man on the moon
music will provide the light you cannot resist! ou o relato de quem vive uma nova luz na sua vida ao som de algumas das melhores bandas de rock alternativo do planeta!
As minhas músicas de 2010
Continuando com balanços, depois dos vídeos do ano, partilho agora aquelas que foram as minhas músicas de 2010.
Gorillaz - On Melancholy Hill
Os Gorillaz, que em Plastic Beach procuraram captar a sonoridade e envolvência da electrónica dos anos 80, encontraram em On Melancholy Hill, a canção que melhor interpreta este desejo. Esta música foi ouvida por cá centenas de vezes e sempre com a mesma satisfação.
Massive Attack - Paradise Circus
Paradise Circus conta com vocalizações de Hope Sandoval dos saudosos Mazzy Star. É, na minha opinião, o grande momento de Heligoland.
The National - England
England é brilhante! Faz-me sentir o vento fresco na cara. É uma daquelas canções que consigo ver e garanto-vos que é uma óptima sensação.
England (You must be somewhere in London, You must be lovin' the life in the rain) é um hino à libertação, ao apego dos sentimentos e um incentivo a olhar em frente, a sermos sempre honestos e felizes! É a música coldplayana dos The National; O piano assume desde logo as rédeas do jogo, com uma melodia bastante simples, mas imensamente doce e profunda e determina os restantes arranjos; O clímax chega com a entrada da bateria, como se ali, naquele instante, nos fosse pedido para largar tudo e gritar bem alto o refrão, um autêntico grito de guerra! Sinto-me cansado, mas estranhamente relaxado e em paz, quando soa o último acorde! Um enorme épico, na verdadeira acepção da palavra!
Arcade Fire - Modern Man
Modern Man é a música onde os Arcade Fire se despem de maniqueísmos em termos harmónicos, optando pela simplicidade e por riffs de guitarra mais elementares, fazendo assim com que a estrutura rítmica fique assente nos jogos líricos de Win Butler. Acaba por encarnar a faceta mais pop da banda, quase como se Bruce Springsteen encontrasse os Fleetwood Mac, mas sob a batuta dos Arcade Fire.
Interpol - Always Malaise (The Man I Am)
Esta é já uma das melhores composições da banda. É uma música extremamente soturna, com acordes destoantes e um final dançante que faz a alegria daqueles que gostam de músicas complexas. A produção, a cargo dos próprios Interpol, foi muito competente, com infinitas camadas de sons, sintetizadores na medida certa e frases soltas cantadas lá ao fundo.
Jónsi - Tornado
Descrevi assim Tornado neste blog, há alguns meses, quando assimilei a música e ela entranhou-se definitivamente em mim.
Flying Lotus - And The World Laughs With You (Feat. Thom Yorke)
A 3 de Maio saiu Cosmogramma, o segundo álbum do produtor californiano Steven Ellison, que assina Flying Lotus. Este disco, lançado pela Warp Records, é considerado por alguma crítica como um dos álbuns de 2010. And The World Laughs With You é uma amálgama de sons e ritmos, sempre em constante movimento e mutação, apoiados na batida constante de um sintetizador. O Thom mal se nota, mas essa faceta misteriosa do cantor assenta que nem uma luva no tema.
These New Puritans - We Want War
Meses antes de se poder ouvir o álbum completo, já circulava por todo o lado a música We Want War, o single de lançamento de Hidden. A recepção por cá não podia ter sido melhor, principalmente devido à batida pujante. Dizem que o futuro da música foi descoberto pelos These New Puritans; Quase que aposto que, pelo menos, estarão presentes no meu futuro musical.
Amiina - Over and Again
Quando ouço Amiina, crio a imagem de quatro raparigas com vestidos coloridos ao redor de uma mesa repleta de instrumentos, sinos, campaínhas e copos de cristal e uma delas segura um serrote tocando-o com um arco. Over And Again foi a minha canção de embalar de 2010, mas também a mais fiel companhia das minhas correrias vertiginosas nos montes em redor, nas gélidas manhãs de frio e nevoeiro provocadas pelos ares do Douro. Da mesma forma que o fez Tornado, Over And Again recordou-me constantemente a Islândia e alguns sonhos que não ficarão certamente por concretizar.
Too Much é uma espécie de súmula da carreira de Sufjan Stevens. Junta os arranjos sumptuosos que marcaram Illinois e o noise de Enjoy Your Rabbit, numa música que parece mais uma composição clássica que uma simples canção pop. E tudo isso em pouco menos de sete minutos. Too Much, continua a aposta do artista em juntar elementos electrónicos cada vez mais complexos e negros, com a sonoridade habitual do universo indie.