e nostalgia, experiência e firmeza, dentro daquilo que os The Maccabees definiram como o seu estilo sonoro. E tal firmeza suscita que se questione se não quiseram com este Given To The Wild exprimir o desejo de dar uma nova cara ao indie rock britânico.
O álbum é um trabalho com muitas dimensões e momentos marcantes e nele os The Maccabees deram um passo gigantesco na direção da originalidade e da busca pela singularidade. Devido a essa expansão musical e por dosearem na perfeição as suas canções, terão certamente direito a figurar, mais uma vez, em muitas listas dos melhores do ano. Espero que aprecies a sugestão...
01. Given To The Wild (Intro)
02. Child
03. Feel To Follow
04. Ayla
05. Glimmer
06. Forever I’ve Known
07. Heave
08. Pelican
09. Went Away
10. Go
11. Unknow
12. Slowly One
13. Grew Up At Midnight