man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Kasabian - Velociraptor!
É lançado no mercado discográfico no próximo dia 19 de setembro, Velociraptor!, o quarto álbum de originais dos britânicos Kasabian, produzido por Dan The Automator e uma das bandas de eleição deste blog.
Já ouvi o disco e o que notei de diferente em relação aos outros três é um certo amadurecimento no som do grupo. Velociraptor! é desde logo marcado pelo título forte, ainda por cima enfatizado com o ponto de exclamação, como se a palavra fosse um grito, algo que tenha que ser dito com vontade. E parece que vai além das explicações dos Kasabian para o título, que se relaciona com o nome do único dinossauro que era capaz de deter o poderoso T-Rex, havendo também a hipótese de a banda querer mostrar, de forma marcante, a todos os fãs e críticos que não estão para brincadeiras. Será?
E deve ser mesmo porque Velociraptor! é um álbum pesado, marcante, elétrico e explosivo e logo desde a primeira faixa; Let's Roll Just Like We Used To é uma música que começa com um saxofone de fundo e de repente sente-se a vibração a aumentar e diminuir de forma ritmada e damos por nós a desejar que o resto do disco seja assim... E é! Days Are Forgotten não fica atrás e quando te apercebes já estás a cantar o refrão, não sendo por acaso uma das escolhas óbvias para single, naturalmente já bem recebido pela crítica. Goodbye Kiss segue esta linha sonora mas leva os Kasabian para um estilo que não lhes é muito familiar, visto ser uma espécie de balada, como também se entende pela letra. La Fée Verte conta uma história regada a absinto, ajudada por uma bateria bastante presente e Velociraptor! faz jus à sonoridade típica do álbum, ao mesmo tempo que descreve perfeitamente o famoso dinossauro. Segue-se Acid Turkish Bath (Shelter from the Storm), uma espécie de conclusão do lado A do álbum; A voz de Serge é lenta e embala-nos juntamente com as batidas de fundo, assim como as palmas colocadas, quanto a mim, na hora certa.
A principal sensação que tive após a audição de I Hear Voices, foi que a música não tem propriamente um refrão porque o ritmo do começo segue até ao final; Não se vislumbra um ponto forte de explosão sonora, mas o riff da guitarra mantém-nos presos até ao fim. A parte do teclado nos primeiros dezoito segundos, lembrou-me a mesma linha que Serge Pizzorno usava nos teclados no final de Cutt Off, canção do álbum homónimo da banda. Re-wired é o meu grande destaque deste conjunto de canções! Destaca-se pelo refrão que te leva para outra dimensão, talvez devido às pausas no meio das palavras de uma letra fantástica (Hit me harder, I’m getting Rewired, I flick the switch that make you feel electric, Even faster than before…) e à parte instrumental vibrante que me pareceu formar uma harmonia perfeita. Man of Simple Pleasures destaca o talento que a banda sempre teve para coisas simples, apenas baixo, guitarra, bateria e nada mais; O final da música é magistral, como se Tom e Serge soubessem onde as vozes deveriam estar e com precisão. Switchblade Smiles, primeiro single do disco e que revelei há alguns meses tem o selo da fase mais negra e pesada do som dos Kasabian e este é o melhor elogio que posso fazer à canção! Neon Noon, a faixa que encerra o disco lembrou-me imediatamente Happinness de West Ryder Pauper Lunatic Asylum, devido à sonoridade e à melodia criada pelo violão.