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Metronomy - The English Rivieira

Quinta-feira, 11.08.11

Um disco que tenho andado a ouvir e que certamente será incluido nas listas dos melhores de 2011 tem o nome sugestivo de The English Riviera e foi lançado já no passado mês de abril. A autoria é dos Metronomy, um projeto nascido da fértil imaginação de Joseph Mount, natural da pequena localidade de Totnes, Devon, sudoeste de Inglaterra; Reza a lenda que tudo começou quando o pai lhe ofereceu um computador para que ele pudesse dedicar-se à produção de música electrónica no quarto, onde se ouvia discos de Autechre, LFO, Aphex Twin e Devo, entre outros.

Anos após este início precoce, Mount trocou Totnes por Londres, para onde foi estudar e juntou-se ao teclista e saxofonista Oscar Cash e ao baixista Gabriel Stebbing, com quem já tinha tocado em dois projetos anteriores, próprios do circuito universitário, os The Upsides e os The Costumers; E assim nasceram os Metronomy. Ao longo dos anos foram entrando e saindo elementos, até se chegar ao formato actual da banda, um quarteto liderado por Mount e secundado por Cash, Gbenga Adelekan e Anna Prior.

A banda começou por ganhar notoriedade através de remisturas que fizeram de músicas dos Franz Ferdinand, CSS, Klaxons, Lykke Li e até de Britney Spears.  A estreia discográfica da banda ocorreu em 2006 com Holiphonic e desde então a sonoridade dos Metronomy foi-se transformando de disco para disco, de formação para formação, mas tendo sempre como linha orientadora os caminhos feitos da fusão entre a pop e a eletrónica, que não tem apenas a pista de dança como meta. Desde a eletrónica ritmada de Pip Paine (Pay The £5000 You Owe), single do já citado Holiphonic, passando pela subtileza synthpop de Nights Out, incluído em Because (2008) e desaguando na pop rock deste The English Riviera, a discografia dos Metronomy chegou, em 2011, a um ponto de maturidade que se define por uma pop electrónica actual, ora talhada em instantes de maior luminosidade, ora em breves espaços de melancolia. As orelhudas Everything Goes My Way, The Look, She Wants e The Bay, com aquele som tão peculiar feito com o dedilhar do baixo e a marcar o ritmo, comprovam este aparente dicotomia e fusão de estilos.

Em suma, The English Riviera é uma colorida coleção de canções e que usa a eletrónica como principal ferramenta na construção das mesmas, numa lógica sonora que tem feito escola desde a alvorada dos oitentas. No entanto, existe um elevado toque de modernidade, desconvocando uma possível agenda de revivalismo, ou seja, o toque e o perfume dessa década estão lá, mas o som é bastante atual, original e maduro. Espero que aprecies a sugestão e se estiveres no Festival Paredes de Coura, não percas o concerto desta banda.


1. The English Riviera
2. We Broke Free
3. Everything Goes My Way
4. the Look
5. She Wants
6. Trouble
7. The Bay
8. Loving Arm
9. Corinne
10. Some Written
11. Love Underlined
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publicado por stipe07 às 22:11

3 de rajada... XXXVIII

Quarta-feira, 10.08.11

Volto a  Três De Rajada..., que parte da minha busca por novidades e pretende dar a conhecer música nova, lançada hoje no mercado discográfico. Esta semana destaco Alpines, a minha música preferida do novo disco dos Elbow e Charlie Simpson. Toca a ouvir e a tirar ilações...

 

Alpines – Cocoon


Elbow – Lippy Kids


Charlie Simpson – Parachutes

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publicado por stipe07 às 19:30

Gang Gang Dance - Eye Contact

Domingo, 07.08.11

Um dos discos mais comentados favoravelmente pela crítica nas últimas semanas e que acabo de ouvir é o ambicioso e peculiar Eye Contact, da autoria dos Gang Gang Dance e lançado pela excelente 4AD. Estamos em presença de mais uma banda natural da profícua Nova Iorque, que se formou em 2001, faz discos há vários anos (este Eye Contact é o quinto álbum de originais da banda) e com uma sonoridade que gira em torno de uma pop sofisticada, enfeitada com apetrechos tribais, apontamentos electrónicos e batidas africanas. Certamente inspiraram-se no passado que nunca será deposto dos Talking Heads da dupla David Byrne e Brian Eno e num futuro encabeçado pelos Animal Collective, os MGMT, os Vampire Weekend e os Yeasayer. A cereja em cima do bolo deste cocktail sonoro é, sem sombra de dúvida, a voz alienígena de Lizzi Bougatsos, o meu grande destaque do grupo e com potencial para agradar a um público diverso.

Este Eye Contact começa com Glass Jar; É uma música de onze minutos, moderna e tribal, progressiva e contida, que se desenvolve progressivamente e nos transporta logo para outra dimensão, onde reina uma verdadeira trip alucinante cheia de sons mágicos, comandados pela voz encantadora de Lizzi. Esta música imediatamente  prepara-nos para o resto do disco, porque durante a sua audição raramente nos conseguimos abstrair dessa sensação de estranheza e desarmonia. A excepção a esta regra passa por Romance Layers, um dueto funky e soul com Alexis Taylor dos Hot Chip; Esta música é uma balada bastante sensual e talvez o melhor momento do disco, onde Lizzi se arma em diva do R&B. O primeiro single, Mindkilla,  também é, na minha opinião, uma grande canção e que resulta bem devido à sua sonoridade suja e acelerada. Outro dos destaques do álbum está no final; Thru and Thru é uma faixa de execução vibrante e primorosa.

Em suma, em cada disparo na bateria e em cada intervenção vocal inspirada de Bougatsos, o álbum vai chegando ao fim deixando uma impressão cada mais forte que estamos a ouvir algo especial e único, uma espécie de ode pós moderna ao ecletismo conceptual. Quando começamos a interiorizar a textura sonora das músicas e a ficar enredados na complexidade sonora e experimental das mesmas, surge a disrupção de Bougatsos que acaba por repelir os sentidos e incomodá-los; No meu caso pessoal, ainda não percebi muito berm se este incómodo poderá, no futuro, tornar-se numa agradável sensação.

Li algures que Eye Contact é perfeito para dançar num campo relvado acompanhado de gente bonita, para ouvir sentado numa piscina com as pernas dentro de água, ou para uma jantarada com uns amigos em casa. Seja onde for, aqui combinam-se ritmos, experiências e elementos pop, trance, chillout e world music que poderão catapultar os Gang Gang Dance para um patamar elevadíssimo de qualidade.

 

Glass Jar
Interlude 1
Adult Goth
Chinese High
Mindkilla
Interlude 2
Romance Layers
Sacer
Interlude 3
Thru And Thru 

 

website

myspace


 

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publicado por stipe07 às 14:12

Mathieu Santos - Massachusetts 2010

Sábado, 06.08.11

Mathieu Santos é acima de tudo conhecido por ser o baixista dos Ra Ra Riot, banda de Nova Iorque que lançou em 2010 o segundo disco de estúdio, The Orchard. No entanto, durante esse ano, enquanto os Ra Ra Riot preparavam o lançamento desse álbum, o baixista Mathieu começava a preparar as músicas que iriam fazer parte do primeiro registo do seu projeto a solo; Esse trabalho está pronto e já chegou ao mercado discorgráfico na passada terça feira, dia dois de agosto, com o inusitado título de Massachusetts 2010, Lançado através da Barsuk Records, o mesmo selo dos Ra Ra Riot.

Massachusetts 2010 dura cerca de trinta minutos e a sonoridade do disco não foge muito da sonoridade da banda onde toca Mathieu, intercalando melodias adocicadas com algumas leves passagens pelo indie rock, com aquele travo peculiar e ainda pouco cozinhado dos anos 90. No entanto, enquanto os Ra Ra Riot procuram quase sempre fazer música pop festiva e levemente grandiosa, o baixista, que aqui canta e toca a maioria dos instrumentos, optou por um tipo de som mais introspetivo e experimental.

A canção de abertura, I Can Hear The Trains Coming  (famosa frase dita por Ronald Reagan numa célebre conferência de imprensa e que confirmou os rumores relativos ao fato de ser portador de alzheimer) é também o primeiro single do álbum; Foi através dela que conheci o disco e tive vontade de o ouvir. E se este single fascinou-me por me ter feito lembrar a tal pop crua dos anos noventa, já  o resto do disco deixou-me um travo amargo e dececionante nos ouvidos. A canção seguinte, Massachusetts é um pouco mais sombria, assim como I’d Go, mesmo que em alguns momentos se ouça detalhes mais radiantes e pop. Conforme afirma alguma crítica e eu concordo, Massachusetts 2010 é um disco confuso e de certa forma bipolar; Quando parece que a sua audição nos aproxima dele e nos fascina, como por exemplo nos teclados de (I Just) Need To Know ou na pop agradável de Silly Thoughts, logo de seguida tem a capacidade de nos afastar dele. Talvez tenha faltado uma produção mais eficiente no disco, sendo notória essa ausência na confusa faixa final The Bay/Where To Find Her, uma música carregada de acordes incompreensíveis, mas que para o meio torna-se numa das melhores canções do disco.

No fundo, parece que o próprio Mathieu, tinha dúvidas sobre aquilo que realmente quis compor no álbum. Mas fica a sugestão e pode ser que a tua opinião seja diferente da minha....

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publicado por stipe07 às 12:19

The Naked And Famous - Passive Me Agressive You

Sexta-feira, 05.08.11

Os The Naked And Famous são uma banda natural da Nova Zelândia, formada por David Beadle, Thom Powers, Aaron Short, Jesse Wood, a vocalista Alisa Xayalith e têm tudo para serem um dos cromos mais desejados da caderneta do electropop actual. O disco de estreia, Passive Me Agressive You, foi lançado em setembro de 2010 no país natal, mas só há poucos meses chegou à Europa; Já o ouvi e sem dúvida que é um começo auspicioso e um dos melhores discos que conheço, editado nesse ano.

Passive Me Agressive You é absolutamente brilhante! Nele ouve-se uma dream pop épica que apaixona desde a primeira faixa à última, Girls Like You, um verdadeiro épico e do melhor que ouvi este ano no género. O álbum é completo porque além de nele se ouvir aquela pop feita para animar as pistas de dança, também percorre outros caminhos com total segurança, como o shoegaze e o rock, ao qual se adicionaram beats electrónicos e samples variados.

O disco já deu a conhecer um trio de singles poderosos: All Of This, Young Blood e Punching in a Dream. Qualquer um deles é acicatado por harmonias vocais pujantes (a teclista Alisa Xayalith e o guitarrista Thom Powers, o núcleo central do quinteto, dividem o protagonismo ao microfone) e por uma gama de instrumentos, onde dominam os teclados, a bateria e a guitarra, tocados por autênticas feras.

Neste disco os The Naked And Famous provam que são aventureiros, sendo a forma como abordam os teclados a melhor demonstração dessa irreverência, mas não perdem o sentido de encaixe num formato mais orelhudo e comercial. E, ainda por cima, também mostram que sabem ser mansinhos, pintando cenários sonoros dignos da limpidez de, por exemplo, umas Au Revoir Simone.

Os The Naked and Famous, considerados pela BBC como uma das 15 novas bandas a manter debaixo de olho em 2011 e descritos por grande arte da crítica como uma espécie de Dirty Projectors mais comerciais, animaram o Palco Super Bock do último Optimus Alive! com enorme sucesso! Recomendo vivamente este disco e estrei certamente atento aos próximos discos desta banda. Em resumo... perfeito e absolutamente obrigatório!

The Naked And Famous - Passive Me Aggressive You (2010)

1. All Of This (3:55)
2. Punching In A Dream (3:58)
3. Frayed (3:46)
4. The Source (0:48)
5. The Sun (3:56)
6. Eyes (4:43)
7. Young Blood (4:06)
8. No Way (5:29)
9. Spank (4:10)
10. Jilted Lovers (3:15)
11. A Wolf In Geek's Clothing (3:14)
12. The Ends (1:49)
13. Girls Like You (6:06)
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publicado por stipe07 às 14:56

Curtas XV

Quinta-feira, 04.08.11

Gauntlet Hair - Top Bunk

Depois de causar algum alvoroço com o single de estreia, I Was Thinking, lançado em 2010, a dupla Gauntlet Hair, de Denver, está de volta com Top Bunk, o primeiro single retirado de Gauntlet Hair, o disco homónimo do projeto e que verá a luz do dia a 18 de outubro, através da Dead Oceans.

 

Neon Indian - Fallout

É já no próximo dia 13 de setembro que é editado o novo disco dos Neon Indian, através da etiqueta Mom + Pop. O single de estreia é Fallout, que antecipa aquele que parece vir a ser um dos discos mais interessantes de 2011.

 

Reptar - Stuck in my ID

Os Reptar, de Athens, terra natal dos R.E.M e cuja sonoridade tem sido comparada a nomes como os MGMT e os Animal Collective, acabam de divulgar Stuck in My ID, o single de apresentação de Oblangle Fizz Y'all, o disco mais recente da banda. O vocalista Graham Ulicny descreve assim a canção: This song was written while I was a patient in a psych ward last year. I had experienced a break from reality of sorts and was having a lot of problems separating myself from someone I really cared about. I noticed how unsuccessful I was at fighting my own proclivities and urges. Losing control of your thoughts and actions while trying to maintain a level or normalcy and confidence. I was feeling silly so I wrote a song about it.

Listen to 'Stuck in my ID'

 

Flashguns - Passions Of A Different Kind 

Os Flashguns vêm de Londres e lançaram recentemente o seu álbum de estreia, pela Friends Vs Records, batizado com o nome deste single de estreia. Entretanto já andam na estrada com os Bombay Bicycle Club. Os Flashguns fizeram-me logo lembrar os Arctic Monkeys e parecem-me ser mais uma nova banda indie a seguir com alguma atenção.

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publicado por stipe07 às 14:07

German Error Message - In Comforting

Terça-feira, 02.08.11

German Error Message é um projeto que nasceu em 2004, idealizado por Paul Kintzing, músico natural da Louisiana e cuja sonoridade gravita em redor da folk. No passado dia 4 de maio lançaram In Comforting, um pequeno EP de duas músicas e que contou com a participação especial de Shelly Lites (voz), Ben Ford (baixo) e Joe Ford (percurssão).

A faixa título In Comforting combina a tal sonoridade típica da folk com a voz estimulante de Kintzing; A forma como na música ele joga com as palavras, cria um efeito sonoro formidável e fez-me lembrar imediatamente os The Tallest Man On Earth. Depois, a junção da secção de percussão e principalmente das palmas, dá um enorme vigor à música, ajudando a criar uma faixa bastante emocional e potente.

Feverhead é uma espécie de lado B; Aqui a voz ganha novamente primazia e a forma como Kintzing a usa faz lembrar a lenda folk do Nebraska, Conor Oberst (I will hold my arms out graciously and blind). Estas duas músicas fazem com que os German Error Message estejam a tornar-se numa das minhas descobertas mais interessantes do ano.

In Comforting Cover Art

In Comforting

Feverhead

download

 

No entanto, este EP é apenas uma pequena amostra, uma espécie de aperitivo daquela que é a discografia deste projeto muitíssimo interessante! Disponibilizo, para que possas colecionar gratuitamente, a restante discografia dos German Error Message! Espero que aprecies e aproveites esta sugestão...

 

(2010) German Error Message - To Carry Alongside

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(2011) German Error Message / The Widowers - Splitt

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(2011) German Error Message - After The Warmth

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publicado por stipe07 às 21:07

3 de rajada... XXXVII

Segunda-feira, 01.08.11

Volto a  Três De Rajada..., que parte da minha busca por novidades e pretende dar a conhecer música nova, lançada hoje no mercado discográfico. Esta semana destaco DJ Shadow, Noah And The Whale e Toddla T. Toca a ouvir e a tirar ilações...

DJ Shadow – I'm Excited

 

Noah And The Whale – Life Is Life

 

Toddla T And Roots Manuva – Watch Me Dance

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publicado por stipe07 às 20:02


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