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Wavves - Life Sux EP

Quinta-feira, 29.09.11

Em pouco mais de três anos os Wavves de Nathan Williams saíram do completo desconhecimento para se transformarem numa das mais novas coqueluches do indie rock contemporâneo, algo que os californianos procuram solidificar em Life Sux o seu mais recente lançamento discográfico, um EP que chegou ao mercado no passado dia 20 deste mês, após o bastante aclamado King Of The Beach (2010).

Da esquizofrenia sonora quase inaudível do disco homónimo de estreia, em 2008, à pop de praia contagiante de King Of The Beach, os Wavves deixaram de ser um nicho para um público apenas interessado no chamado skate rock e acederam aos principais festivais de música norte-americana, conseguindo o amplo crescimento dos seus seguidores.

Este Life Sux segue o mesmo caminho já percorrido pelo grupo de San Diego, Califórnia, em King Of The Beach. No entanto, as guitarras tocam uma melodia mais pop e acessível, afastando-se também definitivamente do disco homónimo de estreia permeado por composições repletas de ruídos caóticos, massas sonoras totalmente instáveis e guitarras com um som nem sempre audível.

O EP começa com a dançante e ensolarada Bug e termina com a já conhecida Mickey Mouse. Pelo meio, Williams e os companheiros Stephen Pope e Jacob Cooper vão arremessando pequenas rajadas de versos bem humorados, guitarradas carregadas de distorção audível e uma energia pop refrescante, já típicamente Wavves. Aqui e ali vão bebendo do punk, passam pelo lo-fi, surfam nas ondas do surf rock e até piscam o olho ao hardcore. Assim, as oito composições do disco fluem com uma naturalidade ímpar, assente numa sonoridade que, apesar da míriade de influências, ligou o descomplicador sonoro e procura conquistar um público mais comercial, numa tentativa descarada de impôr os Wavves à escala global.

Neste Life Sux, que ao contrário dos discos anteriores lançados pela Fat Possum chega através da Ghost Ramp, outra diferença importante é a maior participação efetiva dos vários membros da banda. Nos registos anteriores Williams era a figura solitária que assumia cada detalhe; Agora o músico divide as vocalizações de algumas canções com outros parceiros e até convidados ilustres, nomeadamente a vocalista dos Best Coast e sua namorada, Bethany Cosentino em Nodding Off e Destroy, que conta com a participação destrutiva do líder dos canadianos Fucked Up, Damian Abraham. Uma das músicas mais interessantes e humoradas do ano é I Wanna Meet Dave Grohl, onde o músico assume querer conhecer ou mesmo ser o próprio líder do Foo Fighters, Dave Grohl. Outro destaque é Poor Lenore, uma canção que deixa a banda transparecer uma espécie de sofrimento irónico, sendo um dos poucos momentos calmos do EP.

Em suma, este EP é um conjunto de boas canções, com algumas participações especiais de relevo, mas que não deixa de parecer mais uma espécie de lado B do aclamado King Of The Beach do que propriamente o seu sucessor, que não deverá tardar muito, espera-se.

1. Bug
2. I Wanna Be Dave Grohl
3. Nodding Off (feat. Best Coast)
4. Poor Lenore
5. Destroy (feat. Fucked Up)
6. In The Sand (Live)

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publicado por stipe07 às 21:40






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