man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Mathieu Santos - Massachusetts 2010
Mathieu Santos é acima de tudo conhecido por ser o baixista dos Ra Ra Riot, banda de Nova Iorque que lançou em 2010 o segundo disco de estúdio, The Orchard. No entanto, durante esse ano, enquanto os Ra Ra Riot preparavam o lançamento desse álbum, o baixista Mathieu começava a preparar as músicas que iriam fazer parte do primeiro registo do seu projeto a solo; Esse trabalho está pronto e já chegou ao mercado discorgráfico na passada terça feira, dia dois de agosto, com o inusitado título de Massachusetts 2010, Lançado através da Barsuk Records, o mesmo selo dos Ra Ra Riot.
Massachusetts 2010 dura cerca de trinta minutos e a sonoridade do disco não foge muito da sonoridade da banda onde toca Mathieu, intercalando melodias adocicadas com algumas leves passagens pelo indie rock, com aquele travo peculiar e ainda pouco cozinhado dos anos 90. No entanto, enquanto os Ra Ra Riot procuram quase sempre fazer música pop festiva e levemente grandiosa, o baixista, que aqui canta e toca a maioria dos instrumentos, optou por um tipo de som mais introspetivo e experimental.
A canção de abertura, I Can Hear The Trains Coming (famosa frase dita por Ronald Reagan numa célebre conferência de imprensa e que confirmou os rumores relativos ao fato de ser portador de alzheimer) é também o primeiro single do álbum; Foi através dela que conheci o disco e tive vontade de o ouvir. E se este single fascinou-me por me ter feito lembrar a tal pop crua dos anos noventa, já o resto do disco deixou-me um travo amargo e dececionante nos ouvidos. A canção seguinte, Massachusetts é um pouco mais sombria, assim como I’d Go, mesmo que em alguns momentos se ouça detalhes mais radiantes e pop. Conforme afirma alguma crítica e eu concordo, Massachusetts 2010 é um disco confuso e de certa forma bipolar; Quando parece que a sua audição nos aproxima dele e nos fascina, como por exemplo nos teclados de (I Just) Need To Know ou na pop agradável de Silly Thoughts, logo de seguida tem a capacidade de nos afastar dele. Talvez tenha faltado uma produção mais eficiente no disco, sendo notória essa ausência na confusa faixa final The Bay/Where To Find Her, uma música carregada de acordes incompreensíveis, mas que para o meio torna-se numa das melhores canções do disco.
No fundo, parece que o próprio Mathieu, tinha dúvidas sobre aquilo que realmente quis compor no álbum. Mas fica a sugestão e pode ser que a tua opinião seja diferente da minha....