man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
The Whip - Wired Together
Depois de em 2008 se terem estreado com X Marks Destination, unanimemente aplaudido pela crítica devido a temas delirantes como Trash, Muzzle #1, Divebomb ou Blackout, os britânicos The Whip, naturais de Oldham nos arredores de Manchester e formados por Fiona Lil Fee Daniel, Nathan Sudders e Bruce Carter estão de regresso em 2011 com o seu novo álbum Wired. O disco chegou às lojas no passado dia dezanove de setembro, através da Southern Fried Records.
Mais uma vez fortemente influenciados pela música dos New Order, este novo trabalho dos The Whip foi produzido por Jagz Kooner, que já trabalhou com os Primal Scream, Infadels e Sabres Of Paradise, entre outros. A ideia era manter a linha dançante do primeiro disco e juntar algo mais moderno e que não dececionasse os seguidores após três anos de silêncio. Dito e feito, o disco é ótimo para os amantes da variante eletrónica disco punk e apresenta uns The Whip mais soltos e visivelmente maduros e com um som que consegue agradar.
Nada do que é apresentado ao longo do disco pode ser caracterizado como algo novo ou que se distancie de tudo que foi produzido em solo inglês na última década, nomeadamente as linhas de baixo abafadas, as camadas sonoras apelativas feitas com sintetizadores e as letras que falam tanto sobre as dores do coração como de elementos típicos do quotidiano.
Shake é a minha música preferida de Wired Together; Começa com um som sintetizado quase hipnótico que ganha força antes do refrão acontecer; E depois a ordem é seguir o que a música manda: Shake!, ou seja, abanar-se ao máximo e cantar alto e bom som o refrão, de preferência numa pista de dança. Intensity, outra das boas composições do disco, traduz também a sonoridade típica de Wired Together, dançante e pop, com um certo swing, mas a procurar manter uma certa distância com falsas euforias e devaneios sonoros desnecessários.
Por mais que o disco mantenha uma fluência agradável e constante, a partir da segunda metade do trabalho ele torna-se um pouco repetitivo, mas Slow Down, última canção do álbum e que ultrapassa os sete minutos, salva a honra do convento e eleva a sonoridade deste trio até um patamar altíssimo, ao presentear-nos com uma verdadeira avalanche de sintetizadores e um ritmo sempre crescente.
Em suma, Wired Togheter percorre uma sonoridade segura e superior quanto comparada com um bom número de artistas do género e que desiludiram ao serem afetados pela síndrome do segundo disco. No entanto, no próximo álbum os The Whip precisarão de rever alguns conceitos, para evitar cair numa produção e sonoridade redundantes. Mas garanto que ouvir músicas como Riot, Intensity e Secret Weapon, para já, darão muito bem conta do recado nos próximos tempos e se houver bom gosto serão certamente ouvidas em algumas das pistas de dança das redondezas. Espero que aprecies a sugestão...
01. Keep Or Delete 4:12
02. Secret Weapon 4:17
03. Shake 4:37
04. Movement 5:21
05. Intensity 4:49
06. Riot 4:32
07. Metal Law 4:37
08. Master Of Ceremonies 5:32
09. Best Friend 4:15
10. Slow Down 7:05