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Katie Melua, Coliseu - Porto 14.03.11

Terça-feira, 15.03.11

De regresso às fantásticas noites de concertos, ontem foi dia de ir ver Katie Melua ao Coliseu do Porto.

A primeira parte do espetáculo ficou a cargo de Sandra Pereira, a recente vencedora do concurso televisivo Ídolos. Foi uma atuação curta, como é natural nas primeiras partes, mas consistente, com uma mão cheia de covers bem conseguidas, das quais destaco, a abrir, Wicked Game de Chris Isaak e Run, Baby Run, (um original de Sheryl Crow , retirado do álbum Tuesday Night Music Club, 1995)a encerrar. Pelo meio ouvimos ainda duas covers de Nina Simone e uma de Josh Stone. A cantora tem uma boa voz, mas ainda lhe falta presença e à vontade em palco; A estadia em Londres poderá servir para contornar esse óbice e ajudará certamente ao amadurecimento da artista.

Katie Melua deu pontualmente início ao concerto, fazendo-o a solo. Assim, abriu com The Closest Thing To Crazy e de forma irrepreensível e bastante original, no nível superior do cenário montado, por detrás da cortina, apenas com uma guitarra acústica e a sua voz inconfundível. Imediatamente surpreendeu-me a qualidade sonora do espetaculo e o desempenho acústico do Coliseu; De salientar desde já que a produção do concerto esteve irrepreensível. Com o final desta primeira música entrou a banda e depois da primeira grande ovação da noite, ouvimos a cover Just Like Heaven dos Cure, a maravilhosa If You We're A Sailboat e Flood, o primeiro single de The House, o álbum mais recente da cantora. Este início agarrou logo o público e deu o mote para o restante concerto, que passou por todos os quatro discos da cantora: Call Off the Search (2003), Piece by Piece (2005), Pictures (2007) e o mais recente e já citado The House (2010), produzido por Mike Batt, um dos principais mentores da carreira desta artista.

Sensivelmente a meio do espetáculo, quando a banda fez uma pausa to take a few drinks, o público apercebeu-se que não estavam a ser feitas algumas projeções habituais nos concertos da cantora, pela própria. Aliás, há que realçar que a cantora esteve sempre bastante comunicativa com o público, interagindo e respondendo a algumas solicitações, das quais se destaca um bastante sonoro I love you too, já quase no final. Antes de cada música foi comum ouvir-se Katie a falar um pouco sobre a mesma e o seu significado pessoal; A expressão too intense foi das mais utilizadas por Katie o que demonstra alguma honestidade na forma como faz música; Muitas das letras que escreve são certamente autobiográficas e relatam acontecimentos marcantes da sua existência.

Alguns instantes depois o problema técnico descrito foi solucionado; E apesar da beleza das imagens que deram um colorido diferente à segunda parte do concerto e da perfeita conjugação com as músicas, não foi por aí que o concerto ficou muito melhor, o que só abona a cantora, dos seus atributos vocais e da performance da banda. Se não tivessem havido projeções ninguém teria sentido falta das mesmas, porque o desempenho vocal e musical a que o público assitiu foi sempre o grande trunfo do espetáculo.

Uma das minhas preferidas, quase no final, foi Cosmic Blues; Uma das principais razões porque desde sempre senti empatia por esta cantora, foi o seu forte apego ao blues e ontem ele esteve lá, firme e bem tocado. O guitarrista e restante banda souberam interpretar com excelência e alma esse género musical e deram-nos também bons momentos de rock e blues. Call Off the Search, Crawling up a Hill, Nine Million BicyclesSpider's Web, It's Only Pain, Ghost Town, e Two Bare Feet, foram outros grandes momentos da noite.

Para quem sente paixão pela música, não só como forma de arte mas, acima de tudo, como veículo de manifestação de sentimentos, há concertos que por razões variadas nos ficam na memória e dificilmente se esquecem. Este vai ficar certamente, não só pela qualidade do espetáculo como, mais uma vez, pela companhia que teve a feliz ideia de irmos e estarmos ali naquele dia e aquela hora!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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publicado por stipe07 às 20:21






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