man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
Sugiro XII
Mais uma revisão da última matéria dada...
Chain Gang of 1974 – Undercover
Graham Coxon, Paloma Faith and Bill Ryder-Jones – Desire
The Olympic Symphonium – Settle Down
Telepathique – All Your Lovers
Baby Teardrops – Smooth Sailing Ahead
Swollen Members – Mr. Impossible
Golden Bloom – You Go On (& On)
Miles Kane – A Girl Like You (Edwyn Collins cover)
The Sea and Cake – Up on the North Shore
Everything Everything - Final Form
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Architecture In Helsinki - Moment Bends
Quatro anos é uma longa espera. E foi este o tempo que passou desde o lançamento de Places Like This, último álbum da pouco convencional banda de indie pop Architecture in Helsinki (AIH) e uma das minhas preferidas. Nesse período, os australianos apenas lançaram o EP That Beep (2008) e um vídeo para a mesma música. Mas a espera acabou e o novo álbum do grupo, que recebe o nome de Moment Bends e possui uma capa bem interessante, chegou no passado dia oito de Abril para alegrar todos aqueles que como eu já sentiam falta dos bips e das batidas do AIH.
E como o prometido é devido, vou falar dele. Além da já mencionada That Beep, que estará no novo álbum, o primeiro single, Contact High, foi disponibilizado para download pela Pitchfork e tem tudo o que se espera de uma música dos AIH.
Quando no início da última década algumas bandas alicercadas na pop, mas com orquestrações alternativas, começaram a receber bastante atenção dos média especializados, fazer e ouvir música recheada de nuances detalhadas e sons coloridos parecia ser uma excelente proposta para a música naquele momento. A mim, um entusiasta de novas sonoridades e do experimentalismo, confesso que me seduziu! Assim que naquela altura ouvi algumas bandas que trilhavam este caminho, rapidamente senti-me atraído por esta banda australiana e o seu disco In Case We Die. Esse álbum tornou-se logo no principal parceiro de um Electro-Shock Blues dos Eels já quase riscado, um dos discos que mais ouvi na vida, do In The Aeroplane Over The Sea dos Neutral Milk Hotel e o Mutations do Beck. O disco seguinte dos AIH, Places Like This, desiludiu-me profundamente, mas finalmente voltaram com este Moment Bends.
Places Like This não era um álbum fraco! O problema é que as expetativas que criei com In Case We Die não foram cobertas com o álbum. E na minha primeira audição de Moment Bends, a primeira sensação que tive no imediato, quase inconscientemente, foi que a banda hoje formada por Cameron Bird, Gus Franklin, Jamie Mildren, Sam Perry e Kellie Sutherland, mantendo a base pop, voltou a aproximar-se da música eletrónica, fazendo uma espécie de refresh no seu som e tornando-o mais coerente e dinâmico.
Se nos primeiros discos dos australianos as comparações com bandas como Of Montreal e The Unicorns eram inevitáveis, agora é possível afirmar que o grupo encontrou coerência na sua estrutura sonora e está pronta a ser ela própria uma influência para outras bandas. A abertura levemente entristecida com Desert Island esconde na verdade uma sequência de músicas divertidas e com minuciosos detalhes. Tanto Escapee como Contact High aproximam o quinteto de uma linguagem sonora com aproximação a elementos quase futurísticos, como se percebe também em YR Go To e Denial Style, que aproximam o grupo de uma estética mais synthpop. Assim, as boas sequências de sintetizadores, a tematização alegre e alguns leves toques de psicadelismo fazem com que o trabalho cresça e cada nova canção, dividem o álbum em vários momentos e evitam que os melhores se concentrem quer na abertura, quer no término do disco. É um disco sem ondas, homogéneo e lineado por alto. Em Moment Bends a banda orienta-se de uma forma menos orquestrada, quase ausente de guitarras e de certa forma bem mais dançante e espontânea, bastante próxima de um clima festivo e mais urbano.
Moment Bends pode ser o motivo de um divórcio definitivo da banda com alguns fãs ou então, como acontece no meu caso, a consolidação de um casamento que andava tremido pelo desgaste do tempo e pela ausência recente de pontos altos. Evoluir é necessário e tal é feito por este grupo australiano, de maneira coerente, ao longo deste disco, ou seja, Moment Bends faz uso do mesmo tipo de som dos antigos trabalhos da banda, mas faz toda a diferença terem mudado a forma como são destilados alguns dos elementos sonoros que caraterizam os AIH. Quem ganha sem dúvida somos nós, os que nos vamos manter fiéis, porque agora temos mais quarenta e alguns minutos uma sequência bem proveitosa de sons desta banda magnífica.
1. Desert Island
2. Escapee
3. Contact High
4. W.O.W
5. Yr Go To
6. Sleep Talkin'
7. I Know Deep Down
8. That Beep
9. Denial Style
10. Everything's Blue
11. B4 3D
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Lyke Giants - Lyke Giants EP
Os Lyke Giants são mais uma nova banda oriunda da Austrália e que se insere no universo indie e alternativo. Lançaram o EP homónimo de estreia no final de 2010, que já tive a oportunidade de ouvir e me agradou imenso.
A banda é liderada pelo vocalista e guitarrista James Brewer, acompanhado por Callaghn Thomson no baixo e teclas e por Luke Thomson na bateria. A sonoridade parece-me influenciada por bandas do calibre dos Temper Trap, Death Cab For Cutie, Bloc Party, Postal Service, Coldplay, Wombats, Empire of the Sun, Kooks, MGMT, Red Hot Chili Peppers, Arcade Fire e Passion Pit.
O reputado Paul McKercher (Sarah Blasko, Eskimo Joe, Pete Murray, The Living End, You am I), foi responsável pela produção deste EP, lançado pela Rivercity Records. É mais uma sugestão que espero que apreciem...
01. Shade.mp3
02. If The World Shakes.mp3
03. Breaking The Night.mp3
04. Turn This Fight.mp3
05. A Bind Lost.mp3
06. Four Hundred Days.mp3
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Digits - Lost Dream EP
O já experiente músico de eletrónica Alt Altman, originário de Toronto está de volta com o seu projeto Digits e um novo EP, uma coleção de synth pop para nosso usufruto e da qual destaco a sedutora e hipnótica Lost Dreams, que dá nome ao trabalho.
Alt é classificado pela crítica como um mestre a construir belas canções pop com sintetizadores, alguma batida e muito suor. A sua voz é muitas vezes comparada com a de Owen Pallet e a sua música à de bandas como os Hot Chip e o coletivo Junior Boys. Este novo EP dos Digits está disponível no seu site, para download gratuito, havendo também a compreensível opção de podermos doar um valor pelas músicas. Espero que apreciem a sugestão...
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3 de rajada... XXV
Volto a Três De Rajada..., que parte da minha busca quase diária por novidades e pretende dar a conhecer música nova, com informação breve e pertinente. Hoje sugiro Everything Everything, Twin Atlantic e Elbow. Toca a ouvir e a tirar ilações....
Everything Everything - Final Form
Depois de Photoshop Handsome, Os britânicos Everything Everything lançaram ontem o quarto single de Man Alive, o seu disco de estreia, que viu a luz do dia em agosto de 2010. A música chama-se Final Form e considero-a a minha grande descoberta e destaque dos lançamentos desta semana.
http://www.everything-everything.co.uk
http://www.facebook.com/everythingeverythinguk
http://www.myspace.com/everythingeverythinguk
Twin Atlantic - Free
Os escoceses Twin Atlantic lançam em maio o álbum Free e ontem apresentaram o single homónimo...
Finalmente, já é single esta semana a música Open Arms, um dos meus destaques do mais recente disco dos Elbow, Build a Rocket Boys!, já em destaque num dos degraus lá de casa.
Alguns discos lançados ontem...
Airborne Toxic Event – 'All At Once'
Bowling For Soup 'Fishin' For Woos'
Bootsy Collins – 'The Funk Capital Of The World'
Dredg – 'Chuckles & Mr Squeezy
Dutch Uncles – 'Cadenza'
The Fall – 'The Marshall Suite'
Emmylou Harris – 'Hard Bargain'
Jennifer Hudson – 'I Remember'
Leaves Eyes – 'Meredead'
Morrissey – 'Very Best Of Morrissey (2011)'
My Passion – 'Inside This Passion'
Bruce Springsteen – 'Live At The Main Point 1975'
Times New Viking – 'Dancer Equired'
We Are The Ocean – 'Go Now And Live'
The Wombats – 'This Modern Glitch'
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DVDs - Sugiro...
Gosto de assistir a concertos, até em casa. Proponho vários, alguns deles intemporais e que poderão figurar nas nossas coleções caseiras de música ao vivo...
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Iceland: Beyond Sigur Rós.
Iceland: Beyond Sigur Rós é um documentário sem fins lucrativos de cerca de trinta minutos sobre a cena musical islandesa contemporânea e que vale a pena ver.
Filmado em Full HD, o filme tem poucas semanas de vida e foi produzido pela Serious Feather, uma empresa de produção audiovisual islandesa. Conta com entrevistas a Haukur Magnússon, editor da revista Grapevine, Ólafur Arnalds, um dos mais importantes compositores e produtores musicais da atualidade, cuja influência se estende além da Islândia e a Pétur Úlfur Einarsson e Hafsteinn Michael Guðmundsson, fundadores da página de distribuição online de música Gogoyoko, que divulgou alguns discos que referi ultimamente. Sugiro vivamente uma visita a este portal, onde poderás escutar gratuitamente o que de melhor se faz na Islândia actualmente, em termos musicais e criar a tua próprias playlist e fazer download da música que te interessar.
O documentário inclui também imagens de atuações de bandas a artistas, que abarcam campos musicais tão díspares como a pop, o metal e a eletrónica. Assim, temos imagens dos Seabear, do próprio Ólafur Arnalds, Hafdis Huld, Mugison, Haukur Maugnusson, Bloodgroup, For A Minor Reflection, Sykur, Severed Crotch e Lára Rúnars.
Fica o trailer e poderás ver todo o documentário AQUI. As imagens do país são espetaculares, as entrevistas bastante informais, mas elucidativas e os videos das bandas bastante originais.
Produção: Serious Feather
Director: Brett Gregory
Câmera: Nic Jackson
Repórter: Alistair Topping
Pós Produção e Som: Jey Kazi
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TV Girl EP
Os TV Girl são uma banda de San Diego formada por Trung Ngo e Brad Peterson e tocam aquele típico bedroom-pop, lo-fi, caseiro e deliciosamente irresistível. No final de 2010 lançaram um EP gratuito que disponibilizaram gratuitamente e desde então a banda vem sendo apontada como mais um nome para se ficar de olho em 2011.
Este EP de estreia homónimo dos TV Girl começa a abrir com On Land, uma cover dos Dirty Gold, simples e rápida em termos de ritmo, onde a bateria assume as rédeas com persistência. De seguida, If You Want It, o primeiro single do EP, relata uma espécie de diálogo entre dois amantes alcoolicamente bem dispostos, onde o jogo do empurra decide quem será o primeiro a abrir as hostilidades num suposto último encontro (one last dance and then you delete me from your phone). Esta história, embalada por suaves guitarras e até um solo de saxofone bastante sensual no final, são motivos suficientes para tornar a canção ainda mais propícia. A atmosfera vibe e relax da música resulta também devido ao uso de um sample de Hello It’s Me, uma música que não conheço de um tipo chamado Todd Rundgrens, mas que encaixa muito bem aqui.
It's Not Something é uma balada também de sentido único, ou seja, com uma melodia curta e repetitiva, feita com um som sintetizado. O EP termina como começou, com um ritmo rápido e intenso; Assim, I Don't Care é cantada com uma voz distorcida, o que dá à música um caráter assumidamente punk. Repetidamente eles vão dizendo que estão-se nas tintas para a recessão dos mercados, a poluição, as guerras por esse mundo fora e muito mais. Tentar ler estas letras com rapidez acaba por ser um desafio; I smoke a pack of reds and drink a six pack every day. I want to stay sane and there ain’t no better way . . . the SATs are unfair, I don’t really care, there are toxins in the air, I don’t really care, the market dropped a million shares, I don’t really care, people are oppressed, but I couldn’t care less, because I don’t really care.
Descarrega o excelente EP TV Girl aqui e agora fiquemos a aguardar por mais novidades desta nova banda, supostamente para breve.
1. | On Land 02:53 | |||
2. | If You Want It 02:46 | |||
3. | It's Not Something 02:18 | |||
4. | I Don't Care 02:54 |
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Broken Bells - Meyrin Fields EP
Há dois dias, em 3 de rajada... XXIV, dei conta de Meyrin Fields, um EP da autoria da dupla Broken Bells, formada por James Mercer, vocalista dos The Shins e pelo reputado produtor Danger Mouse, famoso por seu antigo projeto Gnarls Barkley e que já trabalhou com músicos como Sparklehorse. Na altura prometi que iria ouvir atentamente o EP; Já o fiz e fica então a minha apreciação crítica...
Este EP surge um ano após o lançamento do disco de estreia homónimo e trata-se de uma compilação de quatro faixas que não estavam presentes nesse álbum. Porém, duas faixas já eram conhecidas pelos fãs: An Easy Life, lançada como lado b do single The High Road e Meyrin Fields, disponível na internet desde o ano passado. As novidades mesmo acabam por ser só Windows e Heartless Empire.
Meyrin Fields, a faixa que dá nome ao EP, mistura calma e agressividade e tem uma letra amarga, apesar da melodia simplista. Windows é a faixa mais frenética e também a mais surpreendente; É comandada pelas guitarras, com um ritmo quebrado e vocalizações bastante diferentes entre si. An Easy Life possui influências óbvias das chamadas ska e surf music e a sintetização usada na voz de Mercer faz a mesma soar de forma bastante original; A faixa também possui pinceladas dos Beatles em alguns momentos. A última música (e também a segunda realmente inédita), Heartless Empire, possui guitarras distorcidas e vocalizações ecoadas, elementos bem comuns no género shoegaze, uma influência óbvia na canção. No primeiro álbum seria uma espécie de corpo estranho, mas aqui faz todo o sentido sendo, na minha opinião, a melhor música do EP.
Espero que este EP seja o pronúncio de um novo disco deste projeto. Sempre apreciei tudo aquilo em que musicalmente o Danger Mouse se enfiou e estes Broken Bells, sendo um projeto alternativo dele e de Mercer, têm feito a minha música preferida que envolve este autor. Gostei muito deste EP. Espero que quem se der ao trabalho de o ouvir, o aprecie também...
01.Meyrin Fields
02.Windows
03.Heartless Empire
04.An Easy Life
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Bloodgroup
Os Bloodgroup são outra banda presente na coletânea Made In Iceland IV que me chamou a atenção. Nasceram em 2006 na costa leste da Islândia e a sua formação principal conta com Janus Rasmussen das ilhas Faroé, a cantora Sunna Þórisdóttir, Raggi Jónsson e Hallur. Lançaram o seu disco de estreia Sticky Situation, pela sua própria etiqueta, a Sild ehf, em novembro de 2007, um álbum muito bem aceite pela crítica e que logo os catalogou como uma das bandas mais interessantes desse país.
Após o lançamento do disco a banda entrou em digressão, tendo rapidamente ficado famosos, quer pelos seus concertos, quer pelas melodias cativantes, assentes na eletrónica e com fortes influências, quanto a mim, no glam, no techno e no disco sound. Assim, nos dois anos seguintes tocaram em nome próprio e em festivais, com destaque para o SXSW em Austin, no Texas, o NXNE em Toronto, no Canadá, o Roskilde festival na Dinamarca, o CMJ em Nova Iorque, o Eurosonic na Holanda e em casa, no Iceland Airwaves. Atualmente são considerados uma das melhores bandas ao vivo na islândia.
Dry Land, o segundo álbum dos Bloodgroup, foi lançado em dezembro de 2009, sendo já considerado um dos discos mais bem sucedidos nesse país, muito por causa de My Arms, uma das músicas mais ouvidas na ilha nos últimos dois anos. Dry Land acabou por receber o prémio islandês de música independente Kraumur e foi considerado the best album of the year 2009 por muitos críticos musicais islandeses. Essa visibilidade foi um passo de gigante para a banda, que deixou de fazer simples electro e techno pop algures no leste da Islândia, para se tornar num fenómeno bastante maior e prestes a conquistar o resto do mundo.
1 | Moving like a tiger |
2 | Ain't easy |
3 | Hips Again |
4 | What I mean |
5 | Red Egypt |
6 | Try on |
7 | The carpenter |
8 | Chuck |
9 | Human qualtities |
10 | Masterplan |
11 | Rain |
1 | My Arms |
2 | This Heart |
3 | Wars |
4 | How Do We Know |
5 | First To Go |
6 | Buried In Sand |
7 | Overload |
8 | Pro choice |
9 | Moonstone |
10 | Battered |
11 | Dry Land |