man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Metronomy - The English Rivieira
Um disco que tenho andado a ouvir e que certamente será incluido nas listas dos melhores de 2011 tem o nome sugestivo de The English Riviera e foi lançado já no passado mês de abril. A autoria é dos Metronomy, um projeto nascido da fértil imaginação de Joseph Mount, natural da pequena localidade de Totnes, Devon, sudoeste de Inglaterra; Reza a lenda que tudo começou quando o pai lhe ofereceu um computador para que ele pudesse dedicar-se à produção de música electrónica no quarto, onde se ouvia discos de Autechre, LFO, Aphex Twin e Devo, entre outros.
Anos após este início precoce, Mount trocou Totnes por Londres, para onde foi estudar e juntou-se ao teclista e saxofonista Oscar Cash e ao baixista Gabriel Stebbing, com quem já tinha tocado em dois projetos anteriores, próprios do circuito universitário, os The Upsides e os The Costumers; E assim nasceram os Metronomy. Ao longo dos anos foram entrando e saindo elementos, até se chegar ao formato actual da banda, um quarteto liderado por Mount e secundado por Cash, Gbenga Adelekan e Anna Prior.
A banda começou por ganhar notoriedade através de remisturas que fizeram de músicas dos Franz Ferdinand, CSS, Klaxons, Lykke Li e até de Britney Spears. A estreia discográfica da banda ocorreu em 2006 com Holiphonic e desde então a sonoridade dos Metronomy foi-se transformando de disco para disco, de formação para formação, mas tendo sempre como linha orientadora os caminhos feitos da fusão entre a pop e a eletrónica, que não tem apenas a pista de dança como meta. Desde a eletrónica ritmada de Pip Paine (Pay The £5000 You Owe), single do já citado Holiphonic, passando pela subtileza synthpop de Nights Out, incluído em Because (2008) e desaguando na pop rock deste The English Riviera, a discografia dos Metronomy chegou, em 2011, a um ponto de maturidade que se define por uma pop electrónica actual, ora talhada em instantes de maior luminosidade, ora em breves espaços de melancolia. As orelhudas Everything Goes My Way, The Look, She Wants e The Bay, com aquele som tão peculiar feito com o dedilhar do baixo e a marcar o ritmo, comprovam este aparente dicotomia e fusão de estilos.
Em suma, The English Riviera é uma colorida coleção de canções e que usa a eletrónica como principal ferramenta na construção das mesmas, numa lógica sonora que tem feito escola desde a alvorada dos oitentas. No entanto, existe um elevado toque de modernidade, desconvocando uma possível agenda de revivalismo, ou seja, o toque e o perfume dessa década estão lá, mas o som é bastante atual, original e maduro. Espero que aprecies a sugestão e se estiveres no Festival Paredes de Coura, não percas o concerto desta banda.
1. The English Riviera
2. We Broke Free
3. Everything Goes My Way
4. the Look
5. She Wants
6. Trouble
7. The Bay
8. Loving Arm
9. Corinne
10. Some Written
11. Love Underlined
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