man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Public Transport - Public Transport EP
Depois do dia mais feliz da minha vida e que agora vai ter sequência por muitos e longos anos e de uma lua de mel fantástica na terra dos burritos, mariachis e tequillas e onde também se ouviu boa música portuguesa (para breve um post dedicado a este assunto), estou de volta com novidades, sugestões e o que mais apetecer. E para este regresso, sugiro um projeto que descobri há algumas semanas chamado Public Transport.
Public Transport é um projeto a solo de Duncan Bailey, natural do Maine e que também é fotógrafo e tem um programa semanal de rádio, na rádio WERU, onde toca essencialmente rock e música eletrónica.
Duncan começou a escrever música em 1998, que foi lançando gratuitamente na internet. No site do músico podes encontrar toda a sua discografia disponível. No passado dia 27 de junho, Duncan lançou mais um EP, agora através da etiqueta 23 Seconds Netlabel.
De acordo com a crítica, a música dos Public Transport leva-nos numa viagem de sonho com ponto de partida no shoegaze e na chillwave. Assim, temos aqui música pop eletrónica, filtrada com alguma distorção e influências óbvias do final do século passado, nomeadamente os My Bloody Valentine e os Stereolab. Espero que aprecies a sugestão...
1. Der Unterschied zwischen Signal und Rausch
2. Up All Night
3. Interlude
4. Never Coming Back
5. Airy
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Henrik José - The Little Things EP
A música deste EP combina elementos intensivos, com atmosferas lentas, descontraídas e, na minha opinião, bonitas, até porque são depois encharcadas em perfeitas e hipnóticas melodias pop. Poinpointing The Problem é o grande destaque do EP e o vídeo costuma ser utilizado com enorme sucesso nos seus sets ao vivo. Espero que aprecies a sugestão...
1. Rich And Timeless
2. Pinpointing The Problem
3. The Little Things
4. Magnet In My Mouth
5. We Own This Thing
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Death Cab For Cutie- Codes and Keys
Um dos discos que tenho andado a ouvir no meu pouco tempo livre é Codes and Keys, o novo trabalho dos norte americanos Death Cab For Cutie, formados por Ben Gibbard, Chris Walla, Nick Harmer e Jason McGerr.
Já vai longe o tempo em que se ouvia falar dos Death Cab For Cutie como um grupo exclusivo de um reduto número de fãs e um dos pequenos ícones da música independente norte-americana. A popularidade crescente da banda, reforçada pelas suas participações em várias séries televisivas, os olhares dos média sob o casamento de Ben Gibbard e Zooey Deschanel e a enorme popularidade de algumas composições, apenas trouxeram maior visibilidade ao som do grupo de Bellingham. No entanto, esta massificação da imagem da banda, felizmente não prejudicou as suas composições, como comprova este Codes and Keys.
Há imenso tempo que a escrita e composição de Gibbard não se inspirava no panorama melancólico encontrado nos primeiros discos da banda, quando ela era uma espécie de projeto a solo, algo que em Transatlanticism (2003) teve o seu ponto máximo. Recordo que nesse disco houve uma grande quantidade de versos e sons que se guiavam por uma tristeza sem limites. Embora a temática depressiva ainda fosse o mote para algumas das obras recentes dos Death Cab For Cutie, como Plans (2005) e Narrow Stairs (2008), tanto as letras como a instrumentação deste novo disco mostram um novo caminho, algo que não apenas evita que o grupo caia em repetições, como torna as propostas da banda sempre inéditas.
Para este sétimo álbum, o grupo mais uma vez prima pela inovação, guiando as canções através de duas vertentes distintas, que fazem com que o som do quarteto se evidencie mais uma vez de forma nova e criativa. Salta logo ao ouvido o uso relevante de programações, efeitos, sintetizadores e o uso moderado da bateria eletrónica, o que dá ao registo uma maior aproximação ao que Gibbard faz no seu projeto paralelo, os The Postal Service. Porém, enquanto nesse projeto paralelo o som se inclina de forma expressiva para uma toada mais sintética, dentro de Codes and Keys tais elementos surgem como um complemento ao som da banda.
Esta descrição que acabo de fazer torna-se evidente logo na abertura do trabalho, através de Home Is a Fire, uma música enérgica, quase desprovida de batidas e teclados, mas com a voz carregada de efeitos. Em Some Boys ocorre o mesmo, porém de forma mais esparsa e com uma maior ligação entre a instrumentação sintética e outros sons mais orgânicos. Este cruzamento intensifica-se posteriormente em St. Peter’s Cathedral, com os toques de eletrónica a funcionarem como uma espécie de tempero às composições e inviabilizando que o som do álbum soe excessivamente similar aos registos anteriores do grupo.
A outra temática desenvolvida dentro do disco vem inserida no funcional uso das guitarras, algo que através do último álbum (Narrow Stairs) passou a contabilizar maior espaço dentro da sonoridade dos Death Cab For Cutie. Enquanto nos primeiros discos da banda as guitarras orientavam-se para uma sonoridade mais acústica, com as guitarras tocadas sem distorção, dando aos discos um caráter intimista, em Codes and Keys o som das guitarras é mais grandioso e elétrico. Neste novo álbum tudo parece melhor solucionado e os acordes soam de forma mais límpida e grandiosa, conduzindo a banda rumo a um som mais direto e eficaz.
A banda até aproveita ainda para experimentar instrumentos mais variados, como em Portable Television, uma música que soa de forma completamente distinta de algo que os Death Cab For Cutie já tenham feito antes, ou em Stay Young, Go Dancing, que mesmo guiada pela acústica, apresenta a banda de forma alegre e nada intimista, cheia de acordes ensolarados e totalmente distantes da tristeza de outras épocas.
Diferente dos demais álbuns do grupo, este sétimo disco parece-me um trabalho menos fechado, servindo quase como um ponto de partida para uma futura exploração de novas formas de fazer som. Não é o que pode ser visto como uma evolução, até porque, na minha opinião, tanto Transatlanticism quanto Plans prevalecem como os melhores registos do grupo e são discos instrumentalmente superiores a este, além de guardarem os mais belos versos já expostos pelo quarteto. Mas, Codes and Keys demonstra que um dos maiores atributos desta banda é terem o dom de se manterem fiéis à sua própria identidade sem serem repetitivos. São autênticos, mas pouco previsíveis! Cada álbum deles é uma experiência nova, e não a repetição da mesma receita. E é por isso que são, quanto a mim, uma grande banda.
Ben Gibbard e Nick Harmer poderiam muito bem deitar-se nos louros das glórias passadas, aproveitar a base de segura de fãs que a banda tem e embarcarem num disco de releitura deles próprios. Mas se tivessem tido ao longo da carreira esse tipo de atitude, provavelmente não teriam chegado a este sétimo disco.
- Home Is A Fire
- Codes And Keys
- Some Boys
- Doors Unlocked And Open
- You Are A Tourist
- Unobstructed Views
- Monday Morning
- Portable Television
- Underneath The Sycamore
- St. Peter's Cathedral
- Stay Young, Go Dancing
Death Cab for Cutie – You Are A Tourist
Death Cab for Cutie – Home Is A Fire
Death Cab for Cutie – Some Boys
Death Cab for Cutie – Underneath The Sycamore
Death Cab for Cutie – St. Peter’s Cathedral
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Tracing Arcs - Eye See You
Os Tracing Arcs são de Liverpool, começaram a sua carreira já na década de noventa, mas só agora estão a atingir uma maior visiblidade com Eye See You, o seu mais recente EP. A banda é constituida por Fran Kapelle, que trabalhou como cantora com vários artistas (Brian Kennedy, Ian Shaw, Eddie Reader, Mary Coughlan e Grimes Carol), Paul Addie, Violet Williams e Terry Pack, anterior baixista dos The Enid e que também já tocou com Johnny Marrs e alguns dos melhores artistas de jazz do Reino Unido e Europa.
Assim que comecei a ouvir o EP, imediatamente percebi que esta banda consumiu o Blue Lines e o 100th Window dos Massive Attack até à exaustão, com algumas pausas de desenjoo no leitor com discos dos Zero 7 e dos Cinematic Orchestra. No entanto, e segundo a crítica que li, o som dos Tracing Arcs resulta de uma conspiração para misturar o período mais eléctrico do trompetista e compositor Miles Davis, a beleza frágil de David Sylvian, as aventuras sonoras de Brian Eno, Jon Hassel, e Michael Brook e o jazz exploratório de John Martyn.
Segundo a crença popular, a beleza está nos olhos de quem vê. Para alguns, esse conceito tem a ver com simplicidade, perfeição e ser-se dotado uma aparência impecável. Outros acham que a beleza se encontra nos momentos genuínos e a beleza musical dos Tracing Arcs acontece porque eles conciliam autenticidade sonora com um enorme bom gostomusical. Logo que as primeiras notas do EP começaram a martelar os meus ouvidos, uma espécie de filme noir, carregado de glamour, começou a rolar aqui dentro. Os acordes jazzísticos e o baixo profundo ajudam a esboçar um mundo cheio de subtileza que nos deixa enfeitiçado quando a voz subtil e sedutora de Fran Kapelle entra em cena.
Quaisquer que sejam as descobertas musicais que se façam, o que fica sempre marcado na nossa memória musical à posteriori da audição, é provocado por algo inovador e único. Ou então essa mesma audição faz-nos voltar à tona um tipo de sonoridade que em tempos nos atraiu imenso e que depois deixou de se ouvir. Foi este o duplo efeito que Eye See You teve em mim.
Em jeito de curiosidade acrescento que os Tracing Arcs já foram solicitados para escrever música para dança contemporânea e para teatro. Algumas das suas obras musicais puderam ser ouvidas no Riverside Theatre em Londres e outros teatros no sudeste da Inglaterra. Espero que aprecies a sugestão...
Deep Breath
Consequence of Love
Pebbles & Weed
So Beautiful
Sheep & tides (for Big Al)
Wildworld
Recovery
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3 de rajada... XXXV
Volto a Três De Rajada..., que parte da minha busca por novidades e pretende dar a conhecer música nova, lançada hoje no mercado discográfico. Esta semana destaco Bright Eyes, Grouplove e Guillemots. Toca a ouvir e a tirar ilações...
Bright Eyes - Jejune Stars
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IKE. - IKE.
Divulgo hoje mais um daqueles segredos recentes e, para já, muito bem guardados ou, infelizmente, bastante mal divulgados.
Lançado no passado dia nove de maio, este EP homónimo, assinado por IKE., um músico natural de Pittsburgh, na Pensilvânia, é constituído por cinco músicas cujo ambiente sonoro gravita em torno do blues e da soul, conjugados com um traço sonoro de modernidade fornecido pela eletrónica. O meu grande destaque é Focus On Concentrate, mas vale a pena ouvir atentamente e descobrir todo o disco. Espero que aprecies a sugestão...
Change option
Koenig
Beautiful DANCE
Focus On Concentrate
Fuck The Fox
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The Way Back - Peter Weir
Algumas semanas após o último texto sobre o tema, estou de volta ao cinema e hoje para destacar aquela que é para mim a estreia da semana e e um dos filmes que mais aguardava que chegasse às salas de projeção. Refiro-me a The Way Back (Rumo à Liberdade), do realizador Peter Weir (A Testemunha, Master and Commander – O Lado Longínquo do Mundo e O Clube dos Poetas Mortos).
A narrativa de The Way Back é baseada em fatos verídicos e passa-se em plena segunda guerra mundial, mas não é esse o tema central do filme. É uma aventura que relata a fuga de um pequeno grupo de prisioneiros de várias nacionalidades de um gulag na Sibéria em 1940, bem como a sua jornada de vida ao longo de milhares de quilómetros por cinco países hostis. Pessoalmente e além da aventura em si que deverá ter boas sequências de puro entertenimento, importa-me perceber de que forma é retratado um dos regimes totalitários mais violentos da história, contemporâneo ao nazismo hitleriano, mas que certamente não lhe ficou atrás nos horrores e no desejo de domínio através da submissão e do terror. Fica a sinopse;
Inspirado no aclamado romance de Slavomir Rawicz, The Long Walk: The True Story of a Trek to Freedom, bem como em outros relatos da vida real, o realizador nomeado para 6 Óscares Peter Weir (A Testemunha, Master and Commander – O Lado Longínquo do Mundo e O Clube dos Poetas Mortos) traz-nos The Way Back, uma marcante aventura que relata a fuga de um pequeno grupo de prisioneiros de várias nacionalidades de um gulag na Sibéria em 1940, bem como a sua jornada de vida ao longo de milhares de quilómetros por cinco países hostis. The Way Back conta com Ed Harris, Colin Farrell, Jim Sturgess, Saoirse Ronan e Mark Strong, nos principais papéis. O filme é produzido por Joni Levin, Peter Weir, Duncan Henderson e Nigel Sinclair, com argumento de Peter Weir e Keith Clarke.
Intérpretes: Colin Farrell, Ed Harris, Jim Sturgess, Mark Strong, Saoirse Ronan
Realização: Peter Weir
Distribuido em Portugal por: ZON Lusomundo Audiovisuais
Género: Ação/Aventura, Drama
Ficha Técnica:Duração: 2h13m | Origem: EUA, 2010