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Nevermind - 20...

Sábado, 24.09.11

Nevermind, o segundo álbum dos Nirvana, foi lançado há exatamente vinte anos. Assim que foi lançado, conquistou de imediato a aclamação da crítica e o sucesso de público, vendendo mais de vinte milhões de álbuns, com a particularidade feliz de quatro meses depois, em janeiro de 1992, ter destronado Michal Jackson do top da tabela de vendas norte americana. Naquele instante Jackson caiu do pedestal e partiu o nariz... O resto da história já conhecem!

Os R.E.M. são a minha banda de eleição e à época eu andava bastante entretido com o Out Of Time. Seja como for, enquanto Michael Stipe & companhia, acabadinhos lançar o segundo disco ao abrigo do contrato pela Warner, conquistavam a MTV com Losing My Religion, admito que seria Smells Like Teen Spirit e o seu videoclip cheio de cheerleaders e maltrapilhos vestidos de calças rasgadas, a marcar para sempre a consagração definitiva do rock alternativo. O género alternativo, ou seja, tudo o que não vende milhões, passaria agora a viver no mundo oposto, a ser destaque da imprensa, a ter tempo de antena na televisão.

Este álbum consagrou os Nirvana no mundo inteiro, tornou-se famoso pela sua variada sonoridade que pegou no punk e mastigou-o, com um sabor açucarado e fez com que muitos confessassem gostar de metal na mesma medida em que se admiram as harmonias vocais dos Beach Boys. Nevermind também se destacou de imediato pela sua capa, eleita pela revista Rolling Stone como a melhor capa de todos os tempos e levou ao estrelato um bebé anónimo de L.A. chamado Spencer Eldon, que ainda hoje confessa sentir-se, devido aquela foto tirada por Kirk Weddle, a maior estrela pornográfica do mundo.

Por entre a névoa do seu cérebro, Cobain era um prodigioso arquiteto musical. Com o apoio primordial do produtor Butch Vig, idealizou todas as faixas de Nevermind ao milímetro; Os takes de voz foram repetidos nota a nota até Cobain não desafinar, apesar de ir buscar muitas notas às vísceras e as guitarras foram exploradas duas a duas, com a dupla Novoselic / Cobain a fazer um som lento - rápido, manso - violento, que na altura foi batizado de super grunge.

Cobain viveu os três últimos anos da sua vida atordoado com o êxito de Nevermind e ganhou uma legião de fãs que logo o viram como um profeta. Não se despediu do mundo sem deixar um disco ainda mais aterrador, In Utero, aquele que foi provavelmente o último disco do rock visceral.

Nevermind continua a ser um dos trabalhos mais influentes do cenário musical e sem este disco o mundo seria hoje, na minha opinião, muito mais pobre e aborrecido porque a pop e o rock alternativo, como os conhecemos não existiriam. Este disco passou a definir um antes e um depois e trocou as voltas às distribuidoras de discos e às suas politicas. Fez de todos nós, que na altura abraçavamos a juventude, tábua rasa e mudou-nos de alguma forma a vida. Hoje, a maioria de nós vivemos a recibos verdes, apesar da crise não planeamos fazer nehuma revolução e quando ouvimos falar em mais sacrifícios e impostos pensamos... Oh well, whatever, nevermind.

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publicado por stipe07 às 20:00






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