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GusGus - Arabian Horse

Domingo, 31.07.11

Dois anos após o álbum 24/7, o trio islandês composto por Presidente Bongo, Biggi Vieira e Daniel August sentiu o desejo de se reunir novamente e montaram um estúdio improvisado numa casa de verão construída junto de um campo de lava, na Islândia natal. E assim nasceu Arabian Horse, aquele que é o segundo disco dos GusGus para a editora Kompakt, casa com importante expressão nos terrenos da techno minimal.

A carreira destes islandeses pode ser dividida basicamente em dois momentos: o primeiro entre 1995 e 1999, ano em que lançaram This Is Normal, o último álbum editado na 4AD; O segundo, desde Attention (disco de 2002) até agora. Esta divisão é unânime no seio da crítica musical porque, na mudança de século, a banda que contava com nove membros, entre músicos, designers e artistas visuais, foi reduzida a um trio de DJs. Como era de esperar, musicalmente também houve uma ruptura e o grupo perdeu uma certa aurea indie para mergulhar definitivamente na dance music, mais concretamente no techo minimal.

Flutuando tranquilamente entre a tal dicotomia que já é imagem de marca dos GusGus, feita pela mistura do house com o techno minimal, as dez músicas de Arabian Horse estão recheadas de camadas e mais camadas de diferentes efeitos provocados pelo manuseamento de sintetizadores. Mas o disco também se destaca pelas vozes convidadas, das quais destaco Daniel Agust, que canta em Believe, Urdur Hákonardóttir e Högni Elisson, elemento dos Hjaltalín. Tanto os sintetizadores como as vozes escolhidas ajudam a reforçar o tal clima do álbum que, como já referi, oscila entre o minimalismo que se usufrui num relaxante sofá e a house music. Mais para dançar, é verdade, mas é também um álbum relaxante, de paisagens frias e tranquilas. No fundo, os GusGus talham ao longo de Arabian Horse um percurso feito com uma electrónica de matriz mais paisagista e que transcende a lógica da canção pop de formato mais clássico. E fazem-no sem deixar de lado a pulsão rítmica que cativa o corpo para a pista de dança.

Deep Inside e Whithin You são os meus grandes destaques do disco; A primeira soa-me a um hino que usa acordes feitos para serem escutados em grandes salas e que normalmente se ouvem em músicas mais comerciais; E ambas conseguem encontrar o equilíbrio com uma linha de baixo feroz, conjugada com vocalizações ímpares e difíceis de descrever por não terem paralelo em algo que já tenha ouvido.

É verdade que os GusGus não renunciam neste disco às suas influências originais e criaram um álbum que recorda um período esquecido da pop dance do início dos anos noventa. Mas engane-se quem julgar que Arabian Horse soa como algo retro! Considero que este disco está profundamente enraizado no som que se faz hoje dentro do género, sendo um dos maiores destaques que a Kompakt lançou até à data. Recomendado!

01. Selfoss 05:43

02. Be With Me 05:10
03. Deep Inside 04:48
04. Over 05:54
05. Within You 05:39
06. Arabian Horse 06:04
07. Magnified Love 04:54
08. Changes Come 07:33
09. When Your Lover’s Gone 05:24
10. Benched 08:20

 

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publicado por stipe07 às 19:09


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